diff --git a/src/auth/__init__.py b/src/auth/__init__.py new file mode 100644 index 0000000..fa6c5f2 --- /dev/null +++ b/src/auth/__init__.py @@ -0,0 +1,5 @@ +from .auth import router as auth_router + +__all__ = [ + "auth_router", +] \ No newline at end of file diff --git a/src/auth/auth.py b/src/auth/auth.py new file mode 100644 index 0000000..6baedf0 --- /dev/null +++ b/src/auth/auth.py @@ -0,0 +1,83 @@ +import jwt +from fastapi import FastAPI, Depends, HTTPException, Request, APIRouter, status + +from datetime import datetime, timedelta, timezone +from typing import Annotated +from fastapi.security import OAuth2PasswordBearer, OAuth2PasswordRequestForm +from src.repository.usuario_repository import UsuarioRepository +from src.models.usuario import Usuario +from src.schemes.token import Token, TokenData +import dotenv +import os + +# Autenticação com base em JWT + +router = APIRouter() +dotenv.load_dotenv() + +oauth2_scheme = OAuth2PasswordBearer(tokenUrl="token") +# Localizacao da chave privada +# PRIVATE_KEY_LOC = os.getenv("PRIVATE_KEY_LOC") + +# Token expira em 60 minutos +ACCESS_TOKEN_EXPIRE_MINUTES = 60 + +PRIVATE_KEY = "2b859242a14dfe1bb48379ebdfb746a2a696932280ba34565454841f986a470e" + +# Autentica o usuário +def authenticate_user(email: str): + usuario_repository = UsuarioRepository() + user = usuario_repository.get_by_email(email) + if not user: + return False + return user + +# Cria o token de accesso +def create_access_token(data: dict, expires_delta: timedelta | None = None): + to_encode = data.copy() + if expires_delta: + expire = datetime.utcnow() + expires_delta + else: + expire = datetime.utcnow() + timedelta(minutes=15) + to_encode.update({"exp": expire}) + encoded_jwt = jwt.encode(to_encode, PRIVATE_KEY, algorithm="HS256") + return encoded_jwt + +# Rota para autenticar o usuário +@router.post("/token") +async def login( + form_data: Annotated[TokenData, Depends()], + ) -> Token: + user = authenticate_user(form_data.email) + if not user: + usuario_repository = UsuarioRepository() + usuario_data = Usuario(email=form_data.email, nome=form_data.email) + usuario_repository.create(usuario_data) + + access_token_expires = timedelta(minutes=ACCESS_TOKEN_EXPIRE_MINUTES) + access_token = create_access_token(data={"email": form_data.email}, expires_delta=access_token_expires) + return Token(access_token=access_token, token_type="bearer") + +# Rota para pegar o usuário atual (logado) +@router.get("/usuario", response_model=Usuario) +async def get_current_user(token: str = Depends(oauth2_scheme)): + credentials_exception = HTTPException( + status_code = status.HTTP_401_UNAUTHORIZED, + detail = "Credenciais inválidas", + headers = {"WWW-Authenticate": "Bearer"} + ) + try: + payload = jwt.decode(token, PRIVATE_KEY, algorithms=["HS256"]) + email = payload.get("email") + if email is None: + raise credentials_exception + token_data = TokenData(email=email) + + except jwt.PyJWTError: + raise credentials_exception + + usuario_repository = UsuarioRepository() + user = usuario_repository.get_by_email(email=token_data.email) + if user is None: + raise credentials_exception + return user diff --git a/src/auth/auth_test.py b/src/auth/auth_test.py new file mode 100644 index 0000000..4e513c5 --- /dev/null +++ b/src/auth/auth_test.py @@ -0,0 +1,25 @@ +# import jwt +# import dotenv +# import os +# from datetime import datetime, timedelta + +# dotenv.load_dotenv() + +# # print the actual path of the folder + + +# with open("jwtRS256.key") as file: +# SECRET_KEY = file.read() + +# ALGORITHM = "RS256" + +# # Create a payload with username and email +# payload = { +# "username": "edsaibert", +# "email": "eduardasaibert@ufpr.br", +# "exp": datetime.utcnow() + timedelta(minutes=30) # Token expires in 30 minutes +# } + +# # Generate the token +# token = jwt.encode(payload, SECRET_KEY, algorithm=ALGORITHM) +# print(token) \ No newline at end of file diff --git a/src/auth/secret.txt b/src/auth/secret.txt new file mode 100644 index 0000000..4bae64a --- /dev/null +++ b/src/auth/secret.txt @@ -0,0 +1 @@ +2b859242a14dfe1bb48379ebdfb746a2a696932280ba34565454841f986a470e \ No newline at end of file diff --git a/src/controller/pagina_controller.py b/src/controller/pagina_controller.py index 084be29..d34e2e3 100644 --- a/src/controller/pagina_controller.py +++ b/src/controller/pagina_controller.py @@ -2,7 +2,7 @@ from fastapi import APIRouter, status from typing import Optional, List from src.repository.pagina_repository import PaginaRepository -from src.schemes.pagina import PaginaOut +from src.schemes.pagina import PaginaOut, PaginaRequest router = APIRouter() pagina_repository = PaginaRepository() @@ -12,9 +12,25 @@ async def get_pagina() -> PaginaOut: return pagina_repository.get_all() -@router.get("/pagina_unica", response_model=Optional[PaginaOut], status_code=status.HTTP_200_OK) -async def get_pagina_unica() -> PaginaOut: - return pagina_repository.get_pagina_unica() +@router.get("/pagina_unica/{usuario_id}/{lingua}", status_code=status.HTTP_200_OK) +async def get_pagina_unica(usuario_id: int, lingua: str) -> PaginaOut: + data_out, last_page = pagina_repository.get_pagina_unica(usuario_id, lingua) + + dataout = PaginaOut( + id=data_out.id, + exemplar_id=data_out.exemplar_id, + pagina_index=data_out.pagina_index, + image_path=data_out.image_path, + iiif_path=data_out.iiif_path, + fontes=data_out.fontes, + lingua=data_out.lingua, + last_page=last_page + ) + + return dataout + + + @router.get("/{id}", response_model=Optional[PaginaOut], status_code=status.HTTP_200_OK) async def get_pagina(id: int) -> PaginaOut: diff --git a/src/data/alternativa.csv b/src/data/alternativa.csv index 5cf195b..a0b8bcb 100644 --- a/src/data/alternativa.csv +++ b/src/data/alternativa.csv @@ -1,26 +1,219 @@ -id; pergunta_id; pagina_id; alternativa; alternativa_correta -0; 0; 0; O texto é contrário ao projeto sobre a “localização do escravo” e o considera um atentado contra o sagrado direito da propriedade.; true -1; 0; 0; O texto diz ser necessário acabar com a escravidão a qualquer custo mesmo sob sacrifício do sagrado direito à propriedade.; false -2; 0; 0; O autor do texto condena o anseio de se acabar com a escravidão.; false -3; 0; 0; O autor do texto defende que a estabilidade da propriedade e da família não são possíveis enquanto houver o direito à propriedade de escravos.; false -4; 1; 1; No texto, a lavoura é o setor agrícola, que se opõe ao fim da escravidão e quer para si o papel de resistência à reforma do estado servil.; false -5; 1; 1; O texto assume uma atitude de oposição ao projeto do “ministério de 6 de junho”, que antevê a emancipação progressiva dos escravizados.; false -6; 1; 1; O texto considera perigoso e indesejável um prazo definido para a abolição completa da escravatura, de uma só vez.; true -7; 1; 1; No texto, prevê-se que a gratidão das pessoas emancipadas aliviará as tensões causadas pela suspensão simultânea de todo trabalho escravo.; false -8; 2; 2; Segundo a circular do Ministro da Agricultura dirigida aos presidentes das províncias, todos os escravos com mais de 65 anos devem ser libertados imediatamente.; false -9; 2; 2; O texto trata de um movimento dos presidentes das províncias, que se dirigiram ao Ministro da Agricultura exigindo a libertação de escravos com mais de 65 anos.; false -10; 2; 2; Todos os escravos com idade entre 60 e 65 anos serão libertados depois de haverem trabalhado por mais três anos para seus senhores.; false -11; 2; 2; Segundo a circular do Ministro da Agricultura dirigida aos presidentes das províncias, todos os escravos com mais de 65 anos devem ser libertados imediatamente.; true -12; 2; 2; O jornal, com sua pergunta final, demonstra satisfação e concordância com a medida tomada pelo Ministro da Agricultura.; false -13; 3; 3; Bento ist der Herr.; false -14; 3; 3; Anadeto ist der Sklave.; false -15; 3; 3; Der Polizeidelegat machte den Sklaven frei.; false -16; 3; 3; Der Herr war graumsam und unmenschlich.; true -17; 4; 4; Segundo o texto, as diferentes províncias tomam providências semelhantes graças à liderança de São Paulo, exceto o Rio de Janeiro.; false -18; 4; 4; A população negra participa dos debates e apoia a emancipação, que avança em todas as províncias; false -19; 4; 4; A população escravizada ignora os debates que se dão, o que favorece a posição dos escravocratas principalmente em São Paulo.; false -20; 4; 4; O texto afirma que, de modo geral, a tensão entre defensores e opositores da escravidão aumenta a cada momento.; true -21; 5; 5;O texto compara positivamente o Brasil com outros Estados americanos.; false -22; 5; 5;O texto afirma que o Brasil é a única monarquia escravocrata nas Américas.; true -23; 5; 5;O texto considera que o Brasil está em crise, mas observa os bons princípios de justiça e humanidade.; false -24; 5; 5;O texto afirma que a transição do trabalho escravo para o trabalho livre está tirando o Brasil da crise.; false \ No newline at end of file +id;pergunta_id;pagina_id;alternativa;alternativa_correta +0;48;48;7.468;False +1;48;48;125;True +2;48;48;1615;False +3;48;48;47.252;False +4;13;13; Garantir que não haja interferência de nações estrangeiras.;False +5;13;13; Abolir a escravidão simultaneamente em todas as províncias.;False +6;13;13; Promover lutas sangrentas para acelerar o processo.;False +7;13;13; Preparar os escravos e libertos com ensino e valores religiosos.;True +8;52;52;Eloy Franco assassinou uma escrava com um machado.;False +9;52;52;Eloy Franco, filho de João Franco de Moraes Octavio, vendeu sua fazenda ao próprio pai.;False +10;52;52;Eloy Franco, segundo as pessoas que escravizava, impôs como castigo a um de seus escravos permanecer por vários dias com os braços atados a uma cruz.;True +11;52;52;Eloy Franco foi morto por uma mulher escravizada, que negou o crime e foi então punida pelo assassinato, assim como seu marido e filhos.;False +12;34;34;Samuel auxiliou na captura de outro escravo também chamado Samuel.;False +13;34;34;Samuel foi cruelmente punido depois de uma tentativa de fuga e por isso recorreu à polícia.;True +14;34;34;Samuel foi preso pela polícia depois de fugir e torturado por ela na delegacia.;False +15;34;34;Samuel ao sair da prisão ganhou uma dupla “liberdade”: deixou de ser escravo e deixou de estar preso.;False +16;38;38;O texto é contrário ao projeto sobre a “localização do escravo” e o considera um atentado contra o sagrado direito da propriedade.;True +17;38;38;O texto diz ser necessário acabar com a escravidão a qualquer custo, mesmo sob sacrifício do sagrado direito à propriedade.;False +18;38;38; O autor do texto condena o anseio de se acabar com a escravidão.;False +19;38;38;O autor do texto defende que a estabilidade da propriedade e da família não são possíveis enquanto houver o direito à propriedade de escravos.;False +20;20;20;Tem um estilo literário inovador e desconhecido no país.;False +21;20;20;Porque foi apresentada no teatro mais importante da época, o Theatro Lucinda.;False +22;20;20;Foi escrita para homenagear o escritor Joaquim Nabuco, conhecido pelo seu trabalho literário.;False +23;20;20;Tratava de um tema atual e importante para a sociedade brasileira: a questão do elemento servil.;True +24;4;4;O autor…;False +25;4;4;Se posiciona como um defensor da escravidão, acreditando que ela não deve acabar.;False +26;4;4;Acredita que a escravidão deve ser abolida imediatamente, independentemente das consequências econômicas.;False +27;4;4;Critica a liberdade do voto, considerando-a uma conquista problemática.;False +28;4;4;Se apresenta como candidato, destaca sua experiência política e sua lealdade ao partido conservador como razões para sua candidatura.;True +29;51;51;Deutsche sind reich.;False +30;51;51;Deutsche lieben die Arbeit.;True +31;51;51;Deutsche reisen oft.;False +32;51;51;Deutsche sprechen viele Sprachen.;False +33;6;6;O partido republicano é composto majoritariamente por indivíduos que se opõem à escravidão.;False +34;6;6;O autor acredita que a escravidão é uma prática aceitável dentro do contexto republicano.;False +35;6;6;O texto elogia a postura dos jornais republicanos que aceitam anúncios sobre fugas de escravos.;False +36;6;6;O autor critica a hipocrisia de indivíduos que se dizem republicanos, mas que apoiam a escravidão.;False +37;32;32;Der Regierung.;False +38;32;32;Den ehemaligen Sklaven und ihren Nachkommen.;True +39;32;32;Den Jesuiten.;False +40;32;32;Den Viehzüchtern.;False +41;44;44;Segundo a circular do Ministro da Agricultura dirigida aos presidentes das províncias, todos os escravos com mais de 65 anos devem ser libertados imediatamente.;False +42;44;44;O texto trata de um movimento dos presidentes das províncias, que se dirigiram ao Ministro da Agricultura exigindo a libertação de escravos com mais de 65 anos.;False +43;44;44;Todos os escravos com idade entre 60 e 65 anos serão libertados depois de haverem trabalhado por mais três anos para seus senhores.;False +44;44;44;Segundo a circular do Ministro da Agricultura dirigida aos presidentes das províncias, todos os escravos com mais de 65 anos devem ser libertados imediatamente.;True +45;44;44;O jornal, com sua pergunta final, demonstra satisfação e concordância com a medida tomada pelo Ministro da Agricultura.;False +46;17;17;O texto defende que o trabalho servil é necessário para a ordem econômica e doméstica do país.;False +47;17;17;O clube republicano se opõe às sessões públicas para discutir a abolição, considerando-as desnecessárias.;False +48;17;17;O autor acredita que a transformação do trabalho servil para o trabalho livre é difícil e desvantajosa para a produção.;False +49;17;17;A abolição imediata e incondicional do trabalho servil é vista como uma questão moral e urgente pelo autor.;True +50;54;54;O texto compara positivamente o Brasil com outros Estados americanos.;False +51;54;54;O texto afirma que o Brasil é a única monarquia escravocrata nas Américas.;True +52;54;54;O texto considera que o Brasil está em crise, mas observa os bons princípios de justiça e humanidade.;False +53;54;54;O texto afirma que a transição do trabalho escravo para o trabalho livre está tirando o Brasil da crise.;False +54;5;5;O imposto foi criado como parte da lei de orçamento provincial e aplica-se a diferentes situações de transferência de escravos.;True +55;5;5;A meia sisa de escravo é isenta de qualquer imposto na província.;False +56;5;5;O imposto sobre o comércio de escravos que entram na província é fixado em 1:000$000.;False +57;5;5;As penalidades mencionadas na lei são aplicáveis apenas aos senhores de escravos, não aos coletores.;False +58;19;19;O texto sugere que os imigrantes chegam à Argentina atraídos por promessas exageradas feitas pelos agentes argentinos na Europa.;True +59;19;19;A imprensa de Buenos Aires está satisfeita com o fato de imigrantes estrangeiros procurarem o consulado brasileiro para solicitar passaportes.;False +60;19;19;O consul do Brasil em Buenos Aires está seduzindo os imigrantes para deixarem a Argentina e se estabelecerem no Brasil.;False +61;19;19;A imprensa italiana critica duramente as condições oferecidas pelo Brasil aos imigrantes italianos.;False +62;24;24;Os paquetes do norte trazem pessoas que são usadas como mão de obra barata e voluntária, mas que são tratadas como mercadoria.;False +63;24;24;O governo combate e coíbe a venda de escravos, que mesmo assim são tratados como animais.;False +64;24;24;Hospícios e remunerações para os senhores foram as boas medidas tomadas pelo governo em benefício dos filhos de escravas nascidos após a lei.;False +65;24;24;O autor critica a falta de ação do governo após a promulgação da lei de liberdade para os nascidos após 28 de setembro de 1871.;True +66;0;0;No artigo, Angelo Agostini relata acontecimentos de 13 de maio.;False +67;0;0;"O artigo ""Em honra dos redimidos!"" foi escrito por Julio Verim e publicado na Revista Illustrada.";False +68;0;0;O artigo divulga acontecimentos relatados por Julio Verim na Revista Illustrada.;True +69;0;0;O artigo relata conflitos ocorridos por conta de uma nova lei a favor da abolição de escravos.;False +70;2;2;O artigo defende a imediata abolição da escravatura.;False +71;2;2;De acordo com o artigo, a abolição da escravatura contribuirá para o desenvolvimento econômico do país.;False +72;2;2;O artigo defende que a indústria e o comércio do país absorvam a mão-de-obra liberta que surgirá com a abolição da escravatura.;False +73;2;2;Segundo o artigo, seriam funestas as consequências econômicas para o país, caso este repentinamente perca a força de trabalho de pessoas escravizadas.;True +74;41;41;O Clube Agrícola da Leopoldina apoiou a aplicação imediata do imposto sobre o tráfico interprovincial de escravos.;False +75;41;41;O vice-presidente da província de Minas Gerais decidiu aplicar o imposto imediatamente após a sanção do orçamento, em 1º de julho.;False +76;41;41;O presidente da província tomou medidas para evitar o aumento da população escrava em Minas Gerais, considerando as consequências da nova lei.;True +77;41;41;As províncias de São Paulo e Rio de Janeiro ainda não se haviam preocupado com proibir o tráfico de escravos.;False +78;45;45;Bento ist der Herr.;False +79;45;45;Anadeto ist der Sklave.;False +80;45;45;Der Polizeidelegat machte den Sklaven frei.;False +81;45;45;Der Herr war graumsam und unmenschlich.;True +82;16;16;O orador, Perdigão Malheiros, defende que o norte deve aumentar sua população de escravos para equilibrar o poder político entre as regiões.;False +83;16;16;O projeto de lei proposto por Perdigão Malheiros tem como objetivo principal eliminar completamente a escravidão no Brasil sem causar qualquer abalo social.;False +84;16;16;Perdigão Malheiros acredita que o comércio de escravos é prejudicial tanto do ponto de vista humanitário quanto político, criando um desequilíbrio populacional entre o norte e o sul.;True +85;16;16;O projeto de lei propõe que o comércio de escravos seja permitido apenas dentro de uma mesma província, desde que não envolva compra para revenda.;False +86;7;7;O passado político do sr. Prado sugere que ele não tem interesse na defesa da abolição.;False +87;7;7;O texto afirma que o ministério planeja adiar a solução da questão servil para o próximo ano.;False +88;7;7;O novo ministério, sob a liderança do sr. Prado, está comprometido com a abolição da escravidão.;True +89;7;7;O sr. João Alfredo e o sr. de Cotegipe têm uma visão divergente sobre a abolição da escravidão.;False +90;15;15;O primeiro imperador do Brasil, D. Pedro I, ignorou a questão do tráfico de africanos em seus discursos.;False +91;15;15;A lei de 7 de Novembro de 1831, seguida pelo decreto de 1832, foi suficiente para acabar com o tráfico de escravos no Brasil.;False +92;15;15;A indústria do tráfico de escravos continuou a operar no Brasil mesmo após leis contra o comércio, devido ao apoio de grandes interesses.;True +93;15;15;O Sr. Euzebio de Queiroz foi responsável por restaurar o tráfico de escravos ao invés de combatê-lo.;False +94;21;21;A pena para o comércio ilegal de escravos inclui prisão de 1 a 8 anos e uma multa que pode variar de 100$ a 400$ por cada escravo.;True +95;21;21;O projeto de lei permite o comércio de escravos dentro das províncias, desde que não haja intenção de revenda.;False +96;21;21;O parágrafo único especifica que é permitido vender escravos com procuração, desde que não seja em fraude à lei.;False +97;21;21;O texto foi aprovado em 3 de julho de 1877 pela Assembleia Geral Legislativa, que proibiu completamente o comércio de escravos em todo o Império.;False +98;37;37;O autor do texto demonstra apoio aos movimentos revolucionários que surgem entre as classes mais baixas da sociedade.;False +99;37;37;O texto faz referência a clubes secretos e à disseminação de ideias revolucionárias, o que sugere um temor crescente em relação ao avanço de ideias libertárias.;True +100;37;37;"O termo ""partido negro"" refere-se a um movimento político legalizado que defende a liberdade dos servos urbanos e das fazendas.";False +101;37;37;O autor defende a insurreição dos servos contra seus possuidores como caminho para o fim da escravatura nas fazendas.;False +102;31;31;A emancipação gradual é criticada pelo autor por ser ineficaz e incapaz de trazer resultados positivos para o país.;False +103;31;31;O autor afirma que o governo já fez o suficiente para resolver a questão da emancipação, destacando que a lei de 28 de Setembro solucionou o problema por completo.;False +104;31;31;O texto argumenta que a lavoura brasileira é autossuficiente e não necessita de ajuda do governo para se livrar da dependência do trabalho escravo.;False +105;31;31;O texto sugere que a criação de bancos de crédito agrícola ajudaria a impulsionar a lavoura, permitindo que os lavradores tivessem acesso a recursos e pudessem adotar o trabalho livre.;True +106;40;40;O texto opõe-se a libertação dos escravos supondo riscos e dificuldades que eles enfrentam quando em liberdade.;True +107;40;40;O texto avalia positivamente o impacto da liberdade na vida dos libertos e coloca em questão os direitos dos proprietários.;False +108;40;40;O texto saúda e apoia o consenso que há na sociedade quanto à urgência de se abolir a escravidão.;False +109;40;40;O texto considera que as condições de vida dos escravos são suficientemente boas e por isso os crê em condições de viver livres.;False +110;42;42;O projeto de F. Bello sugere a manutenção de estradas existentes em benefício de que o transporte da produção agrícola passe por Leopoldina.;False +111;42;42;A abolição de impostos proposta pelo sr. José Miguel de Siqueira seria prejudicial à economia da província, mas beneficiaria Leopoldina.;False +112;42;42;O município da Leopoldina, por sua importância e localização, tem recebido atenção e benefícios da província.;True +113;42;42;Progressistas e liberais, como Ferreira de Resende, são considerados os políticos mais promissores, quando se trata do futuro de Leopoldina.;False +114;36;36;Der Feitor Martins wurde auf der Fazenda von Hrn. Capitão Antonio Salgado Cesar von Sklaven ermordet, die behaupteten, durch Misshandlungen dazu getrieben worden zu sein.;True +115;36;36;Der Feitor Martins wurde von einem anderen Fazendeiro ermordet, weil er die Sklaven schlecht behandelte.;False +116;36;36;Der Mord an Feitor Martins geschah in einer anderen Stadt und nicht auf der Fazenda von Hrn. Capitão Antonio Salgado Cesar.;False +117;36;36;Die Sklaven flohen nach dem Mord an Feitor Martins und wurden später von der Behörde gefangen genommen.;False +118;35;35; 10;False +119;35;35; 50;False +120;35;35; 100;True +121;35;35; 200;False +122;9;9;A caridade para com os ex-escravos.;False +123;9;9;A instrução do povo.;True +124;9;9;A preservação da escravidão como legado histórico.;False +125;9;9;O esquecimento completo do passado.;False +126;11;11; Elevar o imposto sobre a exportação de escravos a um valor proibitivo.;False +127;11;11; Abolir a escravidão como solução para o problema.;True +128;11;11; Aumentar as taxas sobre os compradores de escravos para uso interno.;False +129;11;11; Proibir o comércio de escravos entre províncias.;False +130;8;8;O fundo de emancipação será dividido em duas partes, sendo uma destinada apenas à libertação de escravos mais novos.;False +131;8;8;O fundo de emancipação tem como objetivo promover a libertação de escravos e compensar os senhores pela perda de mão de obra.;True +132;8;8;Os serviços dos libertos serão prestados sem qualquer remuneração, apenas em troca de alimentação e vestuário.;False +133;8;8;Todos os senhores de escravos receberão indenização total pelo valor dos escravos libertados, independentemente da quantidade liberada.;False +134;46;46;Er wird alle seine Sklaven nach der Kaffee-Ernte verkaufen.;False +135;46;46;Er wird seine Sklaven nach der Kaffee-Ernte freigeben und einen Lohn festsetzen.;True +136;46;46;Er plant, die Sklaverei in der Provinz zu verstärken.;False +137;46;46;Er hat die Versammlung der Fazendeiros besucht.;False +138;23;23;O jornal Imprensa da província de São Paulo é favorável à introdução dos chineses como alternativa ao trabalho escravo.;False +139;23;23;O texto do jornal Imprensa defende a introdução de qualquer mão de obra estrangeira, sem distinção de origem.;False +140;23;23;Atrair trabalhadores europeus, prejudicando os brasileiros, é visto como algo imoral.;False +141;23;23;A substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre é vista como algo vantajoso, mas com desafios a serem enfrentados.;True +142;18;18;O clube literário criado em Bragança, na província de São Paulo, foi fundado por abolicionistas que já haviam conquistado sua liberdade.;False +143;18;18;O autor critica o clube literário dos escravos, afirmando que ele promove a desordem e ameaça os interesses públicos e privados.;False +144;18;18;O autor acredita que a melhor forma de melhorar a condição dos escravos é por meio da educação, preparando-os para ocupar um lugar na sociedade como cidadãos.;True +145;18;18;O texto defende que a lei de 28 de Setembro é suficiente e não precisa de qualquer revisão ou reforma para melhorar a condição dos escravos.;False +146;12;12;O Brasil está promovendo a abolição da escravidão de forma eficiente.;False +147;12;12;O silêncio do trono reflete a condenação da emancipação e seus efeitos negativos.;True +148;12;12;A posição do Brasil sobre a escravidão é amplamente aceita pelas nações civilizadas.;False +149;12;12;A escravidão não afeta as relações internacionais do Brasil.;False +150;47;47;Sorocaba ist eine Stadt ohne Landwirte.;False +151;47;47;Es ist fast niemand zur Versammlung in Sorocaba erschienen.;False +152;47;47;Sorocaba ist frei von der Sklaverei.;True +153;47;47;Sorocaba hat viele Sklaven.;False +154;3;3;O artigo posiciona-se contrário à reforma implementada pela lei de 13 de maio de 1888.;False +155;3;3;O artigo posiciona-se contrário ao modo como foi instituída a lei de 13 de maio de 1888.;True +156;3;3;O artigo afirma que a lei de 13 de maio de 1888 salvaguarda os direitos garantidos no pacto fundamental.;False +157;3;3;O artigo questiona a defesa dos direitos dos proprietários de lavouras que operam com mão de obra escravizada.;False +158;53;53;Segundo o texto, as diferentes províncias tomam providências semelhantes graças à liderança de São Paulo, exceto o Rio de Janeiro.;False +159;53;53;A população negra participa dos debates e apoia a emancipação, que avança em todas as províncias.;False +160;53;53;A população escravizada ignora os debates que se dão, o que favorece a posição dos escravocratas principalmente em São Paulo.;False +161;53;53;O texto afirma que, de modo geral, a tensão entre defensores e opositores da escravidão aumenta a cada momento.;True +162;39;39;No texto, a lavoura é o setor agrícola, que se opõe ao fim da escravidão e quer para si o papel de resistência à reforma do estado servil.;False +163;39;39;O texto assume uma atitude de oposição ao projeto do “ministério de 6 de junho”, que antevê a emancipação progressiva dos escravizados.;False +164;39;39;O texto considera perigoso e indesejável um prazo definido para a abolição completa da escravatura, de uma só vez.;True +165;39;39;No texto, prevê-se que a gratidão das pessoas emancipadas aliviará as tensões causadas pela suspensão simultânea de todo trabalho escravo.;False +166;28;28;O autor afirma que a abolição da escravidão deve ser vista como uma questão legal, fundamentada em leis nacionais.;True +167;28;28;O autor defende que a abolição da escravidão dos índios foi garantida pela lei de 1831, que também proibia o tráfico de africanos.;False +168;28;28;O texto considera que a vitória abolicionista no Ceará é definitiva e não há mais resistência a ser enfrentada.;False +169;28;28;O autor acredita que o escravo deve receber proteção externa para conseguir sua liberdade.;False +170;49;49;Er reiste nach Pernambuco.;False +171;49;49;Er reiste nicht, er blieb in Nazareth.;False +172;49;49;Er reiste nach Europa.;True +173;49;49;Er reiste nach Variedades.;False +174;27;27;O governo está autorizado a pagar passagens e alojamento para imigrantes, desde que sejam solteiros e estejam dispostos a trabalhar em fazendas locais.;False +175;27;27;O auxílio para cobrir despesas de imigração será concedido após o desembarque dos imigrantes em Santos, desde que estejam estabelecidos na cidade ou em outro local da província.;True +176;27;27;Para custear as despesas de imigração, será cobrada uma taxa única de 5$000 por ano de todos os escravos da província, sem distinção de localidade.;False +177;27;27;A verba destinada para imigração inclui auxílio financeiro apenas para imigrantes que pretendem trabalhar nas vilas da província.;False +178;1;1;O artigo posiciona-se contrário ao estímulo ao movimento imigratório no país.;False +179;1;1;O artigo faz uma crítica ao governo argentino.;False +180;1;1;O artigo defende que a imigração pode trazer progresso e prosperidade para o país.;True +181;1;1;O artigo fala sobre a ameaça que representa a imigração ao progresso e à prosperidade do país.;False +182;10;10;Apesar das dificuldades políticas e sociais, o partido liberal deve se concentrar na luta pela liberdade religiosa, sem se preocupar com outras reformas políticas.;False +183;10;10;A abolição da escravatura não é uma prioridade para o partido liberal.;False +184;10;10;A abolição da escravatura deve ser discutida separadamente das outras reformas, como a liberdade religiosa e a eleição livre.;False +185;10;10;O autor acredita que a abolição da escravatura é uma reforma que não pode mais ser adiada, pois é vista como essencial para o progresso do país e a consolidação de um governo liberal.;True +186;33;33;Der Kaiser war schockiert, als er erfuhr, dass Sklaven auf Befehl ihrer Herren ausgepeitscht wurden.;True +187;33;33;Der Kaiser zeigte großes Interesse an den Bedingungen der Gefangenen und war besonders erfreut über das unterirdische Gefängnis.;False +188;33;33;Die Gefangenen, die der Kaiser besuchte, waren hauptsächlich politische Gefangene, die gegen die Regierung protestierten.;False +189;33;33;Der Kaiser unterstützte die Praxis der Auspeitschung von Sklaven, solange sie in den Häusern ihrer Herren durchgeführt wurde.;False +190;25;25;O autor acredita que a coroa age como representante da nação ao promover a emancipação do elemento servil.;False +191;25;25;O autor defende que a coroa age apenas como conservadora e, por isso, apoia a emancipação.;False +192;25;25;O autor demonstra receio de que a coroa, influenciada pela opinião pública favorável à emancipação, possa condenar a posição conservadora, mas ao mesmo tempo afirma que a coroa age como árbitro, não como representante da nação.;True +193;25;25;O autor acredita que conceder liberdade a todos os indivíduos sem restrições resolveria a contradição da coroa em relação à emancipação.;False +194;30;30;O texto defende que se trate a luta contra a escravidão como questão regional, daí o destaque que confere à cena abolicionista de São Paulo.;False +195;30;30;Um velhinho fez doação de dois bilhetes de loteria ao Partido Abolicionista, o que o autor do texto vê como sinal da aspiração da nacionalidade brasileira.;True +196;30;30;A conferência contou com a participação de diversas figuras proeminentes do movimento abolicionista, como Luiz Gama, que já libertou mais de 1.000 escravos.;False +197;30;30;Durante a conferência anunciou-se a futura fundação da Sociedade Abolicionista Acadêmica de São Paulo.;False +198;26;26;Os lavradores da Parahyba do Sul pediram diretamente ao senador barão das Três Barras para interromper o processo de emancipação do ventre.;False +199;26;26;O autor considera que a emancipação do ventre seria um benefício que não interferiria na disciplina dos escravos e fortaleceria a obediência.;False +200;26;26;A representação dos lavradores foi enviada ao Dr. Martinho de Campos para ser lida e arquivada nas casas do parlamento.;False +201;26;26;Os lavradores expressam que a emancipação do ventre é uma ideia perturbadora e prejudicial, pois poderia levar a intervenções indesejadas nas fazendas e gerar desconforto aos senhores de escravos.;True +202;14;14;O governo imperial deixou claro seu apoio à emancipação dos escravos, destacando isso em seus discursos.;False +203;14;14;O presidente do conselho expressou sua total confiança e iniciativa para liderar o movimento abolicionista.;False +204;14;14;O texto destaca a nomeação de uma comissão composta por opositores da emancipação para estudar a questão.;True +205;14;14;A razão financeira para adiar a emancipação permaneceu um obstáculo, conforme explicado pelo governo.;False +206;43;43;O texto defende que a luta dos escravos por liberdade é injustificável e deve ser reprimida.;False +207;43;43;O texto cita o argumento de Joaquim Nabuco, que condena a repressão dos escravos da corte sob a ameaça de seu envio à província.;True +208;43;43;O texto conclui que os ganhos com o produto do trabalho dos escravos na província justificarão as novas medidas do ministério.;False +209;43;43;O novo regulamento mencionado no texto é visto como uma tentativa de melhorar as condições de vida dos escravos que vivem na corte.;False +210;50;50;Weil es keine Menschenrechte gibt.;False +211;50;50;Weil Gott uns keine Macht über andere Menschen gab.;True +212;50;50;Weil die weißen Menschen zu stark sind.;False +213;50;50;Weil Sklaverei die Natur zerstört.;False +214;22;22;O município de Campos, localizado no Rio de Janeiro, é descrito como um dos menos importantes da província e com pouca riqueza agrícola.;False +215;22;22;Os lavradores de Campos apresentaram uma proposta para extinguir a escravidão imediatamente, sob compensações aos proprietários de escravos.;False +216;22;22;O documento apresentado pelos lavradores propõe a extinção da escravidão no prazo de 7 anos, além de criar leis para garantir o trabalho obrigatório de libertos e livres.;True +217;22;22;A proposta apresentada sugere que tribunais correcionais e colônias agrícolas sejam abolidos para reduzir o surgimento de longos processos judiciários.;False diff --git a/src/data/pagina.csv b/src/data/pagina.csv index ca630ef..e20a5f5 100644 --- a/src/data/pagina.csv +++ b/src/data/pagina.csv @@ -1,7 +1,57 @@ -id, pagina_index, image_path, exemplar_id -0,0,03002_imagem_ptbr,0 -1,0,03003_imagem_ptbr,0 -2,0,03101_imagem_de,0 -3,0,03102_imagem_de,0 -4,0,04138_imagem_de,0 -5,0,04140_imagem_de,0 \ No newline at end of file +id;pagina_index;image_path;exemplar_id;lingua +0;0;01011_imagem_ptbr;0;ptbr +1;0;01012_imagem_ptbr;0;ptbr +2;0;01013_imagem_ptbr;0;ptbr +3;0;01014_imagem_ptbr;0;ptbr +4;0;01015_imagem_ptbr;0;ptbr +5;0;01016_imagem_ptbr;0;ptbr +6;0;01017_imagem_ptbr;0;ptbr +7;0;01018_imagem_ptbr;0;ptbr +8;0;01019_imagem_ptbr;0;ptbr +9;0;01020_imagem_ptbr;0;ptbr +10;0;01061_imagem_ptbr;0;ptbr +11;0;01062_imagem_ptbr;0;ptbr +12;0;01063_imagem_ptbr;0;ptbr +13;0;01064_imagem_ptbr;0;ptbr +14;0;01065_imagem_ptbr;0;ptbr +15;0;01066_imagem_ptbr;0;ptbr +16;0;01067_imagem_ptbr;0;ptbr +17;0;01068_imagem_ptbr;0;ptbr +18;0;01069_imagem_ptbr;0;ptbr +19;0;01070_imagem_ptbr;0;ptbr +20;0;01161_imagem_ptbr;0;ptbr +21;0;01162_imagem_ptbr;0;ptbr +22;0;02021_imagem_ptbr;0;ptbr +23;0;02022_imagem_ptbr;0;ptbr +24;0;02023_imagem_ptbr;0;ptbr +25;0;02024_imagem_ptbr;0;ptbr +26;0;02025_imagem_ptbr;0;ptbr +27;0;02026_imagem_ptbr;0;ptbr +28;0;02027_imagem_ptbr;0;ptbr +29;0;;0; +30;0;02028_imagem_ptbr;0;ptbr +31;0;02071_imagem_ptbr;0;ptbr +32;0;02121_imagem_de;0;de +33;0;02122_imagem_de;0;de +34;0;02123_imagem_de;0;de +35;0;02124_imagem_de;0;de +36;0;02125_imagem_de;0;de +37;0;03001_imagem_ptbr;0;ptbr +38;0;03002_imagem_ptbr;0;ptbr +39;0;03003_imagem_ptbr;0;ptbr +40;0;03004_imagem_ptbr;0;ptbr +41;0;03005_imagem_ptbr;0;ptbr +42;0;03006_imagem_ptbr;0;ptbr +43;0;03052_imagem_ptbr;0;ptbr +44;0;03101_imagem_de;0;de +45;0;03102_imagem_de;0;de +46;0;03104_imagem_de;0;de +47;0;03105_imagem_de;0;de +48;0;03106_imagem_de;0;de +49;0;03107_imagem_de;0;de +50;0;03108_imagem_de;0;de +51;0;03109_imagem_de;0;de +52;0;04136_imagem_de;0;de +53;0;04138_imagem_de;0;de +54;0;04140_imagem_de;0;de +55;0;08079_imagem_ptbr;0;ptbr diff --git a/src/data/pergunta.csv b/src/data/pergunta.csv index 43df9ae..e963086 100644 --- a/src/data/pergunta.csv +++ b/src/data/pergunta.csv @@ -1,7 +1,57 @@ -id, pagina_id, pergunta -0, 0, Assinale a opção correta: -1, 1, Assinale a opção correta sobre “Os defensores da lavoura”: -2, 2, Was ist richtig?: -3, 3, Was ist richtig?: -4, 4, Assinale a opção correta: -5, 5, Assinale a opção correta: \ No newline at end of file +id;pagina_id;pergunta +0;0;Assinale a opção correta: +1;1;Assinale a opção correta: +2;2;Assinale a opção correta: +3;3;Assinale a opção correta: +4;4;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +5;5;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +6;6;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +7;7;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +8;8;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +9;9;De acordo com o texto, qual é considerada uma obrigação importante para o progresso do Brasil após a abolição da escravidão? +10;10;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +11;11;Segundo o texto, qual seria a medida mais eficaz para acabar com o comércio de escravos? +12;12;Qual é a principal crítica feita pelo texto em relação à posição do Brasil sobre a questão da emancipação? +13;13;Segundo o autor, o que deve ser feito antes de realizar a abolição completa da escravidão? +14;14;Com base no texto, marque a alternativa correta: +15;15;Com base no texto, marque a alternativa correta: +16;16;Com base no texto, marque a alternativa correta: +17;17;Com base no texto, marque a alternativa correta: +18;18;Com base no texto, marque a alternativa correta: +19;19;Com base no texto, marque a alternativa correta: +20;20;A comédia “O Liberato” de Arthur Azevedo: +21;21;Com base no texto, marque a alternativa correta: +22;22;Marque a afirmação que está de acordo com o texto. +23;23;Assinale a opção que está de acordo com o texto. +24;24;Com base no texto, marque a afirmativa correta: +25;25;Com base no texto, marque a alternativa correta: +26;26;Com base no texto, marque a alternativa correta: +27;27;Com base no texto, marque a alternativa correta: +28;28;Com base no texto, marque a alternativa correta: +29;29; +30;30;Com base no texto, marque a alternativa correta: +31;31;Com base no texto, marque a alternativa correta: +32;32;Wem möchte Saraiva das Land geben? +33;33;Wählen Sie anhand des Textes die richtige Alternative aus: +34;34;Assinale a afirmativa que está de acordo com o texto: +35;35;Wie viele Sklaven wurden in Campinas freigegeben? +36;36;Wählen Sie anhand des Textes die richtige Alternative aus: +37;37;Com base no texto, assinale a afirmativa correta: +38;38;Assinale a opção correta: +39;39;Assinale a opção correta sobre “Os defensores da lavoura”: +40;40;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +41;41;Assinale a afirmativa que está de acordo com o texto. +42;42;Com base no texto, assinale a afirmativa correta: +43;43;Com base no texto, assinale a alternativa correta: +44;44;Was ist richtig? +45;45;Was ist richtig? +46;46;Was hat Dr. Antonio Prado angekündigt? +47;47;Was wurde in Sorocaba erklärt? +48;48;Wie viele Sklaven im Alter von 60 bis 65 Jahren, die als Freie gelten, wurden in Rio de Janeiro registriert? +49;49;Wohin reiste Dr. Joaquim Nabuco nach seinem Besuch in Nazareth? +50;50;Warum ist Sklaverei laut dem Bischof falsch? +51;51;Was sagt der Artikel über Deutsche? +52;52;De acordo com o texto, assinale a opção correta: +53;53;Assinale a opção correta: +54;54;Assinale a opção correta: +55;55; diff --git a/src/data/texto_ocr.csv b/src/data/texto_ocr.csv index 5cbc2bb..3bc4c6d 100644 --- a/src/data/texto_ocr.csv +++ b/src/data/texto_ocr.csv @@ -1,7 +1,57 @@ -id; pagina_id; texto_ocr; modelo_ocr -0; 0; LocalisaSão do escravo As apregoadas reforiias do partido liberal, quando na opposição, a muito custo vão appareceudo. O iHustrado collega do “Diario do Gram-Pará” publicou o projeeto de lei, que abaixo transcrcvemos, sobre a localisação do escraro, e fundo de emancipaçãn. Não podemos deixar passar sem reparo esse mouumental projecto, fructo dos calamitosos tecnpos que atravessamos. É mais um saque que se dá na bolxa do commerciante, e mais um attentado contra o direito de propriodade. Não sonhos escravocretas, longe de nós semellhante ideia, desejamos de coração ver extlipado de nossa sociedade o terrível cancro da escravidão, mas também não jodemos soHrer que se atfaque impunemente os nossos mais sagrados direitos.Procuremos extinguir ü escravidão pelos meios que aconselha a sã razão, pelox meios legaes. Não haverá sem contestação coração brasileiro que a isso se recuso.Devemes, porém, respeitar o dircito de propriedade.A estabilidade da propriedade, como a da família, d necessgria á liberdade.Ei incontestavel que a garantia da propriedade e o equilíbrio da propriedade com a necessidade são unia das principacs garantias da liberdale.;Humano -1; 1; Os derenseres da lavoura. A lavoura agradece de coração as defezas que lhe andão fazenlo julga que são tolas muito bea intencionadas, mas pele aos seus defensores que não a arrastem ao papel de resisteDcia a reforma do estado servih, qual se acha está projectada pelo ministerio de 6 de junho. Preferimos o curto ao duvidoso. Convencidos de que a escravidão não pode durar muito, nom desejando pela nossa parte embaragar o caminho natural da emancipação, damo-nos por satisfeitos com o projecto apresentado, pois sabemos até onde vae e acreditamos que elle não exige sacriHcios alem das forgas da lavoura e das outras indoatrias. Se o projecto não vingasse Co que seria alem de um perigo, uma vergonha para o Brazil.) quem póde responder-nos pelo que veria d pois? A lavoura attenda aos seus interesses, deixe de ouvir mãos conselhos, e reconhecerá que, chegada a occasião de fazer alguma cousa pela emancipação, não ha combinação menos exposta a perturbações fo que aquella em que assenta o projecto do ministerio de G de junho. De todos os lados falla-se agora em prazo, no qual niuguem queria ha pouco tempo, ouvir fallar. Este meio de opposição é o mais perigoso, não só porque, a ter-ze de fixar um prazo á escravidão, elle não poderix ser senão, curto de sete annos no máximo, como porque o prazo importar1a, no vencimento do termo, a abolição simullanea de toda a escravatura, e assim perderiamos todas as vantagens da substituição pareial do braço escravo. De todas as soluções a do prazo seria a mais terrivel, porque lançaria de chofre na sociedade centenas de milhares de homens embrutecidos e tanto mais indignados contra o seu antigo estado de escrevo quanto é Datural que, durante o prazo terião de ser constrangidos a traballos mais penosos pelo menos por muitos senhores. Se objecções podem ser levaDtadas contra o plano proposto pelo benemerito, prudeote e illustrado conselheiro Dantas, resta indagar sinceramente qual é o outro plano com que aquelle será substituido e se as objecções contra o noro plano não scrão mais graves. Reconhecendo a lavoura, comc não pode deixar de reconhecer, que a questão não pode parar – e para isso não baveria força bastante em nenhum dos partidos, acceite de boa mente a solocção que lhe offerece. Não ha outra melhor, pelo menos que se tenha ternado conhccida. Um lavrador.;Humano -2; 2; Rio de Jauelro. Der Ackerbauminister hat an die Prüsilenten der Provin1en ein Cirkulur gesandt, des lnhalts, dnss alle Sklaven von 60-65 Jahren sofort für frei zu erklären seien, nnter der Bedingun~ uorh drei Jahre ihrAn Herren zn dienen, vorausgesetzt dass sie nicht innerhRlb dieser Zeil das 65. Jahr vollenden mit welchem Alter sie je,ler Dieostzeil calhoben sind. Dementsprechend seien anch die mehr als 65jährigen Sklaven sofort für frei zu erklären. D,e bi3herigen Herren habPn sich der Freiwerdenden anznnahmen und dieselben bei sich zu behalteu, es sei denn, daSl die~e anderswo ihren Unterloal verdienen wollen und von den Waisenrichtern dessen für befähigt gehalten werden, dass oder oh die zu dreijäbr, ger Dienslpßichl genöthigten Ex-Sklaven von ihrtu Herreu Lohu bekommen sollen, isl mit keinem Worte erwähnt. Wenn sie aber keinen bekommen uud doch zur Arbeit gezwungen sind – wie kann man sie alsdann frei nennen?;Humano -3; 3; Sorocaba. Znm Polizeidelegaten kam in diesen Tagen ein Sklave, Namens Bento, dcssen Herr Anadeto Pires heisst und in Campo-Largo wohnt. Der nnglückliche Schwarze hatte zahllreiche alte Narbcn und neue Wunden, die vou Züchtignngen herrührten. Ansserdem trug er an den FüssEn zwei schwere Eisenketten. Die Behoerde nahm zwaar KenntnIs von der Sache, aber natuerlich wurde der Sklave seincm Herrn wieder ausgeliefert, der Rache dafür zn nehmcn wossen wird, dass seine scheussliche Unmenschlichkeit und Gransamkeit bekannt gevorden und oHientlich besprocheu ist. ;Humano -4; 4; Der Kanpf zwischen Aboliiionismus und SrlavoRratie wird täglich erbiHerter, das schwarze Elememt, welches das Geräusch des Kampfes vernimmt und seine Bedeutuug wohl versteht, wird unruhiger von Angenblick zu Augendlick. Die Sitnation wird verschlimmert durch den Umstamd, dass die einzelnen Provinzen voreinzelt vorgehen. Es werden dadurch ellem Anschein nach in benachbarten Provinzen ganz verechiedene Verhältnisse geschaffen werden. So sehr man es mit Freuden begrüssen mag, dass sich die Emanzipation in der Provinz 5. Paulo sicherlich mit grosser Schnelligkeit vollziehen wird, und so sehr es zu bedauern ist, dase die benachbarte Provinz Rio de Janeiro beispielswelse dicht mit derselben Energie vorgeht, so ist doch nicht zu verkemen, dass durgh diese verschielene Behandlung derselben Frage die Stinnmung in den betheiligten Kreisen, namemtlich in der Sklavenbevölkerung, nur roch mehr aufgeregt werden muss.;Humano -5; 5; iur Lage in Brasilt|n. Brasilien befindet sich augenbllcklich in einer schweren Krisis. Nachden die sämmtlichen amerikanischen Staaten längst von der Sklavemarbeit zur freien Arbeit übergggangen sind, hat Bra5ilien, der einzige monarchische Staat des Con1inents, sich bis auf den heutigen Tag die traurige Eigenthümlichkeit bewahrt, die Sklaverei noch als gesetzliches InstituL zu besitzen und diö wirthschaftliche Existenz des Landes im Wesentlichen darauf zu begründen. Die Strate für dies Verbrechen gegeu die Vorschriften der Humanität und der Gerechtigkeit lässt nicht auf sich warten. Während aHe anderen Staaten die Schwierigkeiten des Ueberganges von Slkavenarbeit zu freier Arbe,t überwunden haben und sich in aufstrebender Entwickelung befinden, steht Brasilüen in einer Krisis, sieht sich Gefahren gegenübar, deren Verlauf auch nicht amähernd sich übersehen lässt.;Humano \ No newline at end of file +id;pagina_id;texto_ocr;gabarito_ocr +0;0;"Em honra dos redimidosI Julio Verim, o valente jornalists da Revista 111ustrada, esse posto de gloria de Angelo Agostini, do lapis que fulminava como o raio todos quantos se entrincheiravan no reducto da escravidão, — escreve um esplendido artigo sobre o grande movimento patriotico que partio de I3 de maio e se estenderá por toda a história d’este paiz. Depois de algumas linhas de homenagem á gloriosa conquista do povo brazileirs, o illustre escriptor enthronisa nos seguintes periodos os sentimentos de amor da raça negra: „ Aqui, por exemplo, um juiz diz a uma liberta, que pleiteava a sua liberdade, que o peculio em deposito lhe pertence, que o póde ir buscar. „ E ella responde: „ – Não, sr. doutor, faço muito gosto em entregal-o a minha senhora. „ Ali, uma ex-escrava, ao saber que o salario lhe seria entregue, por inteiro, pede que o continuem a dar ao seu ex-senhor e acrescenta: „ – Meu senhor é pobre, tem muita familia, vive com diHiculdade. Eu fico com 5S000 por mez e o resto é para elle. „ Pelo interior, o mesmo quadro se observa. „ Na fazenda do sr. Coelho 8astos ficaram todos os ex-escravos e um amigo nos conta que o façanhudo ex-chefe de policia se gabava d’isso, em plena rua do 0uvidor, pouco mais ou menos assim: „ – Eu sou um carrasco, sou um barbaro, mas dos meus escravos não sabio um só. A lei da abolição só me trouxe vantagens. „ Na fazenda do sr. Paulino de 5ouza passaram-se tambem factos dignos de menção. „ O chefe supremo da resistencia, reunindo os seus trabalhadores, disse-lhes que elles eram livres por lei, e pedio-lhes perdão de qualquer falta que houvesse comeHido. „ Terminando, fez-se um grande silêncio, após o qual um dos libertos exclamou: „ – Peço a palavra! „ – Póde fallar, disse o chefe conservador. „ – O liberto fez um pequeno discurso em nome dos seus companheiros, declarando: 1º, que nada tinham a perdoar, 2º, que continuavam na fazenda. „ Em seguida, pedio licença para manifestar o seu regosigo. „ – Pois não, disse o sr. Paulino. „ O liberto, então, dando um passo á frente, exclamou: „ – Viva a princeza imperial. „ – Viva o gabinete I0 de março. „ – Viva o conselheiro ▢antas. „ – Viva Joaquim Nabuco. „ – Viva José do Patrocínio. „ – Viva João Clapp. „ Todos os vivas foram calorosamente correspondidos. „ Algumas das pessoas presentes diziam, em voz baixa: „ – E, então, como eHes andam ao facto da politica! ... „ – Com o sr. Lacerda Werneck, um dos deputados que votou contra a lei, consta que se deu o mesmo."" „ De $. Paulo, Minas e pontos centraes do Bio as noticias que chegam são as melhores possíveis. Todo o receio de que a lei fosse mal recebida desappareceu. „ O desespero dos inimigos da abolição, dos máos prophetas de calamidades, é patente. “";"Em honra dos redimidos! Julio Verim, o valente jornalista da Revista Illustrada, esse posto de gloria de Angelo Agostini, do lapis que fulminava como o raio todos quantos se entrincheiravam no reducto da escravidão, — escreve um esplendido artigo sobre o grande movimento patriotico que partio de 13 de maio e se estenderá por toda a história d’este paiz. Depois de algumas linhas de homenagem á gloriosa conquista do povo brazileiro, o illustre escriptor enthronisa nos seguintes periodos os sentimentos de amor da raça negra: „ Aqui, por exemplo, um juiz diz a uma liberta, que pleiteava a sua liberdade, que o peculio em deposito lhe pertence, que o póde ir buscar. „ E ella responde: „ – Não, sr. doutor, faço muito gosto em entregal-o a minha senhora. „ Ali, uma ex-escrava, ao saber que o salario lhe seria entregue, por inteiro, pede que o continuem a dar ao seu ex-senhor e acrescenta: „ – Meu senhor é pobre, tem muita familia, vive com difficuldade. Eu fico com 5$000 por mez e o resto é para elle. „ Pelo interior, o mesmo quadro se observa. „ Na fazenda do sr. Coelho Bastos ficaram todos os ex-escravos e um amigo nos conta que o façanhudo ex-chefe de policia se gabava d’isso, em plena rua do Ouvidor, pouco mais ou menos assim: „ – Eu sou um carrasco, sou um barbaro, mas dos meus escravos não sahio um só. A lei da abolição só me trouxe vantagens. „ Na fazenda do sr. Paulino de Souza passaram-se tambem factos dignos de menção. „ O chefe supremo da resistencia, reunindo os seus trabalhadores, disse-lhes que elles eram livres por lei, e pedio-lhes perdão de qualquer falta que houvesse comettido. „ Terminando, fez-se um grande silêncio, após o qual um dos libertos exclamou: „ – Peço a palavra! „ – Póde fallar, disse o chefe conservador. „ – O liberto fez um pequeno discurso em nome dos seus companheiros, declarando: 1º, que nada tinham a perdoar, 2º, que continuavam na fazenda. „ Em seguida, pedio licença para manifestar o seu regosijo. „ – Pois não, disse o sr. Paulino. „ O liberto, então, dando um passo á frente, exclamou: „ – Viva a princeza imperial. „ – Viva o gabinete 10 de março. „ – Viva o conselheiro Dantas. „ – Viva Joaquim Nabuco. „ – Viva José do Patrocínio. „ – Viva João Clapp. „ Todos os vivas foram calorosamente correspondidos. „ Algumas das pessoas presentes diziam, em voz baixa: „ – E, então, como elles andam ao facto da politica! ... „ – Com o sr. Lacerda Werneck, um dos deputados que votou contra a lei, consta que se deu o mesmo."" „ De S. Paulo, Minas e pontos centraes do Rio as noticias que chegam são as melhores possíveis. Todo o receio de que a lei fosse mal recebida desappareceu. „ O desespero dos inimigos da abolição, dos máos prophetas de calamidades, é patente. “" +1;1;JORNAL DO POV0 A immigração entre nº's Um dos grandes coro11arios da lei de I3 de Maio, é, incontesta velmente, uma das mais palpitantes necessidades publicas, é, sem duvida alguma, o alarga mento da corrente immigratoria, por meio de medidas garantidoras do trabalho, as guaes adualmente constituem o objedo principal da aHenção e estudo do governo argentino. 3ntre nós, não ha negal-o, pouco, muito pouco se tem feito em beneficio da immigração, maxime com relação ao Norte de 1mperio. △ impressão que aos bons cidadãos, deve causar o inditterentismo censuravel d'um gabinete que quer ter os fóroa de patriotico e regenerador, não pode deixar de ser desagradavel para todos aque║es que sinceramente se interessam pelo progresso e prosperidade do paiz.;JORNAL DO POVO A immigração entre no's Um dos grandes corollarios da lei de 13 de Maio, é, incontesta velmente, uma das mais palpi- tantes necessidades publicas, é, sem duvida alguma, o alarga mento da corrente immigratoria, por meio de medidas garantidoras do trabalho, as quaes actualmente constituem o objecto prin- cipal da attenção e estudo do go- verno argentino. Entre nós, não ha negal-o, pouco, muito pouco se tem feito em beneficio da immigração, ma- xime com relação ao Norte de Imperio. A impressão que aos bons ci- dadãos, deve causar o indifferen- tismo censuravel d'um gabinete que quer ter os fóros de patrioti- co e regenerador, não pode dei xar de ser desagradavel para to- dos aquelles que sinceramente se interessam pelo progresso e pros- peridade do paiz. +2;2;TRABALHO LIVRE I Essencial e quasi exclusivamente agricola, o ßrazil tem conseguido manter sempre prospero o seu credito, nos grandes mercados monetarios da ◫uropa, graças á uberdade prodigiosa do solo, á indole pronunciadamente laboriosa e ordeira dos habitantes, e á regularidade propicia das estações. Mas, eivado do vicio que hoje a generalidade da nação reprova e condemna, vicio que nos legaram os primeiros habitantes do paiz, tem este lutado com a animadversão que o trabalho escravo costuma despertsr nos espiritos philantropicos, tanto aqui como no estrangeiro. ∑ntretanto, nos parece injustiga acoimar de emperramento, de retrogradação, de escravocracia, o natural temor, o bem fundado receio, que em todos os animos imparciaes e prudentes desperta a propaganda, que ora traz o paiz em tal ou qual agitação, apenas capaz de prejudiciaes resultados. ▢igamos já, não somos escravocratas, não desejamos hoje, como nunca desejámos, a perpetuidade entre nós, do elemento servil. Mas, ∂ verdade é que, o legado transmitido de geração em geração, mantido á sombra das leis, nº decurso de seculos, radicou-se por tal maneira, e tåo profundamente, nos habitos da familia agricultora, que a revulsão repentina, não preparads convenientemente, se tem de a operar todos os eƒƒeitos que vizam os propagandistas, há de forgosamente affedar por modo muitissimo lamentavel as poucas fontes de renda que possuimos, e d•ahi, o immediato e infa||ivel descalabro do nosso credito no estrangeiro, e o mais funesto desequilibrio entre a receita e as despezaa. Nem se diga que é exagerado o quadro, em primeiro lugar, ninguem póde sériamente contar com os proventos da industria (infelizmente ainda no periodo de acanhados e timidos ensaios) ou do commercio: ambos estes elementos tiram suas forøas, como é evidente, do que produz a lavoura, cerœemos esta, e veja-se o que resta, em segundo lugar, o fµnccionalismo é em tão elevado numero, que as rendas publicas não podem, de anno para anno, deixar de consagrar•lhe bem respeitaveis sommas. Além disso, ninguem ignora que dos muitos funœionarios pµblicos, que o nosso or¢amento sustenta e ampara, bem poucos serão aque||es que na eventualidade de alguma crise tremenda possam contar com recursos aliµnde. Por conseguinte, parece-nos fåra de questão que, promover a reversão repentina do elemento £ervil, como parecem querer os enthusiatas que, no parlamento (infelizmente) e fóra de||e, tanto apregoam as exce||encias de tal catastrophe (nem lhe conhecemos outro nome), é simplesmente trabslhar por modo mµito funesto para a conflagra¢ão e ruina da patria. Nem se diga que estamos a prégar o statu quo. ▢irão isso aquelles sømente que, por ¡gnorancia ou má fé, desconhecem a progressão legislativa, que a extincção da escra√idão tem tido entre nós. Ԑ não é de hoje, vem de muitos annos já.;TRABALHO LIVRE I Essencial e quasi exclusivamente agricola, o Brazil tem conseguido manter sempre prospero o seu credito, nos grandes mercados monetarios da Europa, graças á uberdade prodigiosa do solo, á indole pronunciadamente laboriosa e ordeira dos habitantes, e á regularidade propicia das estações. Mas, eivado do vicio que hoje a generalidade da nação reprova e condemna, vicio que nos legaram os primeiros habitantes do paiz, tem este lutado com a animadversão que o trabalho escravo costuma despertar nos espiritos philantropicos, tanto aqui como no estrangeiro. Entretanto, nos parece injustiça acoimar de emperramento, de retrogradação, de escravocracia, o natural temor, o bem fundado receio, que em todos os animos imparciaes e prudentes desperta a propaganda, que ora traz o paiz em tal ou qual agitação, apenas capaz de prejudiciaes resultados. Digamos já, não somos escravocratas, não desejamos hoje, como nunca desejámos, a perpetuidade entre nós, do elemento servil. Mas, a verdade é que, o legado transmitido de geração em geração, mantido á sombra das leis, no decurso de seculos, radicou-se por tal maneira, e tão profundamente, nos habitos da familia agricultora, que a revulsão repentina, não preparada convenientemente, se tem de a operar todos os effeitos que vizam os propagandistas, há de forçosamente affectar por modo muitissimo lamentavel as poucas fontes de renda que possuimos, e d’ahi, o immediato e infallivel descalabro do nosso credito no estrangeiro, e o mais funesto desequilibrio entre a receita e as despezas. Nem se diga que é exagerado o quadro, em primeiro lugar, ninguem póde sériamente contar com os proventos da industria (infelizmente ainda no periodo de acanhados e timidos ensaios) ou do commercio: ambos estes elementos tiram suas forças, como é evidente, do que produz a lavoura, cerceemos esta, e veja-se o que resta, em segundo lugar, o funccionalismo é em tão elevado numero, que as rendas publicas não podem, de anno para anno, deixar de consagrar-lhe bem respeitaveis sommas. Além disso, ninguem ignora que dos muitos funccionarios publicos, que o nosso orçamento sustenta e ampara, bem poucos serão aquelles que na eventualidade de alguma crise tremenda possam contar com recursos aliunde. Por conseguinte, parece-nos fóra de questão que, promover a reversão repentina do elemento servil, como parecem querer os enthusiatas que, no parlamento (infelizmente) e fóra delle, tanto apregoam as excellencias de tal catastrophe (nem lhe conhecemos outro nome), é simplesmente trabalhar por modo muito funesto para a conflagração e ruina da patria. Nem se diga que estamos a prégar o statu quo. Dirão isso aquelles sómente que, por ignorancia ou má fé, desconhecem a progressão legislativa, que a extincção da escravidão tem tido entre nós. E não é de hoje, vem de muitos annos já. +3;3;(*) A'​ provincia de Pernambuco e especialmente a classe agricola e aos meus amigos do 5.º distrido. A ruinosa dire©ção que o presidente do conœlho de ministerio 10 de Mar¢o imprimio aos negócios publicos, sacrificando os principios cuja guarda lhe havia sido confiad@, despertou, como era natural, justo e profundo descon†entamento no seio do partido. No Pará, no Maranhão, no Ceará e em oµtras provincias do norte, para restringir-me a essa região, as dissidencias acœntuaram-se com uma venhemencia desusada. Por toda a parte, grande nµmero de conservadores vendo falseados os principios deste grande partido, e descrentes de sua regeneração, alistou-se nas fileiras republicanas. Outros, por amor á diœiplina em que foram educados, conservaram se ainda por algµm tempo irresolutos, na esperan¢a de que as cousas tomassem o seu devido rumo. Longe, porém, de assim acontecer, o presidente do conse¶o, pseudo conservador, continuou na serie de desacertos que havia iniciado, e, em breve deu por terra com uma situa¢ão que promeIIia ser duradoura e fecunda de beneficios para o paiz. Chamado aos consdhos da coråa, quando o paiz se achava em um estado melindroso, o Sr. Conselheiro «|oão Alfredo, seduzido pelo falso brilho de uma gloria ephemera e suppondo talvez que á sua custa se poderia manter indefinidamente no poder, não trepidou em eƒƒectuar a reforma subita e radical da instituição servil, sem cuidar da repara¢åo do enorme damno causado å lavoura, nem acautelar a sorte futura da importante classe que a representa. A lei de !3 de Maio de !888, decretando a aboli¢ão do elemento servil (aboli¢ão esta que todos deseiavam, mas não pelo modo por que foi feita) constitue um grave aIIentado å propriedade reconhecida pela nossa legislação, e pøde ser chamada uma √erdadeira lei de espolia¢ão, certamente incompativel com os principios de µm partido que tem por missåo a defeza dos direitoa garantidos em nosso pœto fundamenta|.;1.º A' provincia de Pernambuco e especialmente a classe agricola e aos meus amigos do 5.º districto. A ruinosa direcção que o presidente do conselho de ministerio 10 de Março imprimio aos negócios publicos, sacrificando os principios cuja guarda lhe havia sido confiada, despertou, como era natural, justo e profundo descontentamento no seio do partido. No Pará, no Maranhão, no Ceará e em outras provincias do norte, para restringir-me a essa região, as dissidencias accentuaram-se com uma venhemencia desusada. Por toda a parte, grande numero de conservadores vendo falseados os principios deste grande partido, e descrentes de sua regeneração, alistou-se nas fileiras republicanas. Outros, por amor á disciplina em que foram educados, conservaram se ainda por algum tempo irresolutos, na esperança de que as cousas tomassem o seu devido rumo. Longe, porém, de assim acontecer, o presidente do conselho, pseudo conservador, continuou na serie de desacertos que havia iniciado, e, em breve deu por terra com uma situação que promettia ser duradoura e fecunda de beneficios para o paiz. Chamado aos conselhos da corôa, quando o paiz se achava em um estado melindroso, o Sr. Conselheiro João Alfredo, seduzido pelo falso brilho de uma gloria ephemera e suppondo talvez que á sua custa se poderia manter indefinidamente no poder, não trepidou em effectuar a reforma subita e radical da instituição servil, sem cuidar da reparação do enorme damno causado á lavoura, nem acautelar a sorte futura da importante classe que a representa. A lei de 13 de Maio de 1888, decretando a abolição do elemento servil (abolição esta que todos desejavam, mas não pelo modo por que foi feita) constitue um grave attentado á propriedade reconhecida pela nossa legislação, e póde ser chamada uma verdadeira lei de espoliação, certamente incompativel com os principios de um partido que tem por missão a defeza dos direitos garantidos em nosso pacto fundamental. +4;4;Eleição de senador. Circúlar. Illm. Sr. A ehleição para o prehenchimento da vaga do conselheiro Dias de Carvalho na camara vitalicia, deve ser deziggnada para muito breve. Lembrado pôor grande numero de amigos, acoroçado e appoiado por outras influencias que pude consutar em tão diminuto espaço de tempo, apresento-me candidato. Fui deputado em varias legislatúras, guardei a mais escrupulosa baldade ao partido consservador, e tenho sido coherente em toda a minha vida publica. Ninguem ignora a posição que thomei na camara dos deputados, quando, alli foi descuttido o projecto, que depois converteu-se em ley do paiz, relativamente ao estado servil. As ideias que então sustetei, sustento hoje, salva a dehvida homenagem ao direito constituido. Não posso acompanhar os que procurão cégamente o progresso, ainda mesmo coustando elle a ruina da sosciedade braseleira. A escravidão é mal que ha de desapparecer com o tempo, e o Brazil já menifestou ao mundo quanto lhe reppúgna essa instituição. Prescipitar um desfexo, que por si mesmo virá, quando é certo que o thesouro não se achará tão cêdo em condições de indemnizar, inmportá esquecer inmprudentemente que a propriehdade foi adquirida á sombra da lei, e que usurpal-a é um crime. Sempre cheia de perigos tem sido a maxima: *il faut finir pour commencer*. Não é licito allegar que são insufficientes os meios indirectos. Contra isso protestão as estatisticas, não obestante os defeitos da lei de 28 de sethembro, combatidos pela dissidencia da camara a que tive a honraa de pertencer. É tharde para corrigil-os, mas ainda é tempo de arredar as difficuldades com que luta presentemente a primêra industria do paiz, providenciando sobre varios meos de emparal-a e dar-lhe vida. A liberdade do vótto, por todos dezejada, firmou-se na lei de 9 de janeiro, e foi uma grande conquista. A nação vae hoje pronunciar-se sem constrangimento, depozitando nas úrnas a expressão de sua soberana vontade. Resta-lhe porém attender, emquanto for tempo, ás suas finanças compromettidas, buscando savar as industrias de que principalmente possa depender a prosperidade da patria. Este deve ser o programma dos homens politicos na actualidade, e é com taes idéias que conmpareço perante o côrpo eleitoral, esperando merecer o appoio de V. S.ª, de quem sou com grande eztima Concidadão e att.º Cr.º Obr. m.o. Jose Calmon Nogueira Valle da Gama. Juiz de Fora, 26 de Agosto de 1881.;Eleição de senador. Circular. Illm. Sr. A eleição para o preenchimento da vaga do conselheiro Dias de Carvalho na camara vitalicia, deve ser designada para muito breve. Lembrado por grande numero de amigos, acoroçoado e apoiado por outras influencias que pude consultar em tão diminuto espaço de tempo, apresento-me candidato. Fui deputado em varias legislaturas, guardei a mais escrupulosa baldade ao partido conservador, e tenho sido coherente em toda a minha vida publica. Ninguem ignora a posição que tomei na camara dos deputados, quando, alli foi discutido o projecto, que depois converteu-se em lei do paiz, relativamente ao estado servil. As ideias que então sustentei, sustento hoje, salva a devida homenagem ao direito constituido. Não posso acompanhar os que procurão cégamente o progresso, ainda mesmo custando elle a ruina da sociedade brasileira. A escravidão é mal que ha de desapparecer com o tempo, e o Brazil já manifestou ao mundo quanto lhe repugna essa instituição. Precipitar um desfecho, que por si mesmo virá, quando é certo que o thesouro não se achará tão cêdo em condições de indemnizar, importa esquecer imprudentemente que a propriedade foi adquirida á sombra da lei, e que usurpal-a é um crime. Sempre cheia de perigos tem sido a maxima: *il faut finir pour commencer*. Não é licito allegar que são insufficientes os meios indirectos. Contra isso protestão as estatisticas, não obstante os defeitos da lei de 28 de setembro, combatidos pela dissidencia da camara a que tive a honra de pertencer. É tarde para corrigil-os, mas ainda é tempo de arredar as difficuldades com que luta presentemente a primeira industria do paiz, providenciando sobre varios meios de emparal-a e dar-lhe vida. A liberdade do voto, por todos desejada, firmou-se na lei de 9 de janeiro, e foi uma grande conquista. A nação vae hoje pronunciar-se sem constrangimento, depositando nas urnas a expressão de sua soberana vontade. Resta-lhe porém attender, emquanto for tempo, ás suas finanças compromettidas, buscando salvar as industrias de que principalmente possa depender a prosperidade da patria. Este deve ser o programma dos homens politicos na actualidade, e é com taes idéias que compareço perante o corpo eleitoral, esperando merecer o apoio de V. S.ª, de quem sou com grande estima Concidadão e att.º Cr.º Obr. m.o. Jose Calmon Nogueira Valle da Gama. Juiz de Fora, 26 de Agosto de 1881. +5;5;IMPOSTO SOBRE ESCRAVOS NA PROVINCIA DE MINAS Ehntre as disposiçoes permanentes da ley de orçamento provincial de Minas Geraes, para o exercicio de 1881—82, encontra-se o seguinte, com relação ao novo imposto sobre escravos: «Art. 10. Pela annotação de cadda escravo que vier rezidir na provincia, em vihrtude de compra, tróoca, doação in solutum, ou locação por mais de um anno, cobrar-se-ha a taxa de 2:000$00. Á mesma taxa ficao sujeitos os escravos que vierem com seus senhores mudados para esta provincia, ou em virtude de doação, se forem alihenados nos cinco annos seguintes á sua entrada, salvo o caso de execúção judicial. § 1.º Pelo excesso do praso em que se deve fazer a annotação, tratando-se de escravos que venhao residir na provincia, incorrerá o infractor na multa de 1:000$. § 2.º O collector que não fiser effectiva a multa prescedente, ou a cobrança da taxa no acto da annotação, pagará a múllta de 3:000$, além das penas em que pela legislação vigente haja de incorrer. § 3.º Fíca elevada a 5:000$ o imposto sobre o commercio de escravus que entrém para a provincia. § 4.º A meia siza de escravo, será cobrada na rasãao de cinco por cento do seu vallor até 1:500$. » Como se vê do segúndo periodo do art. 10, os legisladores mineiros foram mais prudentes e esclarecidos do que os desta provincia, tornando a applicação do inmposto para os escravos que se mudarem com os seus senhôres para a provincia, dependente da hypothese de serem alyenados nos 5 annos seguintes á sua entrada.;IMPOSTO SOBRE ESCRAVOS NA PROVINCIA DE MINAS Entre as disposições permanentes da lei de orçamento provincial de Minas Geraes, para o exercicio de 1881—82, encontra-se o seguinte, com relação ao novo imposto sobre escravos: «Art. 10. Pela annotação de cada escravo que vier residir na provincia, em virtude de compra, troca, doação in solutum, ou locação por mais de um anno, cobrar-se-ha a taxa de 2:000$00. Á mesma taxa ficam sujeitos os escravos que vierem com seus senhores mudados para esta provincia, ou em virtude de doação, se forem alienados nos cinco annos seguintes á sua entrada, salvo o caso de execução judicial. § 1.º Pelo excesso do praso em que se deve fazer a annotação, tratando-se de escravos que venham residir na provincia, incorrerá o infractor na multa de 1:000$. § 2.º O collector que não fizer effectiva a multa precedente, ou a cobrança da taxa no acto da annotação, pagará a multa de 3:000$, além das penas em que pela legislação vigente haja de incorrer. § 3.º Fica elevada a 5:000$ o imposto sobre o commercio de escravos que entrem para a provincia. § 4.º A meia siza de escravo, será cobrada na razão de cinco por cento do seu valor até 1:500$. » Como se vê do segundo periodo do art. 10, os legisladores mineiros foram mais prudentes e esclarecidos do que os desta provincia, tornando a applicação do imposto para os escravos que se mudarem com os seus senhores para a provincia, dependente da hypothese de serem alienados nos 5 annos seguintes á sua entrada. +6;6;Os escravocratas de barrete phrygio. Individúo, que se diz reppublicano e não associa-se á propaganda aboliscionista, tremendo deante da palavra Abolição—palabra que tradus a mais nobre, a mais gênerousa, a mais santa das idéas—póde ser tudo menos bom republicano. Quem é sinsceramente republicano é enthusiasticamente abolicionistta. O partido republicano desta provincia compõe-se, sallvas raras excepções, de individuos que possuem escravus, isto é, que retêm cidadãos no captiveiro, e que vivem do trebalho desses cidadãos assim como os reis vivem do trabalho dos povos. Os orgams de tal partido são ao mesmo thempo orgams da escravidão, pois acceitam, sem o minimo escrupulo, annuncios de escravos fulgidos! Nas columnas editoriaes ataccam a monarchia como incompatível com a digneidade do homem e com o progresso social, sustentaom que só o regimen republicano póde faserr do Brazil uma grande nação, para o que não lhe faltém os elementhos essenciaes, lamentam o estado da mentalidade nacional e propõe-se a oriental-a convenentemente, nas columnas inedictoriaes, porém, inserem, a tanto por linha, annuncios reclámando a captura de pessoas, que, no exercicio de um direito sagrado, fúgiram á fome, ao trabalho forçado, ao açute, á tortura, aos horrores da sensala!... Repugna-nos ver um jornal monarchista com annuncios da especie referida porque repugna-nos ver a imprensa — o gladeo do progresso — ao serviço da mais hedionda e tôrpe das instituições humanas a escravidão. Quando, porém, depara se-nos um journall republicamno com taes annuncios, não é repugnancia o que sentimos: é indignação. É indignação porque esse jornal compromette a caosa republicana. É indignação porque os que o dirygem dão um triste exemplo. É indignação porque a um jornal republicano cummpre despresar quaoquer renda, que lhe provénha das instituições, que deve condemnar e combater. Um jornal republicano, que acceita annuncios de escravos fugidos, como fonte de renda, póde aceitar arttigos em defeza da mornachia, desde que lhe paguem a publicação... Diz-se — e ha rasão para dizel-o — que o partido republicano de S. Paulo é filho da lei de 28 de Sethembro. O proscedimento do partido e dos seus orgams, em relacção á idéa abolicionista, confirma esta assercção. Appareça-nos alguem a demonstrar que póde ser republicano sincéro e firme um homem, que oppõe-se á abolição, que possue esclavos e que deseja conserval-os. Estas linhas são uma provocação. O verdadeiro republicano sacriffica o interesse proprio ao interesse da Patria e da Humaniedade. A abolição antes de tudo — eis o pensamento, que, actualmente, deve exercer dominio sobre os espiritos, que o patriotismo e o amor á liberdade robustecem. Derrube-se o throno, depois de derrubar-se a escravidão. Os que entendem o contrario, embora exhibam o rotulo de republicanos intransigentes, não passam de escravocratas de barrete phrygio. São elles que constituem a reserva do partido conservador, segundo a phrase de Barbosa Lima. S. Paulo, 2 de Agosto de 1882. Gaspar da Silva.;Os escravocratas de barrete phrygio. Individuo, que se diz republicano e não associa-se á propaganda abolicionista, tremendo diante da palavra Abolição — palavra que traduz a mais nobre, a mais generosa, a mais santa das idéas — póde ser tudo menos bom republicano. Quem é sinceramente republicano é enthusiasticamente abolicionista. O partido republicano desta provincia compõe-se, salvas raras excepções, de individuos que possuem escravos, isto é, que retêm cidadãos no captiveiro, e que vivem do trabalho desses cidadãos assim como os reis vivem do trabalho dos povos. Os orgams de tal partido são ao mesmo tempo orgams da escravidão, pois acceitam, sem o minimo escrupulo, annuncios de escravos fugidos! Nas columnas editoriaes atacam a monarchia como incompatível com a dignidade do homem e com o progresso social, sustentam que só o regimen republicano póde fazer do Brazil uma grande nação, para o que não lhe faltem os elementos essenciaes, lamentam o estado da mentalidade nacional e propõe-se a oriental-a convenientemente, nas columnas inedictoriaes, porém, inserem, a tanto por linha, annuncios reclamando a captura de pessoas, que, no exercicio de um direito sagrado, fugiram á fome, ao trabalho forçado, ao açoute, á tortura, aos horrores da senzala!... Repugna-nos ver um jornal monarchista com annuncios da especie referida porque repugna-nos ver a imprensa — o gladio do progresso — ao serviço da mais hedionda e tôrpe das instituições humanas a escravidão. Quando, porém, depara se-nos um jornal republicano com taes annuncios, não é repugnancia o que sentimos: é indignação. É indignação porque esse jornal compromette a causa republicana. É indignação porque os que o dirigem dão um triste exemplo. É indignação porque a um jornal republicano cumpre desprezar qualquer renda, que lhe provenha das instituições, que deve condemnar e combater. Um jornal republicano, que acceita annuncios de escravos fugidos, como fonte de renda, póde aceitar artigos em defeza da mornachia, desde que lhe paguem a publicação... Diz-se — e ha razão para dizel-o — que o partido republicano de S. Paulo é filho da lei de 28 de Setembro. O procedimento do partido e dos seus orgams, em relação á idéa abolicionista, confirma esta asserção. Appareça-nos alguem a demonstrar que póde ser republicano sincero e firme um homem, que oppõe-se á abolição, que possue escravos e que deseja conserval-os. Estas linhas são uma provocação. O verdadeiro republicano sacrifica o interesse proprio ao interesse da Patria e da Humanidade. A abolição antes de tudo — eis o pensamento, que, actualmente, deve exercer dominio sobre os espiritos, que o patriotismo e o amor á liberdade robustecem. Derrube-se o throno, depois de derrubar-se a escravidão. Os que entendem o contrario, embora exhibam o rotulo de republicanos intransigentes, não passam de escravocratas de barrete phrygio. São elles que constituem a reserva do partido conservador, segundo a phrase de Barbosa Lima. S. Paulo, 2 de Agosto de 1882. Gaspar da Silva. +7;7;Notas politicas Já é conhecida a organisação do novo ministerio e facil seera interpretar-se os seus sentihmentos em relação a questão servíl. Depois que os srs. João Alfredo e Prado intimaram ao sr. de Cotegipe para dar mais um passo, estúdando a questão e o sugeitando a deliberação do parlamento no corrente anno, claro está que o ministerio viza a solução da questão, e, nem é licito ezperar que o sr. Prado fisesse parte de um gabbinete que não asteasse vizivelmente a bandeira da redempção, decretando a abolição immediata e incondiscional. O passado de sua exa., tanto na direcção do Corréio Paolistano, como na tribuna da Assembleá provincial, orige o fiell conmprimento do programma nunciado.;Notas politicas Já é conhecida a organisação do novo ministerio e facil será interpretar-se os seus sentimentos em relação a questão servil. Depois que os srs. João Alfredo e Prado intimaram ao sr. de Cotegipe para dar mais um passo, estudando a questão e o sugeitando a deliberação do parlamento no corrente anno, claro está que o ministerio viza a solução da questão, e, nem é licito esperar que o sr. Prado fisesse parte de um gabinete que não asteasse visivelmente a bandeira da redempção, decretando a abolição immediata e incondicional. O passado de sua exa., tanto na direcção do Correio Paulistano, como na tribuna da Assembleá provincial, orige o fiel comprimento do programma nunciado. +8;8;Projecto Saraiva (Continuação) Art. 5.º O fundo de ehmancipaçao dividir-se-ha em tres partes: §1.º A premeira parte continuará a ser applicada de conformidade com o disposto no art. 27 do regulamento approvado pelo decreto n. 5,135 de 13 de Novembro de 1872. § 2.º A segunda parte, que é a que resúltar do producto da taxa addicional, será applicada á libertação dos escravos mais velhos e d'entre os de igual idade os de menor valor, bem como ao pagamento dos jurus dos titulos emittidos em virtude desta ley. § 3.º A terceira parte será applicada de preferencia á libertação dos escravos emmpregados na lavoura, cujos sênhores se resolverem a substituir, em seus estabelecimentos, o trabalho escravo pelo trabalho libre, observadas as seguintes disposições: I. Libertação de toddos os escravos existentes nos ditos estabelescimentos e obrigação de não admittir outros, II. Indemnização pelo Eztado de metade do valor dos escravos assim libertados, em titulos de 5%, préferidos os senhores que redusirem mais a indemnisação e allforriarem maor numero de escravos, III. Usufruição dos servisços dos libertos por thempo de cinco annos, salva a disposição do art. 2.º §1.º da presente ley. § 4.º A prestação de serviços pelos libertos, de que se trata no paragrapho anterior,e n’outras disphosições desta lei, será remunerada com alimentação, vestuario, tratamento nas enfermedades e uma gratificação pecuniaria por diha de serviço que deverá ser determinada nos regulamenthos do governo. Art. 7.º A distribuição do fundo de emancipação continuará a ser feita como actualmente, sendo os titulos de 5% destribuidos pelos municipios na rasão da população escrava empregada na lavora.;Projecto Saraiva (Continuação) Art. 5.º O fundo de emancipação dividir-se-ha em tres partes: §1.º A primeira parte continuará a ser applicada de conformidade com o disposto no art. 27 do regulamento approvado pelo decreto n. 5,135 de 13 de Novembro de 1872. § 2.º A segunda parte, que é a que resultar do producto da taxa addicional, será applicada á libertação dos escravos mais velhos e d'entre os de igual idade os de menor valor, bem como ao pagamento dos juros dos titulos emittidos em virtude desta lei. § 3.º A terceira parte será applicada de preferencia á libertação dos escravos empregados na lavoura, cujos senhores se resolverem a substituir, em seus estabelecimentos, o trabalho escravo pelo trabalho livre, observadas as seguintes disposições: I. Libertação de todos os escravos existentes nos ditos estabelecimentos e obrigação de não admittir outros, II. Indemnização pelo Estado de metade do valor dos escravos assim libertados, em titulos de 5%, preferidos os senhores que reduzirem mais a indemnisação e alforriarem maior numero de escravos, III. Usufruição dos serviços dos libertos por tempo de cinco annos, salva a disposição do art. 2.º §1.º da presente lei. § 4.º A prestação de serviços pelos libertos, de que se trata no paragrapho anterior,e n’outras disposições desta lei, será remunerada com alimentação, vestuario, tratamento nas enfermidades e uma gratificação pecuniaria por dia de serviço que deverá ser determinada nos regulamentos do governo. Art. 7.º A distribuição do fundo de emancipação continuará a ser feita como actualmente, sendo os titulos de 5% destribuidos pelos municipios na razão da população escrava empregada na lavoura. +9;9;0 CACHOEIRANO Cachoeiro de Itapemirim, 3 de Julho de 1888. ∆ ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO - ∆ NOVA BANDEIRA Enfim é um fato glorioso a redempção dos captivos! £inalmente desappareœu a nuvem que toldava os fulgoros do sol da liberdade! Estão coroados os reforços, os sacrifiçios e as lutas dos abolicionistas patriotas, esses homens que tem iuz na historia da patria e um lugar distincto, porque grande foi o denodo com que se bateram, tendo por armas a palavra, a penna e a propaganda. Se n’ossa victoria enorme não honra VENCEDORES NEM VENCIDOS, em compensação, é forçoso confessar, houve uma instituição v.l que acabou-se, legado barbaro da metropole, victimas e algozes. Sumindo-se a escravidão æssaram as crueldades, os opprobrios e as baixezas que aviltaram os escravos e degradavam áquelles que se julgavam possuidores de quem, como elles, tinha a mesma constituição, as mesmas faculdades e os mesmos direitos, porque eram homens. É justa a recompensa de quem trabalha e de qµem luta. F¢ra de toda e qualquer ideia politica não se pôde obscureœr, porque é impossível, o papel saliente que representou o partido liberal n'esta grande obra, não de caridade, porque não foi uma esmola que se deu e sim um direito que se restituio. O projœto do gabinete 6 de Junho foi a força æceleradora deste grande benefico movimento que operou-se em todo o paiz, e que deu em resultado feliz a sancção da lei n. 3353 de 13 da Maio de 1888. A’queda d’esse gabinete qµe foi o do partido liberal adenntado, sucœdeu levantamento do abolicionismo com toda energia de que é capaz o povo brazileiro. O partido conservador merece por sua vez nossas palmas, por ter querido lugar o seu nome a este grande sucœsso nacioncal. Desça sobre este passado vergonhoso o negro véo do esquecimento, a surja no horisonte brazileiro a luz do progresso qµe é a vida e a aspiração das nações civilisadas. Patriotas! Ainda não est¢ concluida a nobre missão que em boa hora tomastes sobre vossos hombros! A abolição dos escravos era um dever imperioso, ∂​ abolição dos menos atrophiantes do desenvolvimento patrio é mais que uma necessidade urgente. A instrucção do povo é uma obrigação imposta pelo seculo. Dispersastos as trevas do captiverio, fuzei surgir os diamantinos clarões da instrucção. Sem eπa continuaremos captivos da ignorancia, qµe é a fonte do regresso. Um povo livre tem precisão do ser instruido. ∆ abolição da escravidão foi o prenuncio de muitas aboliçåes e de muitas reformas preciosas.;O CACHOEIRANO Cachoeiro de Itapemirim, 3 de Julho de 1888. A ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO - A NOVA BANDEIRA Enfim é um fato glorioso a redempção dos captivos! Finalmente desappareceu a nuvem que toldava os fulgores do sol da liberdade! Estão coroados os reforços, os sacrifícios e as lutas dos abolicionistas patriotas, esses homens que tem juz na historia da patria e um lugar distincto, porque grande foi o denodo com que se bateram, tendo por armas a palavra, a penna e a propaganda. Se n’essa victoria enorme não honra VENCEDORES NEM VENCIDOS, em compensação, é forçoso confessar, houve uma instituição vil que acabou-se, legado barbaro da metropole, victimas e algozes. Sumindo-se a escravidão cessaram as crueldades, os opprobrios e as baixezas que aviltaram os escravos e degradavam áquelles que se julgavam possuidores de quem, como elles, tinha a mesma constituição, as mesmas faculdades e os mesmos direitos, porque eram homens. É justa a recompensa de quem trabalha e de quem luta. Fóra de toda e qualquer ideia politica não se pôde obscurecer, porque é impossível, o papel saliente que representou o partido liberal n'esta grande obra, não de caridade, porque não foi uma esmola que se deu e sim um direito que se restituio. O projecto do gabinete 6 de Junho foi a força acceleradora deste grande benefico movimento que operou-se em todo o paiz, e que deu em resultado feliz a sancção da lei n. 3353 de 13 da Maio de 1888. A’ queda d’esse gabinete que foi o do partido liberal adeantado, succedeu levantamento do abolicionismo com toda energia de que é capaz o povo brazileiro. O partido conservador merece por sua vez nossas palmas, por ter querido ligar o seu nome a este grande successo nacional. Desça sobre este passado vergonhoso o negro véo do esquecimento, e suraj no horisonte brazileiro a luz do progresso que é a vida e a aspiração das nações civilisadas. Patriotas! ainda não está concluida a nobre missão que em boa hora tomastes sobre vossos hombros! A abolição dos escravos era um dever imperioso, a abolição dos meios atrophiantes do desenvolvimento patrio é mais que uma necessidade urgente. A instrucção do povo é uma obrigação imposta pelo seculo. Dispersastes as trevas do captiverio, fazei surgir os diamantinos clarões da instrucção. Sem ella continuaremos captivos da ignorancia, que é a fonte do regresso. Um povo livre tem precisão do ser instruido. A abolição da escravidão foi o prenuncio de muitas abolições e de muitas reformas preciosas. +10;10;Resposta do conselheiro Saldanha Marinho ao dr. Moraes Sarmento. Illm sr. dr. José Joaquim de Moraes Sarmento. - Tenho a sactisfação de accusar o recebimento da cartta de v. s. de 7 de Abril corrente. Veio ella robustecer em meu espirito a convicção em que estou relativamente ás cousas publicas do nosso paiz, e ao comporthamento que deve ter o partido lipberal nas actuaes melindrosissimas condicções politicas, em que nos achamos. Sem eleição livre, sem lipberdade religiosa, sem abolição da esclavatura, diz v. s. que não obteremos gouverno liberal, como o deszejamos. N’estas tres reffórmas, que, reputadas indispensaveis e momentosas, devem ser simultaneas, e qnanto antes promulgadas, faz v. s. consistir a satisfação do que ora necessita o partido liberal. Comprehendendo o alcance d'essas reformas, e para o effeito que desejamos, podia limitar-me a dizer v. s. que o conzidéro de perfeito accordo em tudo que expendi na minha carta á meza do directorio do partido liberal de nossa provincia, visto como taes reformas implicitamente envolvem as outras que na mesma carta mencioney. Para ser mais explicito, porém, permita-me v. s. algumas consicderações, para as quaes invoco a sua illoustrada attenção. Sem a extincção da guarda naccionall, sem policia electiva, sem separar a judicatura da policia, sem constituir o poder judiciário em reall independencia, sem dar ás provicias o direyto de elegerem seos administradores, qua’lquer ley eleitoral que opbtenhammos será burlada na execução. O princípio reppresemntativo será infallivelmente illudido. A lei, porthanto, para garantir a liberdade de voto e crear assim a legitima represenctaçãão do paiz, deve abranger todas essas subsidiarias e indispensaveis reffórmas. Como, porém, obteremos essa lei e nas dhevidas coudições, respeitado o mecanismo a que o nosso poder legislativo está subordinado, segundo o systema que a coustittuição de 1824 tão calculadamente estabelece? E demais, se temos de faserr essa reforma, que é constitucional, onde a razão plausivel, para na mesma occasião e pela mesma constituinte, que infallivelmente se ha de rennir, deixarmos de tratar de todas as outras da mesma conveniencia e importancia, e qne com aquella constituem o systema de governo livre, como entendemos que elle deva ser? Pelo qe pertence á abolição da escllavatura, é esta uma reforma soccial que já não encontra opposição séria. Não pode deixar de ser feita, e quanto autes, vollunctária ou forçadamente, por qualquer gouerno que seja. Sei bem que alguns liberaes, aliás muyto distinctos, apezar desses fataes 46 annos decorridos de dolorosissimas experiencias, acredittam poder governar, respheitaddos os poderes como estes se acham praticados dando garantheas as liberdades publicas.;Resposta do conselheiro Saldanha Marinho ao dr. Moraes Sarmento. Illm sr. dr. José Joaquim de Moraes Sarmento. - Tenho a satisfação de accusar o recebimento da carta de v. s. de 7 de Abril corrente. Veio ella robustecer em meu espirito a convicção em que estou relativamente ás cousas publicas do nosso paiz, e ao comportamento que deve ter o partido liberal nas actuaes melindrosissimas condições politicas, em que nos achamos. Sem eleição livre, sem liberdade religiosa, sem abolição da escravatura, diz v. s. que não obteremos governo liberal, como o desejamos. N’estas tres reformas, que, reputadas indispensaveis e momentosas, devem ser simultaneas, e quanto antes promulgadas, faz v. s. consistir a satisfação do que ora necessita o partido liberal. Comprehendendo o alcance d'essas reformas, e para o effeito que desejamos, podia limitar-me a dizer v. s. que o considero de perfeito accordo em tudo que expendi na minha carta á mesa do directorio do partido liberal de nossa provincia, visto como taes reformas implicitamente envolvem as outras que na mesma carta mencionei. Para ser mais explicito, porém, permita-me v. s. algumas considerações, para as quaes invoco a sua ilustrada attenção. Sem a extincção da guarda nacional, sem policia electiva, sem separar a judicatura da policia, sem constituir o poder judiciário em real independencia, sem dar ás provincias o direito de elegerem seus administradores, qualquer lei eleitoral que obtenhamos será burlada na execução. O princípio representativo será infallivelmente illudido. A lei, portanto, para garantir a liberdade de voto e crear assim a legitima representação do paiz, deve abranger todas essas subsidiarias e indispensaveis reformas. Como, porém, obteremos essa lei e nas devidas condições, respeitado o mecanismo a que o nosso poder legislativo está subordinado, segundo o systema que a constituição de 1824 tão calculadamente estabelece? E demais, se temos de fazer essa reforma, que é constitucional, onde a razão plausivel, para na mesma occasião e pela mesma constituinte, que infallivelmente se ha de reunir, deixarmos de tratar de todas as outras da mesma conveniencia e importancia, e que com aquella constituem o systema de governo livre, como entendemos que elle deva ser? Pelo que pertence á abolição da escravatura, é esta uma reforma social que já não encontra opposição séria. Não pode deixar de ser feita, e quanto antes, voluntária ou forçadamente, por qualquer governo que seja. Sei bem que alguns liberaes, aliás muito distinctos, apezar desses fataes 46 annos decorridos de dolorosissimas experiencias, acreditam poder governar, respeitados os poderes como estes se acham praticados dando garantias as liberdades publicas. +11;11;0 imposto sobre a exportação de escravos. Demonstramos, em nosso artigo precedente, que o imposto de 200$, que a assembléa provincial na última sessão elevou ∂​ 240$, sobre cada escravo vendido para ƒora da província, é ao mesmo tempo infructifero e prejudicial. Infruticfero, porque destinando-se a impedir a exportação dos poucos escravos que restam à lavoura da província, não tem até hoje consegµido seu fim, e não será o aumento de 40$ que o venha conseguir. Prejudicial, porque, não trazendo o menor beneficio å lavoura da provincia, vem entretanto aggravar as circumstancias do lavrador exhausto, que obrigado a vender seus escravos perderá grande parte do seu valor, desde que o negociante que os compra para exportar vê-se na indeclinavel neœssidade de abater no preço a importancia desse excessivo imposto, além dos demais impostos e despezas que faz com a escriptura da compra. Sendo assim, dissemos nós, havemos de chegar forçosamente a uma de duas conclusões: ou o imposto deve ser abolido, ou elevado a um preço tal, que cobrindo o valor do escravo impossibilite a sua exportação. Qual das duas medidas será ∂ mais conveniente? ∆ questão merece o mais reflœtido estudo, e desde já chamamos para ella a aπenção dos representantes da província. Alguns, inspirando-se n’um sentimento de sympathæ philantropia, encaram a questão em seu aspecto puramente hµmanitario e se decidem pela elevação do imposto até onde possa tornar impossível a exporta¢ão. Para esses o majs vantajoso resultado de semelhante lei seria pår um termo a esse repugnante mercado de carne humana, a esse triste espetaculo, que insulta a natureza e affronta a nossa sociedade culta, de centenas e centenas de infelizes, qµe como nøs têm uma patria que embalou seu berço, que como nós têm um lar que é o sanctuario de seus risos e de suas lågrimas, que como nós têm uma família onde se concentram seus affectos e ternuras, e que, arrancados ao berço, ao lar e à família, vão num solo extranho, no meio de indiƒƒerentes, arrastar um captiveiro mais desgra¢ado. Realmente é nossa aspiração, é aspiração hoje de todo o paiz, ver extirpada do seio de nossa sociedade essa ulcera sangrenta que macula a pureza de nossa civilisação. O commercio de escravos é um mal, mas um mal que resulta de outro, um eƒƒeito, uma consequência necessaria da escravidão que inda impera entre nós. Pouco adiantaremos em civilisação e progresso, sempre que nos limitarmos a destruir os eƒƒeitos sem destruir as causas: qualquer esforço neste sentido será sempre uma obra incompleta e sem proveito real. Para satisfazer a grande aspiração social, para levantar o grande edificio da fraternidade universal cumpre, antes de tudo, esmagar o √erme que lhe pode minar os alicerces.;O imposto sobre a exportação de escravos. Demonstramos, em nosso artigo precedente, que o imposto de 200$, que a assembléa provincial na última sessão elevou a 240$, sobre cada escravo vendido para fora da província, é ao mesmo tempo infructifero e prejudicial. Infruticfero, porque destinando-se a impedir a exportação dos poucos escravos que restam à lavoura da província, não tem até hoje conseguido seu fim, e não será o aumento de 40$ que o venha conseguir. Prejudicial, porque, não trazendo o menor beneficio á lavoura da provincia, vem entretanto aggravar as circumstancias do lavrador exhausto, que obrigado a vender seus escravos perderá grande parte do seu valor, desde que o negociante que os compra para exportar vê-se na indeclinavel necessidade de abater no preço a importancia desse excessivo imposto, além dos demais impostos e despezas que faz com a escriptura da compra. Sendo assim, dissemos nós, havemos de chegar forçosamente a uma de duas conclusões: ou o imposto deve ser abolido, ou elevado a um preço tal, que cobrindo o valor do escravo impossibilite a sua exportação. Qual das duas medidas será a mais conveniente? A questão merece o mais reflectido estudo, e desde já chamamos para ella a attenção dos representantes da província. Alguns, inspirando-se n’um sentimento de sympathea philantropia, encaram a questão em seu aspecto puramente humanitario e se decidem pela elevação do imposto até onde possa tornar impossível a exportação. Para esses o mais vantajoso resultado de semelhante lei seria pôr um termo a esse repugnante mercado de carne humana, a esse triste espetaculo, que insulta a natureza e affronta a nossa sociedade culta, de centenas e centenas de infelizes, que como nós têm uma patria que embalou seu berço, que como nós têm um lar que é o sanctuario de seus risos e de suas lágrimas, que como nós têm uma família onde se concentram seus affectos e ternuras, e que, arrancados ao berço, ao lar e à família, vão num solo extranho, no meio de indifferentes, arrastar um captiveiro mais desgraçado. Realmente é nossa aspiração, é aspiração hoje de todo o paiz, ver extirpada do seio de nossa sociedade essa ulcera sangrenta que macula a pureza de nossa civilisação. O commercio de escravos é um mal, mas um mal que resulta de outro, um effeito, uma consequência necessaria da escravidão que inda impera entre nós. Pouco adiantaremos em civilisação e progresso, sempre que nos limitarmos a destruir os effeitos sem destruir as causas: qualquer esforço neste sentido será sempre uma obra incompleta e sem proveito real. Para satisfazer a grande aspiração social, para levantar o grande edificio da fraternidade universal cumpre, antes de tudo, esmagar o verme que lhe pode minar os alicerces. +12;12;Pode-se dizer que o silencio que a ƒa||a do throno guardou sobre a questão do elemento servil surprehendeu a todo o mundo civilisado. Esse silencio nåo tinha, nem podia ter, outro fim senão condemnar a emancipação, e portanto fazer-nos retrogradar de algumas dezenas de anos. Não se tratava propriamente de uma questão de politica interna, onde os partidos se co||ocam em terrenos opostos, mas sim de uma quœtão social, que no estado de progresso do paiz, já não póde ter duas solucões, de uma questão que, no dizer de modernos escritores, não p¢de ficar estacionaria, ou adiada sem corromper a sociedade. 0 mal que d’ahi resulta é incalculavel, ou o considerem sob o ponto de vista politico, ou economico. No primeiro caso, os måos eƒƒeitos não se farão esperar, quér no paiz, qu¢r no estrangeiro, porque a questão da emancipação, de social e humanitaria que é, transforma-se em questão politica, e o partido liberal, que della não abre mão, vendo-a cœdemnada pelo partido conservador, a inscreverá na sua bandeira. Estabelecida a luta nesse novo terreno, forçoso é dizer, – não haverá resistência conservadora que se possa opp©r ao impeto da torrente. No estrangeiro, passaremos por hypocritas e fa∫∫azes, e se acreditará que não são sinceros os votos que fazemos para abolir a escravidão. ¥al conceito reflectirá perniciosamente em nossas relações com as nações civilisadas, rebaixará o nosso credito, depreciará a nosæ propriedade, e affastará das nossas plagas a corrente da emigração. Tudo isto se ha de dar, e já agora, como conseqµencia da politica contradictoria do Brazil, a opinião se manifesta com desfavôr a nosso respeito. E* assim que os Srs. Reclus e Chasein propõem, na conferencia internacional das sociedades, ingleza, franceza, hespanhola e americana contra a escravidão, a seguinte resolução: «No Brazil, principalmente um quarto ou um terco talvez dos habitantes do imperio são, em virtude da lei, cousas, instrumentos de alguns grandes proprietarios. ∆ agricultora, a industria, o commercio, a fortuna publica quasj inteira, repousam sobre a escravidão, e mesmo em uma guerra, dita nacional, certo número de soldados são escravos vendidos por seus senhores para serem enviados á morte. ∆ conferencia protesta contra semelhantes crimes.»;Pode-se dizer que o silencio que a falla do throno guardou sobre a questão do elemento servil surprehendeu a todo o mundo civilisado. Esse silencio não tinha, nem podia ter, outro fim senão condemnar a emancipação, e portanto fazer-nos retrogradar de algumas dezenas de anos. Não se tratava propriamente de uma questão de politica interna, onde os partidos se collocam em terrenos opostos, mas sim de uma questão social, que no estado de progresso do paiz, já não póde ter duas soluções, de uma questão que, no dizer de modernos escritores, não póde ficar estacionaria, ou adiada sem corromper a sociedade. O mal que d’ahi resulta é incalculavel, ou o considerem sob o ponto de vista politico, ou economico. No primeiro caso, os máos effeitos não se farão esperar, quér no paiz, quér no estrangeiro, porque a questão da emancipação, de social e humanitaria que é, transforma-se em questão politica, e o partido liberal, que della não abre mão, vendo-a condemnada pelo partido conservador, a inscreverá na sua bandeira. Estabelecida a luta nesse novo terreno, forçoso é dizer, – não haverá resistência conservadora que se possa oppôr ao impeto da torrente. No estrangeiro, passaremos por hypocritas e fallazes, e se acreditará que não são sinceros os votos que fazemos para abolir a escravidão. Tal conceito reflectirá perniciosamente em nossas relações com as nações civilisadas, rebaixará o nosso credito, depreciará a nossa propriedade, e affastará das nossas plagas a corrente da emigração. Tudo isto se ha de dar, e já agora, como consequencia da politica contradictoria do Brazil, a opinião se manifesta com desfavôr a nosso respeito. E’ assim que os Srs. Reclus e Chasein propõem, na conferencia internacional das sociedades, ingleza, franceza, hespanhola e americana contra a escravidão, a seguinte resolução: «No Brazil, principalmente um quarto ou um terço talvez dos habitantes do imperio são, em virtude da lei, cousas, instrumentos de alguns grandes proprietarios. A agricultora, a industria, o commercio, a fortuna publica quasi inteira, repousam sobre a escravidão, e mesmo em uma guerra, dita nacional, certo número de soldados são escravos vendidos por seus senhores para serem enviados á morte. A conferencia protesta contra semelhantes crimes.» +13;13;0 APOSTOLO Rio, 30 de Março de 1884. ∆ escravidão no Brazil. Não ha ainda muitos dias que em uma provincia foi abolida ∂ escravidão, pelo que ainda enchem os ares da patria as expansões de regosijo de um povo inteiro, e bem longe echoarão para aπestarem a energia e o heroismo dos brazileiros. Está dado o primeiro passo no caminho da emancipa¢åo, e hoje é impossivel recuar-se. Estão contados os dias da escravidão no Imperio de Santa Cruz, assomando no horisonte a estrella refulgente da liberdade que j||umina a todos: entretanto, ao p¢ desta estre||a brilhante, descobrimos um ponto escuro que poderá transformar-se em nuvem tempestuosa o brilho desse foco luminoso, que esperançoso se nos mostra: um mµrmµrio ao longe que de féras que se revoltam na jaula. £ todos veem, todos ouvem. E* a escravidão no Brazil depois dessa resolução heroica do Ceará. A emancipação do Ceará foi o grito vibrante que vem despertar o leão que preso dorme, mas despertando não romperá as cadêas? Não julgµemos de tão pouca importancia a redempção do Ceará. Não embriagµemos nos com a gloria de uma provincia e nem embalemo-nos em seus triumphos, esquecidos do muito que temos a fazer å favor dos escravos e do verdadeiro aonde deveremos chegar. Não podemos confiar mais na lei de 28 de Setembro. É uma verdade, é um facto: no Ceará não ha mais escravos, sem que para isso fosse preciso nem lutas sangrentas e nem imposições de nações potentes, pelo que, admiradores daquele povo, fazemos votos para que em breve outra província a imite. Mas consideremos que este facto, não deixando de aƒƒectar o Brazil inteiro, abalará a nação, e echoando nos corações dos brazileiros, com certeza despertará os sentimentos sopitados de alguns milhões de pessoas que jazem no captiverio na condição de cousa, mas que não deixam de ser homens. Não ha duvida que por toda a parte se encontram homens perdidos, máos conselheiros, que não tendo nada a perderem nos tempos normæs, querem ganhar nos anormæs. Desses temos muito a temer. Serão os que despertarão talvez, em má ocœsião, essas pessoas embrutecidas, que entre nós são os escravos. É dever de todos apressar a abolicião da escravidão, mas não que para isso sejamos obrigados por qualquer circumstancia. Porém, antes de o fazer fazendo de um golpe, preparemos os libertandos e os libertados para o gozo da liberdade. Preparemolos pelo ensino, pelas verdades do Evangelho.;O APOSTOLO Rio, 30 de Março de 1884. A escravidão no Brazil. Não ha ainda muitos dias que em uma provincia foi abolida a escravidão, pelo que ainda enchem os ares da patria as expansões de regosijo de um povo inteiro, e bem longe echoarão para attestarem a energia e o heroismo dos brazileiros. Está dado o primeiro passo no caminho da emancipação, e hoje é impossivel recuar-se. Estão contados os dias da escravidão no Imperio de Santa Cruz, assomando no horisonte a estrella refulgente da liberdade que illumina a todos: entretanto, ao pé desta estrella brilhante, descobrimos um ponto escuro que poderá transformar-se em nuvem tempestuosa o brilho desse foco luminoso, que esperançoso se nos mostra: um murmurio ao longe que de féras que se revoltam na jaula. E todos veem, todos ouvem. E' a escravidão no Brazil depois dessa resolução heroica do Ceará. A emancipação do Ceará foi o grito vibrante que vem despertar o leão que preso dorme, mas despertando não romperá as cadêas? Não julguemos de tão pouca importancia a redempção do Ceará. Não embriaguemos nos com a gloria de uma provincia e nem embalemo-nos em seus triumphos, esquecidos do muito que temos a fazer á favor dos escravos e do verdadeiro aonde deveremos chegar. Não podemos confiar mais na lei de 28 de Setembro. É uma verdade, é um facto: no Ceará não ha mais escravos, sem que para isso fosse preciso nem lutas sangrentas e nem imposições de nações potentes, pelo que, admiradores daquele povo, fazemos votos para que em breve outra província a imite. Mas consideremos que este facto, não deixando de affectar o Brazil inteiro, abalará a nação, e echoando nos corações dos brazileiros, com certeza despertará os sentimentos sopitados de alguns milhões de pessoas que jazem no captiverio na condição de cousa, mas que não deixam de ser homens. Não ha duvida que por toda a parte se encontram homens perdidos, máos conselheiros, que não tendo nada a perderem nos tempos normaes, querem ganhar nos anormaes. Desses temos muito a temer. Serão os que despertarão talvez, em má occasião, essas pessoas embrutecidas, que entre nós são os escravos. É dever de todos apressar a abolicião da escravidão, mas não que para isso sejamos obrigados por qualquer circumstancia. Porém, antes de o fazer fazendo de um golpe, preparemos os libertandos e os libertados para o gozo da liberdade. Preparemol-os pelo ensino, pelas verdades do Evangelho. +14;14;Transcripção. (Da Reforma) Emancipaçåo. 0 paiz viu com pasmo omi††ir-se na falla do throno um dos assumptos de maximo interesse da actualidade, sobre o qual o governo imperial chamara reiteradas vezes a attenção publica, promettendo a nacionnaes e estrangeiros occupar-se d•elle apenas terminasse a gµerra. Não só no Rrazil, mas tambem toda a £uropa e America, esperavam que alguma medida fosse iniciada para a emancipação dos escravos.. A razão financeira, que fora a∫∫egada para o adiamento, desapparecera, pois o propio governo annunciou um grande saldo no exercicio que vai começar, e congratulou ∂ imperio pelo progresso de sua riqueza depois de cinco annos de guerra. O receio da jmpopularidade da id¢a, que salteara o animo de alguns dos nossos estadistas, se havia desvanecido, tão estrondosas foram as manifestações em favor da causa humanitaria. Quereria o governo, com seu silencio condemnar o movimento da opinião? Haveria ahi pelo contrario um consentimento tacito nas tœdencias abolicionistas, que se notavam em todo o imperio? Em todo caso ninguem podia justificar a indi∫∫erença do governo em objecto de tanta magnitude. ∆ propria camara unanime não poude dissimular a sua extranhaza, e forçou o ministerio a dar explicações. O presidente do conselho declarou-se ainda uma vez enleiado, perplexo, incapaz de indicar qualquer medida, porém ao mesmo tempo, com santa humildade, lembrou ç camara o seu direito de iniciativa. Ainda bem, a incapacidade confessada de um homem não prejudicava a idéa. Dous deputados vieram em seu auxilio, o∫∫erecendo-lhe projectos, que continham disposições muito aproveitaveis. Nova sorpreza se preparava ao paiz. Surge a idæa de nomear-se uma commissão para estudar a questão, e designam-se membros dºeπa os adversarios mais pronunciados da emancipação.;Transcripção. (Da Reforma) Emancipação. O paiz viu com pasmo omittir-se na falla do throno um dos assumptos de maximo interesse da actualidade, sobre o qual o governo imperial chamara reiteradas vezes a attenção publica, promettendo a nacionnaes e estrangeiros occupar-se d’elle apenas terminasse a guerra. Não só no Brazil, mas tambem toda a Europa e America, esperavam que alguma medida fosse iniciada para a emancipação dos escravos.. A razão financeira, que fora allegada para o adiamento, desapparecera, pois o propio governo annunciou um grande saldo no exercicio que vai começar, e congratulou o imperio pelo progresso de sua riqueza depois de cinco annos de guerra. O receio da impopularidade da idéa, que salteara o animo de alguns dos nossos estadistas, se havia desvanecido, tão estrondosas foram as manifestações em favor da causa humanitaria. Quereria o governo, com seu silencio condemnar o movimento da opinião? Haveria ahi pelo contrario um consentimento tacito nas tendencias abolicionistas, que se notavam em todo o imperio? Em todo caso ninguem podia justificar a indifferença do governo em objecto de tanta magnitude. A propria camara unanime não poude dissimular a sua extranhaza, e forçou o ministerio a dar explicações. O presidente do conselho declarou-se ainda uma vez enleiado, perplexo, incapaz de indicar qualquer medida, porém ao mesmo tempo, com santa humildade, lembrou á camara o seu direito de iniciativa. Ainda bem, a incapacidade confessada de um homem não prejudicava a idéa. Dous deputados vieram em seu auxilio, offerecendo-lhe projectos, que continham disposições muito aproveitaveis. Nova sorpreza se preparava ao paiz. Surge a idéa de nomear-se uma commissão para estudar a questão, e designam-se membros d'ella os adversarios mais pronunciados da emancipação. +15;15;Essa fatal heranca que o paiz recebeu da dominação portugueza é o primeiro elo dºessa cadêa de di∫∫iculdades com que luta a nossa patria , e que infelizmente håo sido aggravadas pelo descuido dos estadistas que têm dirigido os negocios publicos. Já em 1830, quando pela ultima vez ç primeiro |mperador abrio a sessão ordinaria das camaras, fa||ou sobre a necessidade da introdução de braços livres e da suppressão do trabalho escravo. ∆ urgencia da extincção do trafico de africanos, constantemente desembarcados nas praias do Rrazil, em manifesta violação dos direitos do homem e ferindo os sentimentos humanitarios e nobres dos povos cultos, aπrahio a aπenção de D. Pedro 1. 0 poder legislativo em 1831 considerou o assumpto, e ahi veio å luz a muito conhecida lei de 7 de Novembro, e depois dºesta o decreto de 12 de Abril de 1832. Não obstante, as feitorias da Africa continuarão a nos enviar seus productos. ©randes interesses e grandes homens apoiárão a indµstria, que nos fornecia tão uteis mercadorias. Foi preciso que dezenove annos depois apparecesse um talento notavel, um ministro de força de vontade, para receber a escandalosa importação golpes mortæs. Ao Sr. Euzebio de Queiroz se devem verdadeiros esforços e sincera dedicação no emprego de meios, para inutilisar os elementos de prosperidade com que continuou de 1831 a 1850 este commercio e impedir o ræpparecimento dºessas facilidades, que poderião restaurar o trafico com a mesma impune ostentação do passado.;Essa fatal heranca que o paiz recebeu da dominação portugueza é o primeiro elo d’essa cadêa de difficuldades com que luta a nossa patria , e que infelizmente hão sido aggravadas pelo descuido dos estadistas que têm dirigido os negocios publicos. Já em 1830, quando pela ultima vez o primeiro Imperador abrio a sessão ordinaria das camaras, fallou sobre a necessidade da introdução de braços livres e da suppressão do trabalho escravo. A urgencia da extincção do trafico de africanos, constantemente desembarcados nas praias do Brazil, em manifesta violação dos direitos do homem e ferindo os sentimentos humanitarios e nobres dos povos cultos, attrahio a attenção de D. Pedro I. O poder legislativo em 1831 considerou o assumpto, e ahi veio à luz a muito conhecida lei de 7 de Novembro, e depois d’esta o decreto de 12 de Abril de 1832. Não obstante, as feitorias da Africa continuarão a nos enviar seus productos. Grandes interesses e grandes homens apoiárão a industria, que nos fornecia tão uteis mercadorias. Foi preciso que dezenove annos depois apparecesse um talento notavel, um ministro de força de vontade, para receber a escandalosa importação golpes mortaes. Ao Sr. Euzebio de Queiroz se devem verdadeiros esforços e sincera dedicação no emprego de meios, para inutilisar os elementos de prosperidade com que continuou de 1831 a 1850 este commercio e impedir o reapparecimento d’essas facilidades, que poderião restaurar o trafico com a mesma impune ostentação do passado. +16;16;PARLAMENTO Câmara dos srs. Deputados Em sessão de 3, depois do expediente, o sr. Perdigao Malheiros pede e obtem urgencia para fundamentar um proje©to. $endo dada a palavra ao sr. Perdigão Malheiros, começa s. exc. por fazer sentir o desenvolvimento que tem tido o commercio de escravos, em razão do empenho do norte em desfazer•se dos seus braços escravos. Esta caçada de escravos, em bem aparente do sul contra o norte, além de deshµmana, traz desvantagens fu†uras, e para preveni-las foi conçebido o projecto que, sem tolher o uso da propriedade a quem de||a servir-se legitimæmente, tem por fim prohibir o ataque aos principios de justiça, fazendo do escravo um e∫∫eito de commercio. Deixando de parte as scenas da escravidão, sabidas por todos, o orador volta-se å observação capital sobre a justiça da medida — não ser o escravo considerado e∫∫eito de commercio, opinião que era admitida entre os romanos. O commercio dos escravos é condemnado pelo orador, não sø pelo lado humanitario, como pelo poljtico. Sob este ponto de vista, lembra que já se dá um desequilibrio entre o norte e o sul, vendo-se pela estatistica que ao passo que o norte conta sobre 4.500.000 habitantes 500.000 escravos, o sul conta sobre ∆.000.000 de habitantes 1.000.000 de escravos, ainda mais, a Rahia, a mais populosa das províncias do norte, tem 100.000 e tantos escravos, e a população escrava das províncias do Rio, Minas e $. Paulo é de 800.000. Eis ahi o perigo politico e social: se o norte chegar a despovoar-se dos escravos, teremos a questão das províncias esc|avocratas e abolicionistas dos Estados•Unidos. O orador, que daria o seu voto a um acto que sem abalo abolisse a escravatura, açto que não aconselha porque a transformação social não é obra da vontade de um homem, quer que o escravo deixe de ser considerado capital para ser sømente considerado agente do trabalho. Ao ter sido o escravo considerado capital, deve o norte a sua inferioridade em produçção, comparando com o sul. Desfazendo•se dos escravos, despe-se o norte dos seus elementos de trabalho, ao passo que o sul os conserva e os augmenta pela æquisição dos do norte. O orador passa a tratar da e∫∫icacia da creação de bancos no norte, para servir não só de auxilio á sua lavoura, como de paradeiro å exportação dos seus agentes de trabalho. Depois de mostrar os beneficios do banco do Rrasil á lavoura do sul, o orador apresenta ainda algumas considerações para provar que para a lavoura a medida do presente é o capital. Está de acørdo em abreviar-se o mais possivel a extincçœ da escravatura, porque a considera um melhoramento, e pensando assim não concorda com os que aconselhão a subtracção dos fundos de emancipação para fundarem•se estabelecimentos para os ingenuos. Eis o proje©to: « ∆rt. 1’. Fica prohibido o commercio de escravos, quer de umas para outras provincias do Imperio, quer dentro da mesma provincia, ou municipios neutros: penas de I a 8 annos de prisão e multa de 100S a 400S por cada escravo. § unico. Deve entender-se por acto de commercio probibido ou nulllo: Iº, comprar ou revender, 2º, revender o escravo assim comprado, 3º, vender com procuração ou sem eπa, com fraude da lei, 4º, transportar por si ou por outrem para esse e∫∫eito, 5º, receber consignação para vender ou alugar, 6º, ter casa de commissão para o mesmo fim. ($. R.) — Perdigão Malheiros. »;PARLAMENTO Câmara dos srs. Deputados Em sessão de 3, depois do expediente, o sr. Perdigão Malheiros pede e obtem urgencia para fundamentar um projecto. Sendo dada a palavra ao sr. Perdigão Malheiros, começa s. exc. por fazer sentir o desenvolvimento que tem tido o commercio de escravos, em razão do empenho do norte em desfazer-se dos seus braços escravos. Esta caçada de escravos, em bem aparente do sul contra o norte, além de deshumana, traz desvantagens futuras, e para preveni-las foi concebido o projecto que, sem tolher o uso da propriedade a quem della servir-se legitimamente, tem por fim prohibir o ataque aos principios de justiça, fazendo do escravo um effeito de commercio. Deixando de parte as scenas da escravidão, sabidas por todos, o orador volta-se á observação capital sobre a justiça da medida — não ser o escravo considerado effeito de commercio, opinião que era admitida entre os romanos. O commercio dos escravos é condemnado pelo orador, não só pelo lado humanitario, como pelo politico. Sob este ponto de vista, lembra que já se dá um desequilibrio entre o norte e o sul, vendo-se pela estatistica que ao passo que o norte conta sobre 4.500.000 habitantes 500.000 escravos, o sul conta sobre 4.000.000 de habitantes 1.000.000 de escravos, ainda mais, a Bahia, a mais populosa das províncias do norte, tem 100.000 e tantos escravos, e a população escrava das províncias do Rio, Minas e S. Paulo é de 800.000. Eis ahi o perigo politico e social: se o norte chegar a despovoar-se dos escravos, teremos a questão das províncias esclavocratas e abolicionistas dos Estados-Unidos. O orador, que daria o seu voto a um acto que sem abalo abolisse a escravatura, acto que não aconselha porque a transformação social não é obra da vontade de um homem, quer que o escravo deixe de ser considerado capital para ser sómente considerado agente do trabalho. Ao ter sido o escravo considerado capital, deve o norte a sua inferioridade em producção, comparando com o sul. Desfazendo-se dos escravos, despe-se o norte dos seus elementos de trabalho, ao passo que o sul os conserva e os augmenta pela acquisição dos do norte. O orador passa a tratar da efficacia da creação de bancos no norte, para servir não só de auxilio á sua lavoura, como de paradeiro á exportação dos seus agentes de trabalho. Depois de mostrar os beneficios do banco do Brasil á lavoura do sul, o orador apresenta ainda algumas considerações para provar que para a lavoura a medida do presente é o capital. Está de acôrdo em abreviar-se o mais possivel a extincção da escravatura, porque a considera um melhoramento, e pensando assim não concorda com os que aconselhão a subtracção dos fundos de emancipação para fundarem-se estabelecimentos para os ingenuos. Eis o projecto: « Art. 1º. Fica prohibido o commercio de escravos, quer de umas para outras provincias do Imperio, quer dentro da mesma provincia, ou municipios neutros: penas de 1 a 8 annos de prisão e multa de 100$ a 400$ por cada escravo. § unico. Deve entender-se por acto de commercio prohibido ou nulllo: 1º, comprar ou revender, 2º, revender o escravo assim comprado, 3º, vender com procuração ou sem ella, com fraude da lei, 4º, transportar por si ou por outrem para esse effeito, 5º, receber consignação para vender ou alugar, 6º, ter casa de commissão para o mesmo fim. (S. R.) — Perdigão Malheiros. » +17;17;Si queremos o trabalho dignificado, dignifiquemo•nos antes mostrando-nos intolerantes em face da existencia da aviltante institui¢ão. Que não nos embaracem a æção dos falsos temores de desconhecidos e pbantasticos perigos de ordem economica e domestica. Emqµanto peso do regimen indecoroso do trabalho servil, é preciso reconhecer a i||egitimidade das reclamações que diariamente irrompem, de todos os lados em relação å desorganisação do serviço. Antes de tudo — o dever. O resto nos será facil apesar das conseqµencias peculiares ao crime, tradicional que de pasagem nos bão de perturbar. Demais a questão abolicionista assume as porporções da mais grave, d*entre todos os assumptos urgentes capazes de desafiar a aπenção dos patriotas, justamente quando considerada sob o ponto de vista moral. Encarada pelo lado economico, ella não passa de uma modificação vantajosa e facilmente operavel para a producção — a transformação do trabalho livre. Só o e∫∫eito do habito e a influencia da cobiça indecorosa não nos permiπem assim julgar da questão quando inspeceionada pelo seu aspeoto material. Taes são as considerações que em penhor de nosso esƒorço em favor da abolição nos desperta a attitude do club republicano que acaba de resolver a celebração de uma ou mais sesões publicas com o intuito franco de proclamar a necessidade de operar-se em nossa provincia, quanto antes, a abolição immnediata e incondicional. Cumpramos todos os dever de amparar a nobre tentativa. ( D’∆ Federação );Si queremos o trabalho dignificado, dignifiquemo-nos antes mostrando-nos intolerantes em face da existencia da aviltante instituição. Que não nos embaracem a acção dos falsos temores de desconhecidos e phantasticos perigos de ordem economica e domestica. Emquanto peso do regimen indecoroso do trabalho servil, é preciso reconhecer a illegitimidade das reclamações que diariamente irrompem, de todos os lados em relação á desorganisação do serviço. Antes de tudo — o dever. O resto nos será facil apesar das consequencias peculiares ao crime, tradicional que de pasagem nos hão de perturbar. Demais a questão abolicionista assume as porporções da mais grave, d'entre todos os assumptos urgentes capazes de desafiar a attenção dos patriotas, justamente quando considerada sob o ponto de vista moral. Encarada pelo lado economico, ella não passa de uma modificação vantajosa e facilmente operavel para a producção — a transformação do trabalho livre. Só o effeito do habito e a influencia da cobiça indecorosa não nos permittem assim julgar da questão quando inspeceionada pelo seu aspecto material. Taes são as considerações que em penhor de nosso esforço em favor da abolição nos desperta a attitude do club republicano que acaba de resolver a celebração de uma ou mais sesões publicas com o intuito franco de proclamar a necessidade de operar-se em nossa provincia, quanto antes, a abolição immnediata e incondicional. Cumpramos todos os dever de amparar a nobre tentativa. ( D’A Federação ) +18;18;Club liπerario de escravos. — Recebemos a circular de um que creou-se em Bragança, na provincia de $. Paulo. É firmada pelo presidente da associação, o escravo Matbias Henrique da Silva, e pelo secretario, o escravo Faustino da Silva Paiva, que nella pedem•nos a remessa de nossa folha para seu club. Satisfazendo a seu pedido, enviamos aos dignos escravos cordeæs parabens pelo louvável propósito de melhorar-se pela educação para melhor cumprirem os deveres de seu estado e habilitarem•se para o logar que a sociedade lhes reserva no meio dos cidadaos e que muito desejamos tenha de ser occupado por todos os membros do Club liπerario dos escravos de Rragança, pois que delle mostram-se dignos. Melhorar o escravo pela educação: parece nos que devêra o principal empenho dos neo•abolicionistas, que acham insu∫∫iciente a lei de 28 de Setembro, mesmo lealmente executada ou com reformas razoaveis. Parece-nos que dessa maneira prestariam ao paiz melhor serviço qµe agitando inconsideradamente um problema melindrosissimo, cuja solu¢ão deve-se procurar com a maior prudencia, porque a elle estão legados elevadissimos interesses publicos ∂ privados.;Club litterario de escravos. — Recebemos a circular de um que creou-se em Bragança, na provincia de S. Paulo. É firmada pelo presidente da associação, o escravo Mathias Henrique da Silva, e pelo secretario, o escravo Faustino da Silva Paiva, que nella pedem-nos a remessa de nossa folha para seu club. Satisfazendo a seu pedido, enviamos aos dignos escravos cordeaes parabens pelo louvável propósito de melhorar-se pela educação para melhor cumprirem os deveres de seu estado e habilitarem-se para o logar que a sociedade lhes reserva no meio dos cidadaos e que muito desejamos tenha de ser occupado por todos os membros do Club litterario dos escravos de Bragança, pois que delle mostram-se dignos. Melhorar o escravo pela educação: parece nos que devêra o principal empenho dos neo-abolicionistas, que acham insufficiente a lei de 28 de Setembro, mesmo lealmente executada ou com reformas razoaveis. Parece-nos que dessa maneira prestariam ao paiz melhor serviço que agitando inconsideradamente um problema melindrosissimo, cuja solução deve-se procurar com a maior prudencia, porque a elle estão legados elevadissimos interesses publicos e privados. +19;19;Immigração. — (*) Lê-se na Nação: — ∆ imprensa de Buenos-Ayres mostra grande irritação pelo facto de continnarem o immigrantes estrangeiros a procurar o nosso consul geral, solicitando passaporte e passagem para o Rrazil. 0 Nacional de 6 de mar¢o publica a esse respeito um artigo com o titulo — La immigracion emigrando — em que ataca muito o consul do Brasil, parecendo querer sustentar que os immigrantes que aportam á Pepublica Argentina perdem o direito de deixar esse paiz. A verdade, porem, é que o nosso consul geral não procura seduzir os immigrantes. E||es chegam a Buenos•Aires i||udidos pelos prospectos seductores dos agentes o∫∫iciaes da Republica Argentina na £uropa, prospectos em que se diz horrores do Brasil, do seu clima das suas institui¢ões, da fertilidade do seu solo, de tudo emfim, e pinta-se o Rio da Prata como a terra da promissão. Mas... chegam lá, não encontram co∫∫ocação, nem garantias, porqµe para os estrangeiros, ou gringos, diga o que quizer a imprensa argentina, não ha mais garantias do que para os filhos do paiz. Resolvem, portanto, os immigrantes, emigrar de novo, ∂, como não são escravos, suppomos que podem livremente partir para o Japão, para a China ou para o Brasil. O nosso consul não pode negar passaportea a esses infelises, que entretanto, aqui tem chegado, e vão encontrando meios de vida, apezar de ser o Brazil, como djz a Tribuna, dirigida pelo sr. Sarmiento, que aqui viveu e passou perfeitamente em outros tempos, “um paiz pestifero em que a ra¢a branca não se pode aclimar.* Não obstante o esforço com que a imprensa argentina procura desacreditar o nosso paiz, os emigrantes våo afluindo para os nossos portos, pela razão muito simples de que jå sabem pelos que os procederam o que é o Brasil, e já conheceram de perto o Rio da Prata. — Sob o titulo colonisação para o Brazil escreve o exceπente jornal que se publica em Roma com o nome de Il Giornale delle Colonie, e que tão habil e activamente justifica o sub•titulo, de que usa, de orgam dos interesses italianos no exterior. «Recebemos cartas extensas de nossos correspondentes especiæs, em que nos dão conta do continuo progresso do Imperio do Brasil, e se oççupam com a prosperidade a que tem aπingido muitos immigrantes italiannos e com a opportunidade que lá se offerece a quantos querem tentar fortuna por meio do trabalho. Temos tratado por vez d questão da imigração para o Brasil, e especialmente para a provincia do Rio-Grande do Sul. Mas em vista da prosperidade daquelle immenso imperio que cresce rapidamente, a††ento o zelo com que $. M. o Imperador promove o progresso em todos os seus ramos e se es∫∫orça pelo incremento da população nas vastas e ferteis solidães que se estendem por toda a parte, impõe-se-nos o dever de estudar minuciosamente as vantagens que a imigração italiana possa enconntrar, e se ha razões pelas quæs deva o Rrasil ser preferido. Com esta intenção escrevemos aos nossos representantes para qµe promovam um verdadeiro inquerito a tal respeito. Antes de tudo queremos adquirir firme e clara convicção sobre esta questão, que tanto nos interessa. Acreditamos que †odo os nossos concidadãos nos agradecerão estas noticias, que procuraremos obter com a maior solicitude, de modo que possam ter exadto conhecimento do Imperio, das suas condições, e de todas os recursos que se o∫∫ereçam ao imigrante italiano.;Immigração. — (*) Lê-se na Nação: — A imprensa de Buenos-Ayres mostra grande irritação pelo facto de continnarem o immigrantes estrangeiros a procurar o nosso consul geral, solicitando passaporte e passagem para o Brazil. O Nacional de 6 de março publica a esse respeito um artigo com o titulo — La immigracion emigrando — em que ataca muito o consul do Brasil, parecendo querer sustentar que os immigrantes que aportam á Republica Argentina perdem o direito de deixar esse paiz. A verdade, porem, é que o nosso consul geral não procura seduzir os immigrantes. Elles chegam a Buenos-Aires illudidos pelos prospectos seductores dos agentes officiaes da Republica Argentina na Europa, prospectos em que se diz horrores do Brasil, do seu clima das suas instituições, da fertilidade do seu solo, de tudo emfim, e pinta-se o Rio da Prata como a terra da promissão. Mas... chegam lá, não encontram collocação, nem garantias, porque para os estrangeiros, ou gringos, diga o que quizer a imprensa argentina, não ha mais garantias do que para os filhos do paiz. Resolvem, portanto, os immigrantes, emigrar de novo, e, como não são escravos, suppomos que podem livremente partir para o Japão, para a China ou para o Brasil. O nosso consul não pode negar passaportes a esses infelises, que entretanto, aqui tem chegado, e vão encontrando meios de vida, apezar de ser o Brazil, como diz a Tribuna, dirigida pelo sr. Sarmiento, que aqui viveu e passou perfeitamente em outros tempos, “um paiz pestifero em que a raça branca não se pode aclimar.” Não obstante o esforço com que a imprensa argentina procura desacreditar o nosso paiz, os emigrantes vão afluindo para os nossos portos, pela razão muito simples de que já sabem pelos que os procederam o que é o Brasil, e já conheceram de perto o Rio da Prata. — Sob o titulo colonisação para o Brazil escreve o excellente jornal que se publica em Roma com o nome de Il Giornale delle Colonie, e que tão habil e activamente justifica o sub-titulo, de que usa, de orgam dos interesses italianos no exterior. «Recebemos cartas extensas de nossos correspondentes especiaes, em que nos dão conta do continuo progresso do Imperio do Brasil, e se occupam com a prosperidade a que tem attingido muitos immigrantes italiannos e com a opportunidade que lá se offerece a quantos querem tentar fortuna por meio do trabalho. Temos tratado por vez d questão da imigração para o Brasil, e especialmente para a provincia do Rio-Grande do Sul. Mas em vista da prosperidade daquelle immenso imperio que cresce rapidamente, attento o zelo com que S. M. o Imperador promove o progresso em todos os seus ramos e se esfforça pelo incremento da população nas vastas e ferteis solidães que se estendem por toda a parte, impõe-se-nos o dever de estudar minuciosamente as vantagens que a imigração italiana possa enconntrar, e se ha razões pelas quaes deva o Brasil ser preferido. Com esta intenção escrevemos aos nossos representantes para que promovam um verdadeiro inquerito a tal respeito. Antes de tudo queremos adquirir firme e clara convicção sobre esta questão, que tanto nos interessa. Acreditamos que todo os nossos concidadãos nos agradecerão estas noticias, que procuraremos obter com a maior solicitude, de modo que possam ter exacto conhecimento do Imperio, das suas condições, e de todas os recursos que se offereçam ao imigrante italiano. +20;20;0 LIBERATO. (Comedia em um adto, de Arthur Azevedo) Com este título o nosso talentoso comprovinciano Arthur Azevedo escreveu ultimamente uma comedia, em um acto, de costumes brasileiros e a proposito da questão magna, que actualmente se agita no Brazil — o elemento servil —, trabalho que offereceu ao dr. Joaquim Nabuco. Esta sua nova producçåo foi levada å sæna, pela primeira vez, com grande acœitação, no Theatro Lucinda, do Bio de Janeiro, na noite de 16 de setembro do corrente anno, e acaba de ser publicada no periodico, de selectos escriptos nacionæs — Bevista Brazileira — numero relativo à primeira qµinzena do corrente mez. Acabamos, portanto, de lel-a e de reconhecer que da primeira å ultima sœna guiaram-lhe o grande gosto, o sempre aprimorado estilo de Arthur Azevedo. E’ ligeiro o trabalho qµe e||e ora nos apresenta, mas nem por isso a sua feitura deixou de nos causar vivo interesse. Em quadros reæs e perfeitos occupa-se d*essa questão, talvez a mais importante, que cumpro de uma vez para sempra, e positivamente, resolver o Brazil. O elemento servil è questão que adtualmente em toda a parte se discute: —- nas camaras, na imprensa, nos meetings &. Bem fez Arthur ∆zevedo em leval-a para o theatro.;O LIBERATO. (Comedia em um acto, de Arthur Azevedo) Com este título o nosso talentoso comprovinciano Arthur Azevedo escreveu ultimamente uma comedia, em um acto, de costumes brasileiros e a proposito da questão magna, que actualmente se agita no Brazil — o elemento servil —, trabalho que offereceu ao dr. Joaquim Nabuco. Esta sua nova producção foi levada à scena, pela primeira vez, com grande acceitação, no Theatro Lucinda, do Rio de Janeiro, na noite de 16 de setembro do corrente anno, e acaba de ser publicada no periodico, de selectos escriptos nacionaes — Revista Brazileira — numero relativo à primeira quinzena do corrente mez. Acabamos, portanto, de lel-a e de reconhecer que da primeira á ultima scena guiaram-lhe o grande gosto, o sempre aprimorado estilo de Arthur Azevedo. E’ ligeiro o trabalho que elle ora nos apresenta, mas nem por isso a sua feitura deixou de nos causar vivo interesse. Em quadros reaes e perfeitos occupa-se d'essa questão, talvez a mais importante, que cumpro de uma vez para sempre, e positivamente, resolver o Brazil. O elemento servil è questão que actualmente em toda a parte se discute: —- nas camaras, na imprensa, nos meetings &. Bem fez Arthur Azevedo em leval-a para o theatro. +21;21;​​COMMERCIO DE ESCRAVOS. Vem á mesa, ¢ lido e remeπido ás commissões de agricultura e de justiça civil e criminal o seguinte projedto : « ∆ assembléa geral legislativa resolve : « Art. 1.º Fica probibido o commercio de escravos, qµer de umas para outras provincias do Imperio, quer dentro da mesma provincia ou do municipio neutro: panas de 1 a 8 annos de prisão e multa de 100$ a A00$ por cada escravo. « Paragrapbo unico. Deve•se entender por acto de commercio, prohibido e nullo: 1º, comprar para revender, 2°, revender o escravo assim comprado, 3°, vender, com procuracão ou sem ella, em fraude desta lei, 4°, transportar, por si ou por outrem, para esse e∫∫eito, 5°, receber á consignação para vender ou alugar, 6°, ter casa de commissão para o mesmo fim. « Paço da camara dos Srs. deputados, em 3 de Julho de 1877. - 4. M. Perdigão Malheiro. »;​​COMMERCIO DE ESCRAVOS. Vem á mesa, é lido e remettido ás commissões de agricultura e de justiça civil e criminal o seguinte projecto : « A assembléa geral legislativa resolve : « Art. 1.º Fica prohibido o commercio de escravos, quer de umas para outras provincias do Imperio, quer dentro da mesma provincia ou do municipio neutro: penas de 1 a 8 annos de prisão e multa de 100$ a 400$ por cada escravo. « Paragrapho unico. Deve-se entender por acto de commercio, prohibido e nullo: 1º, comprar para revender, 2°, revender o escravo assim comprado, 3°, vender, com procuração ou sem ella, em fraude desta lei, 4°, transportar, por si ou por outrem, para esse effeito, 5°, receber á consignação para vender ou alugar, 6°, ter casa de commissão para o mesmo fim. « Paço da camara dos Srs. deputados, em 3 de Julho de 1877. - A. M. Perdigão Malheiro. » +22;22;FoL hoje, apresentada à camara dos Seai deputados a representação que abaixo injerimos, assignada pela maioria dos lavradores de Campos. O primeiro municipio do Rio de Janeiro, o mais opulento, o mais importante, coja riqueza ó toda agricola, vem pois, trazer a sua coHaboração à obra patriotias, que alguns brexileiros encetaram, que avassalou o coração da patria, e que tornará o Brazil eolonial e escravo em nação verdadeiramente progressieta e livre. Assignam esse notavel documento 8d nomes dos mais conspicuos entre os lavradores e commerciautes do municipio e cidade de Olmpos, verdadeira capital da proyincia do Rio de Janeiro. 1º — Marcar-se um praso de 7 annos para a extincção da escravidXo no Brazil. 2º — Acceito o art. 1º, acabar-se com o fundo de emaneipação e libortação forgada, de maneira a garantir ao proprietário de escravos o pleno gozo de seus serviços pelo prazo de 7 annos. 3º — Uma loi obrigatoria para que o escravo cumpra Relmente os annos de serviço marcados na lei. 4º — Uma lei que obrigue os llbertos e livres ao trabalho, reprimindo a ociosidade e vagabnndagem que tanto damno causam ao socego e ao bem publico. 5º — Decretação de uma lei creando os tribunaes correccionaes, de m8neira a evitar os iongos procossos por delictos de pequena gravidade. 6º — Creaçâo de colonias agricolas com regulamento penitonciario para punição dos vagabundos e reincideates.;Foi, hoje, apresentada á camara dos Srs. deputados a representação que abaixo inserimos, assignada pela maioria dos lavradores de Campos. O primeiro municipio do Rio de Janeiro, o mais opulento, o mais importante, cuja riqueza é toda agricola, vem pois, trazer a sua collaboração á obra patriotica, que alguns brazileiros encetaram, que avassalou o coroção da patria, e que tornará o Brazil colonial e escravo em nação verdadeiramente progressista e livre. Assignam esse notavel documento 88 nomes dos mais conspicuos entre os lavradores e commerciantes do municipio e cidade de Campos, verdadeira capital da provincia do Rio de Janeiro. 1º — Marcar-se um praso de 7 annos para a extincção da escravidão no Brazil. 2º — Acceito o art. 1º, acabar-se com o fundo de emancipação e libertação forçada, de maneira a garantir ao proprietario de escravos o pleno goso de seus serviços pelo praso de 7 annos. 3º — Uma lei obrigatoria para que o escravo cumpra fielmente os annos de serviço marcados na lei. 4º — Uma lei que obrigue os libertos e livres ao trabalho, reprimindo a ociosidade e vagabundagem que tanto damno causam ao socego e ao bem publico. 5º — Decretação de uma lei creando os tribunaes correcionaes, de maneira a evitar os longos processos por delictos de pequena gravidade. 6º — Creação de colonias agricolas com regulamento penitenciario para punição dos vagabundos e reincidentes. +23;23;A REFORMA DO TRIBALHO. Eis como se expressa a respeito da retorma do estado seruil a Imprensa, um dos órgãos da illustrada imprensa jornalistica da proviDcia de São Paulo: O imperio vae atravessar uma época de difHceis provações pela reforma social, que tanto preocupa todos os espiritos. Sem duvida alguma, que a substiluição do trabalho escravo pelo trabalho livre nos trará jncontestaveis vantagens, antes, porfm, que ellas appareção temos muito e muito que lutar. Bom é lembrar, no momento em que lantos sacriheios se vae exigir do nação para curar um mal terrivel a –escravidão– que não vamos introóuzir em nosso paiz, como parece se deseja, uma raça quasi tão desprestigiada como a africana. Referimo-nos a introducção dos chins. Substituir o trabalho do homem bruto, pelo trabalho do homem intelligente, attrahir ao nosso sdlo o europeu civilisado, livrando-nos d'essa raça infeliz e desmoralisade, da qual tantos vicios trazem a origem, tal é o grande passo para o melhoramento material e nioral da nossa patria.;A REFORMA DO TRABALHO. Eis como se expressa a respeito da reforma do estado servil a Imprensa, um dos orgãos da illustrada imprensa jornalistica da provincia de São Paulo: O imperio vae atravessar uma época de difficeis provações pela reforma social, que tanto preocupa todos os espiritos. Sem duvida alguma, que a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre nos trará incontestaveis vantagens, antes, porém, que ellas appareção temos muito e muito que lutar. Bom é lembrar, no momento em que tantos sacrificios se vae exigir do nação para curar um mal terrível a –escravidão– que não vamos introduzir em nosso paiz, como parece se deseja, uma raça quasi tão desprestigiada como a africana. Referimo-nos a introducção dos chins. Substituir o trabalho do homem bruto, pelo trabalho do homem intelligente, attrahir ao nosso sólo o europêo civilisado, livrando-nos d'essa raça infeliz e desmoralisada, da qual tantos vicios trazem a origem, tal é o grande passo para o melhoramento material e moral da nossa patria. +24;24;Illm. e Exm. Sr. José Bentp da Cunha Figueiredo Ministro dos negoeios do Imperio. Quando chegam os paquotes do norte desembarca uma classe de passageiros que veste camisa vermelha ou azul e cjue faz vir a memoria da gente a lembrança de uma pzocissão do gloriosissimo 5. Benedicto. Chama-se a isso uma uara de escravos. Vêm para ser vendidos esees desgraçados, como porcos ou perús. E’ natural que os vendarn, uma vez que elles não são mais que cousas, ou menos que isso — negios captivos. O que achamos sobrenatural é que seja posto sob a proteeção do governo esse mercado ignobil, o que achamos sobrenatural é que a Secretaria da policia seja a caza de commissões em cpue os miseros esperem os compradores. Os negros captivos nada têm comnosco, dirá. 7ois bem fallemos acerca dos filhos das negras captivas. A 28 de Setembro de 1871, a auvova da regeneração fundio com os propicios raios do seu sol, as cadeias que se fundiam nos ventres das niulheres escravas para logo apertarem os puleos de seus fiHios. O governo formdlou a lei de liberdade aos nascidos após este bendicto dia, e penaando que nem só isto bastava, fallon em creação de hospicios, em remnneração aos senhores, em mil cousas eiifim. Ora lá vão quasi quztro annos e o çoverno, está ainda com os braços cruzados. O escravo não se redimirá sómente com a liberdade, é complemento dessa redempção — o livro e a ofheina. Ou isto, ou o governo mandar fornecer queNo e garôpa a toda essa gente, quando chegacla aos vinte e um annos.;Illm. e Exm. Sr. José Bento da Cunha Figueiredo Ministro dos negocios do Imperio. Quando chegam os paquetes do norte desembarca uma classe de passageiros que veste camisa vermelha ou azul e que faz vir a memoria da gente a lembrança de uma procissão do gloriosissimo S. Benedicto. Chama-se a isso uma vara de escravos. Vêm para ser vendidos esses desgraçados, como porcos ou perús. E’ natural que os vendam, uma vez que elles não são mais que cousas, ou menos que isso — negros captivos. O que achamos sobrenatural é que seja posto sob a protecção do governo esse mercado ignobil, o que achamos sobrenatural é que a Secretaria da policia seja a caza de commissões em que os miseros esperem os compradores. Os negros captivos nada têm comnosco, dirá. Pois bem fallemos acerca dos filhos das negras captivas. A 28 de Setembro de 1871, a aurora da regeneração fundio com os propicios raios do seu sol, as cadeias que se fundiam nos ventres das mulheres escravas para logo apertarem os pulsos de seus filhos. O governo formulou a lei de liberdade aos nascidos após este bendicto dia, e pensando que nem só isto bastava, fallou em creação de hospicios, em remuneração aos senhores, em mil cousas emfim. Ora lá vão quasi quatro annos e o governo, está ainda com os braços cruzados. O escravo não se redimirá sómente com a liberdade, é complemento dessa redempção — o livro e a officina. Ou isto, ou o governo mandar fornecer queijo e garôpa a toda essa gente, quando chegada aos vinte e um annos. +25;25;Contradicção. Um distincto escript0r liberal, o Sr. Dr. Jùlio de Barros, arguiu-nos hã dias de contradict0rio, á pr0posito de algumas observações que fizemos sobre a questão do e1emento servil. «M0stramos receio do que a corôa, em homenagem à opinião púb1ica favoravel á emancipação, c0ndemne a situação conservadora, e affirmamos ao mesmo tempo que a corôa pr0cede como árbitro, e não como representante da nação.» Eis o enunciado da contradicção de que fomos arguido. As palavras do nosso artigo pr0testão contra a censura. Manum¡ttir o ventre é um benefício que não fica no ¡ndivíduo, mas se estende á uma geraçã0. Dar a liberdade á quem saiba lêr e escrever, fôra emancipar não sómente um braço, porém uma cabeça. Serão p0ucos os indivídu0s que estão neste últ¡mo caso, mas talvez que o prémio da liberdade se t0rne um incentiv0 poderoso para a instruçcão dessa classe infeliz. Quanto ao segund0 termo da pretendida contradicção, não temos que ratificar, as palavras do distinct0 escript0r traduzirão fie1mente nosso pensamento. A corôa pr0cedeu como árbitro e não como representante da nação, quando tomou o compromisso de realisar tão grave reforma social, sem ter para ¡sso a delegação da soberania nacional.;Contradicção. Um distincto escriptor liberal, o Sr. Dr. Julio de Barros, arguiu-nos ha dias de contradictorio, á proposito de algumas observações que fizemos sobre a questão do elemento servil. «Mostramos receio do que a corôa, em homenagem a opinião publica favoravel á emancipação, condemne a situação conservadora, e affirmamos ao mesmo tempo que a corôa procede como arbitro, e não como representante da nação.» Eis o enunciado da contradicção de que fomos arguido. As palavras do nosso artigo protestão contra a censura. Manumittir o ventre é um beneficio que não fica no individuo, mas se estende á uma geração. Dar a liberdade á quem saiba lêr e escrever, fôra emancipar não sómente um braço, porém uma cabeça. Serão poucos os individuos que estão neste ultimo caso, mas talvez que o premio da liberdade se torne um incentivo poderoso para a instruçcão dessa classe infeliz. Quanto ao segundo termo da pretendida contradicção, não temos que ratificar, as palavras do distincto escriptor traduzirão fielmente nosso pensamento. A corôa procedeu como arbitro e não como representante da nação, quando tomou o compromisso de realisar tão grave reforma social, sem ter para isso a delegação da soberania nacional. +26;26;Elemento servil CLUB DOS LAVRADORES D0 MUNICIPIO DA PARA¥BA DO SUL. $r. redactor. — Os lavradores do municipio da ¶arahyba do Sul, reunidos em club no dia 22 do corrente, votaram a representação e as declarações apresentadas pelo Dr. Martinho de Campos, de que lhe reme††o cópia para publicar na sua conceituada folha, tendo sido os originæs enviados directamente ao Dr. ∆ntonio Ferreira √ianna, deputado pelo municipio neutro, e ao senador barão das Tres Barras, pedindo-lhes que os apresentem ás respectivas casas do parlamento. Sou, $r. redactor, etc. BARÃO DA PARAH¥BA DO SUL. ∆ emancipação do ventre é uma idéa inadmissivel por todas as razões e por perturbadora da disciplina, offensiva da igualdade que na desventura deve ser observada, e desesperadora para os mais validos escravos que ficam no captiveiro. O senhor perde muito em sua força moral com a divisão da familia escrava. Condiçåes desiguæs reclamam tratamento tambem desigual. ∆ liberdade que vem da lei é mµito differente da que provém do consentimento ou generosidade do senhor, aquella desautorisa o dominio e abre a idéa do direito na alma do escravo, esta confirma a propriedade e robusteœ o dominio inspirando o reconhecimento do beneficiado tão eƒƒicaz para a manutenção da obedieæia. ∆ idéa da emancipação do ventre tem outros inconvenientes não menos graves, que seria inutil lembrar á sabedoria dos augustos e dignissimos representantes da nação. ∆ consagração deste meio emancipador fórça a intervenção da autoridade publica nas fazendas, promove as denuncias, autorisa as investigações policiæs, dá ingresso ás vinganças eexpõe os lavradores a vexames e inquietações insupportaveis.;Elemento servil CLUB DOS LAVRADORES DO MUNICIPIO DA PARAHYBA DO SUL. Sr. redactor. — Os lavradores do municipio da Parahyba do Sul, reunidos em club no dia 22 do corrente, votaram a representação e as declarações apresentadas pelo Dr. Martinho de Campos, de que lhe remetto cópia para publicar na sua conceituada folha, tendo sido os originaes enviados directamente ao Dr. Antonio Ferreira Vianna, deputado pelo municipio neutro, e ao senador barão das Tres Barras, pedindo-lhes que os apresentem ás respectivas casas do parlamento. Sou, Sr. redactor, etc. BARÃO DA PARAHYBA DO SUL. A emancipação do ventre é uma idéa inadmissivel por todas as razões e por perturbadora da disciplina, offensiva da igualdade que na desventura deve ser observada, e desesperadora para os mais validos escravos que ficam no captiveiro. O senhor perde muito em sua força moral com a divisão da familia escrava. Condições desiguaes reclamam tratamento tambem desigual. A liberdade que vem da lei é muito differente da que provém do consentimento ou generosidade do senhor, aquella desautorisa o dominio e abre a idéa do direito na alma do escravo, esta confirma a propriedade e robustece o dominio inspirando o reconhecimento do beneficiado tão efficaz para a manutenção da obediencia. A idéa da emancipação do ventre tem outros inconvenientes não menos graves, que seria inutil lembrar á sabedoria dos augustos e dignissimos representantes da nação. A consagração deste meio emancipador fórça a intervenção da autoridade publica nas fazendas, promove as denuncias, autorisa as investigações policiaes, dá ingresso ás vinganças eexpõe os lavradores a vexames e inquietações insupportaveis. +27;27;Á província de $. ¶aulo (√. n. anterior) Aberta a seção, apresentamos o seguinte projeto: «∆ Assembl¢a Legislativa de $. Paulo decreta: Art. Iº £ica o govêrno autorizado a dispender, desde jå, a quantia de 400:000$000 pr ano, para pagar integralmente as pesagens de imigrantes e dar-lhes alojam¢nto, quando verem de fora do império para está provincia, con tanto que sejåo casados e com filhos. Art. 3ª Este auxílio poderá ser concecido pelo governo, a qualquer particular ou associação que se propuser a introduzir imigrantes, desde que estejam nas condições dos artigos anteriores, e será devido após o desembarque do imigrante em Santos, quando provar que se destina a estabelecer-se naquela cidade ou em qualquer ponto da provincia. Art. 5º Para ocorrer a essas despesas, cobrá-se-ha do próximo exercicio em diante: § 1º De cada escravo que estiver matriculado e que for averbado nas cidades de $. Paulo e Santos, 5$000 por ano, nas outras cidades e vilas da província, 3$00, e de todos os outros existentes, 2$00.;Á provincia de S. Paulo (V. n. anterior) Aberta a sessão, apresentamos o seguinte projecto: «A Assembléa Legislativa de S. Paulo decreta: Art. 1º Fica o governo autorisado a despender, desde já, a quantia de 400:000$000 por anno, para pagar integralmente as passagens de immigrantes e dar-lhes alojamento, quando vierem de fóra do imperio para esta provincia, com tanto que sejam casados e com filhos. Art. 3º Este auxilio poderá ser concedido pelo governo, a qualquer particular ou associação que se propuzer a introduzir immigrantes, desde que estejam nas condições dos artigos anteriores, e será devido após o desembarque do immigrante em Santos, quando provar que se destina a estabelecer-se n'aquella cidade ou em qualquer ponto da provincia. Art. 5º Para occorrer a estas despezas, cobrar-se-ha do proximo exercicio em diante: § 1º De cada escravo que estiver matriculado e que fôr averbado nas cidades de S. Paulo e Santos, 5$000 por anno, nas outras cidades e villas da provincia, 3$000, e de todos os outros existentes, 2$000. +28;28;Não gueremos nem illudir-nos, nfm illudir. O nosso caminho está traçado, seguil-o-hemos, apezar dos milheiros de enciuzilhaJas, que a astucia venha nelles desembocar para trapsviar-nos. A estrondosa victoria, que a propaganda abolicionista acaba de -bter no Ceará, é muito, mas não é ludo. A resistencia se organizará com tanto mais desespero, quanto mais perto estiver o perigo. O p’oprio da fé punica é acabar por actos de heroismo. Queremos ser justos até com os nossos adversarios. Cumpre-nos, pois, a nós os humddes trabalhadores da primeira hora, persistir nos nossos principios. Fundando-nos na lei de 1755 que abelio a escravidão dos indios, e na lei de 1831, que abolio o trafico de africancs, desde 1817 equiparado à pirataria, negamos a legalidade da propriedade escrava e reclamamos a abolição della, não como um acto humanitario, mas simplesmente como um dever de respeito á tegislação nacional. Porque? Porque vemos que os escravos do norte, são, na siia maioria, descenclentes de indigenas, e os escravos actuaes do sul, tem, um, como os pais, os 53G.000 africanos, criminosamente importados de 18?0 a 1856. Para nós, o escravo não é um mendigo esmolando á candade, mas uma victima de roubo, reclamando o que de direito lhe perLence. Estamos convencidos de que, apezar da sua humtlhação actual, apezar da sua fraqueza de momento, o escravo, para affirmar a sua hberdade, não precisa de protecção extranha á da lei. Assim pepsamos hontem, assim pensamos huje.;Não queremos nem illudir-nos, nem illudir. O nosso caminho está traçado, seguil-o-hemos, apezar dos milheiros de encruzilhadas, que a astucia venha nelles desembocar para transviar-nos. A estrondosa victoria, que a propaganda abolicionista acaba de obter no Ceará, é muito, mas não é tudo. A resistencia se organizará com tanto mais desespero, quanto mais perto estiver o perigo. O proprio da fé punica é acabar por actos de heroismo. Queremos ser justos até com os nossos adversarios. Cumpre-nos, pois, a nós os humildes trabalhadores da primeira hora, persistir nos nossos principios. Fundando-nos na lei de 1755 que abolio a escravidão dos indios, e na lei de 1831, que abolio o trafico de africanos, desde 1817 equiparado à pirataria, negamos a legalidade da propriedade escrava e reclamamos a abolição della, não como um acto humanitario, mas simplesmente como um dever de respeito á legislação nacional. Porque? Porque vemos que os escravos do norte, são, na sua maioria, descendentes de indigenas, e os escravos actuaes do sul, tem, um, como os pais, os 536.000 africanos, criminosamente importados de 1830 a 1856. Para nós, o escravo não é um mendigo esmolando á caridade, mas uma victima de roubo, reclamando o que de direito lhe pertence. Estamos convencidos de que, apezar da sua humilhação actual, apezar da sua fraqueza de momento, o escravo, para affirmar a sua liberdade, não precisa de protecção extranha á da lei. Assim pensamos hontem, assim pensamos hoje. +29;29;; +30;30;NOTICIARIO EMAVCIPAÇÃO CONFERENCIA N. 21. Domingo 12 de Dezembro de 1880 Orador—JOSÉ DO PATROCINIO, dignissimo Socio Eundador da Sociedade Brasileira Lontra a Escravidão e da Associação Central Emancipadora. Antes de começar a Conferencia, um velhinho modesto e philantropo, que não quiz lizer seu nome, offereceu à benemerita \ssociação Central Emancipadora dois bilhetes da loteria do Ypiranga de numeros 92.133 e 343.230. E’ o terceiro donativo d’esta especie, que recebe o Partido Abolicionista d’esta eapital, é mais uma prova, entre tantas outras, de que a Abolição é, na ju,ta phrase do senador JAGUARIBE, a verdadeira, a unica e a real aspiração da nacionatidade brasileira. Effectivamente, é preciso não ter consciencia nem coração para não cobrir se de luto e não chorar lageimas de vergonha, vendo sua patria reduzida ao ultimo azylo dos trallcantes de carne humana, á hedionda arena de assassinatos, de apedrejamentos, de carnincinas e de scenas de selvageria e cannibalismo, que aviltam o Christianismo e infamam o seculo XIX... Ai! Deus de mizericordia! Tanta miseria! Tanta ignominia! Tanta abjecção! . . . . . . . . . . . . . Principiou a parte musical por duas bellas peças ao piano, em que foram enthusiasticamente applaudidos os distinctos amadores Goldsmith e Lima Coutinho. Já então enchia o theatro de S. Luiz um escolhido auditorio, onde distinguiam-se o venerando abolicionista Muniz Barreto, clignissimo Presidente Honorario da Soriedade Brasileira Contra a Escravidão, Dr. Nicoláu Moreira, dignissimo Secretario Honorario dessa illustre Sociedade e Vice-Presidente da Associação Central Emancipadora, Dr. Vicente de Souza, dignissimo Secretario desta Associação e Socio Fundador da Sociedade Brazileira Contra a Escravidão, Engenheiro Castilho, dignissimo Presidente da Sociedade Emal[[padora da Escóla Polytechnica. J. B. Augusto Marques e A. José Marques, Socios Iniciadores da Sociedade Abolicionista Academica de S. Paulo, muitos Engenheirbs Directores e Professores de Collegio, etc., efc. Foi, entre sympathicos applausos, que subio á tribuna o distincto quarto annista Brazil Silvado, o qual, depois de uiu brilhante exordio, fez o historico dos trabalhos da heruica Phalange Abolicionista da Provincia de S. Paulo. Obteve um verdadeiro triumpho oratorio, quando eloquentemente desireveu os feitos de LUIZ GAMA, que ja tem conseguido a’rancar mais de 1.000 infelizes dos atrczes feiros do captiveiro. Narrou a commovedora vida d'este immortal Liberto, vendido por seu pruprio pai, e que tudo deve ao seu ürande talento e ás suas admiraveis virtudes. Descreveu seus herculeos trabalhos, primeiro para libertar-se a si mesfno, e depois para libeFtar aos escravisados pelos hediondos vi”ladores dos mais solemnes Tratados e de repetidas Leis. Expôz os esforços, que actualmente faz nos trihunaes de S. Paulo, para tlrnar victoriosa a sã doutrina de que é livre todo africano menor de 62 annos de idade. O nome de LUIZ GAMA era incessantemente saudado yor salvas de palmas, por applausos, e pelos mais expressivos signaes de sympathia. Foi tambem muito applaudida a exposição do modo porque fundou-se, a 28 dt Setembro de 1880, a Sociedade Abolicionista Arademica de S. Paulo. Na enthusiastica peroração repetio a Le.enda, tão amada dos Abolicionistas: - Fiat Justitia pereat ne pereat mundus, e descreveu o Brazil, maior do que sua immensa grandeza territorial, quando livre dos borrores da escravidão, po\oado e enriquecido pela immigração, e gozando todas as bençãos da Liberdade, da lgualdade e da Fraternidade. Os aplausos, recebidos pelo joven e auspicioso orador, continuaram quando subio á tribuna o popular tribuno José c’o Patrocinio.;NOTICIARIO EMANCIPAÇÃO CONFERENCIA N. 21. Domingo 12 de Dezembro de 1880 Orador—José do Patrocinio, dignissimo Socio Fundador da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão e da Associação Central Emancipadora. Antes de começar a Conferencia, um velhinho modesto e philantropo, que não quiz dizer seu nome, offereceu à benemerita Associação Central Emancipadora dois bilhetes da loteria do Ypiranga de numeros 92.133 e 343.230. E’ o terceiro donativo d’esta especie, que recebe o Partido Abolicionista d’esta capital, é mais uma prova, entre tantas outras, de que a Abolição é, na justa phrase do senador JAGUARIBE, a verdadeira, a unica e a real aspiração da nacionalidade brasileira. Effectivamente, é preciso não ter consciencia nem coração para não cobrir se de luto e não chorar lagrimas de vergonha, vendo sua patria reduzida ao ultimo azylo dos traficantes de carne humana, á hedionda arena de assassinatos, de apedrejamentos, de carnificinas e de scenas de selvageria e cannibalismo, que aviltam o Christianismo e infamam o seculo XIX... Ai! Deus de mizericordia! Tanta miseria! Tanta ignominia! Tanta abjecção! . . . . . . . . . . . . . Principiou a parte musical por duas bellas peças ao piano, em que foram enthusiasticamente applaudidos os distinctos amadores Goldsmith e Lima Coutinho. Já então enchia o theatro de S. Luiz um escolhido auditorio, onde distinguiam-se o venerando abolicionista Muniz Barreto, dignissimo Presidente Honorario da Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, Dr. Nicoláu Moreira, dignissimo Secretario Honorario dessa illustre Sociedade e Vice-Presidente da Associação Central Emancipadora, Dr. Vicente de Souza, dignissimo Secretario desta Associação e Socio Fundador da Sociedade Brazileira Contra a Escravidão, Engenheiro Castilho, dignissimo Presidente da Sociedade Emancipadora da Escóla Polytechnica. J. B. Augusto Marques e A. José Marques, Socios Iniciadores da Sociedade Abolicionista Academica de S. Paulo, muitos Engenheiros Directores e Professores de Collegio, etc., etc. Foi, entre sympathicos applausos, que subio á tribuna o distincto quarto annista Brazil Silvado, o qual, depois de um brilhante exordio, fez o historico dos trabalhos da heroica Phalange Abolicionista da Provincia de S. Paulo. Obteve um verdadeiro triumpho oratorio, quando eloquentemente descreveu os feitos de LUIZ GAMA, que ja tem conseguido arrancar mais de 1.000 infelizes dos atrozes ferros do captiveiro. Narrou a commovedora vida d'este immortal Liberto, vendido por seu proprio pai, e que tudo deve ao seu grande talento e ás suas admiraveis virtudes. Descreveu seus herculeos trabalhos, primeiro para libertar-se a si mesmo, e depois para libertar aos escravisados pelos hediondos violadores dos mais solemnes Tratados e de repetidas Leis. Expôz os esforços, que actualmente faz nos tribunaes de S. Paulo, para tornar victoriosa a sã doutrina de que é livre todo africano menor de 62 annos de idade. O nome de LUIZ GAMA era incessantemente saudado por salvas de palmas, por applausos, e pelos mais expressivos signaes de sympathia. Foi tambem muito applaudida a exposição do modo porque fundou-se, a 28 de Setembro de 1880, a Sociedade Abolicionista Academica de S. Paulo. Na enthusiastica peroração repetio a Legenda, tão amada dos Abolicionistas: - Fiat Justitia pereat ne pereat mundus, e descreveu o Brazil, maior do que sua immensa grandeza territorial, quando livre dos horrores da escravidão, povoado e enriquecido pela immigração, e gozando todas as bençãos da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade. Os aplausos, recebidos pelo joven e auspicioso orador, continuaram quando subio á tribuna o popular tribuno José do Patrocinio. +31;31;Emancipaçao A emancipação é a magna questão da actulidade. Porblema gravissimmo, deve ser a preoccupação constante do estadtista que deseja sinceramente a felicldade do seu paz. No Brazil é a grande qnestão, e será a maior glona do segundo reinado. O governo, abrindo o cofre das graças, activa a propaganga e vai dar o maior lncremto a esta obrra grandiosa. Realmente, a emancipação gradual, convenientemente dirigida, é a mais prospera e fecunda em bons resultados. É incontestavel o grande merito da lei de 28 de Setembro, apezar de não ser completa, corotu o mal pela rallz, estancando a fonte. Hoje precisamos ir um pouco além. Dentro do terreno da legalidade podemos fazer ainda muito mais. Se o governo désse mais impulso á colonisação proporcionando bracos á lavoura, não seria tão grande o apêco ao escravo, e o lavrador com mais facilidade dlle se desprenderia, logo que vlse o traballho livre traduzido em realiddade. O amago da questão está, portanto, na substituição do trabalho. É o tentamen mais efficcz para o bom exito da propagganda. Os lavradores, na sua maior parte depaperados de recursos e, sobretudo, descntes, sem o auxilio do governo, não se julgam com forças para tão alto commettimeto. O estabelecimento dos bancos de credito agricola, fornecendo capitaes a prazo longo e juro barato, muito poderosamente concorreria para levantar a lavoua do abatimento em que se acha, desafogndo-a dos onus que sobre ella gravitam, e habilitando o lavrador a emprehender os melnoramentos mais necessairios. Alguma cousa poder se-hia fazer nesse sentido, muitos estudos se têm feito, inqueritos sobre inqueritos, porém o que se vê é o statu quo, symptoma da mais completa immobilidade e indiferança. Comquanto muito já se tenha dito á sacIedade que a lavoura é a fonte da nossa rqueza, a nossa principal industria, nunca será por demais tratar-se desse asssumpto, e chamar a atteção do governo para essa obra capital, onde estão em jogo os mais altos interesses da commnnhão.;Emancipaçao A emancipação é a magna questão da actualidade. Problema gravissimo, deve ser a preoccupação constante do estadista que deseja sinceramente a felicidade do seu paiz. No Brazil é a grande questão, e será a maior gloria do segundo reinado. O governo, abrindo o cofre das graças, activa a propaganda e vai dar o maior incremento a esta obra grandiosa. Realmente, a emancipação gradual, convenientemente dirigida, é a mais prospera e fecunda em bons resultados. É incontestavel o grande merito da lei de 28 de Setembro, apezar de não ser completa, cortou o mal pela raiz, estancando a fonte. Hoje precisamos ir um pouco além. Dentro do terreno da legalidade podemos fazer ainda muito mais. Se o governo désse mais impulso á colonisação proporcionando braços á lavoura, não seria tão grande o apêgo ao escravo, e o lavrador com mais facilidade delle se desprenderia, logo que visse o trabalho livre traduzido em realidade. O amago da questão está, portanto, na substituição do trabalho. É o tentamen mais efficaz para o bom exito da propaganda. Os lavradores, na sua maior parte depauperados de recursos e, sobretudo, descrentes, sem o auxilio do governo, não se julgam com forças para tão alto commettimento. O estabelecimento dos bancos de credito agricola, fornecendo capitaes a prazo longo e juro barato, muito poderosamente concorreria para levantar a lavoura do abatimento em que se acha, desafogando-a dos onus que sobre ella gravitam, e habilitando o lavrador a emprehender os melhoramentos mais necessarios. Alguma cousa poder se-hia fazer nesse sentido, muitos estudos se têm feito, inqueritos sobre inqueritos, porém o que se vê é o statu quo, symptoma da mais completa immobilidade e indifferença. Comquanto muito já se tenha dito á saciedade que a lavoura é a fonte da nossa riqueza, a nossa principal industria, nunca será por demais tratar-se desse assumpto, e chamar a attenção do governo para essa obra capital, onde estão em jogo os mais altos interesses da communhão. +32;32;Saraiva hat in Senat einen Berícht über die Nationalguter in der Provinz Piaohy erstattét. Dieselben soltten in Jahr 1880 verkaufft worden, und es gelangen merere Angeböte an die Regirung, von denen das höhste 20 Contos Anzáhlung betug neben weitern Zahlungen in zeitlich weit auseínanderliegenden Ratén. Die Regeirung mahn dieselben nicht an, sonden verfügte nur den Verkäuff des vorhandenen Viehhs. Derselbe gescha und ergab für sich allein eine hOhere Summé als die fUr das Gánze gebotenen Barzahlungen. Genante Nationaleígentumer waren früührer Eigenturn der Jesuten, von denen der Stadt sie erbte. Es existierten dort 1.500 Sklaven, denen man die Freíheit schenkte, und welche „der besté Tteil der armen bevölkerúng von Piauhy“ waren, da sie gute Erziehúng empfangen haten. Sie haben sich auf den Nationalgutern angessíedelt, und Saraiva ist der Ansícht, man solle sie oder ihre Nachkommen nicht durch Verkaúf des Landes vertreiben, sondern im gegenteíl sie zu gesetzlchen Besitzen der von íhnen ocupierten Gebete machen. Die Gesamtflache genamter Nationalgüter beträg 30 bis 40 Léguas.;Saraiva hat im Senat einen Bericht über die Nationalgüter in der Provinz Piauhy erstattet. Dieselben sollten im Jahre 1880 verkauft werden, und es gelangten mehrere Angebote an die Regierung, von denen das höchste 20 Contos Anzahlung betrug neben weiteren Zahlungen in zeitlich weit auseinanderliegenden Raten. Die Regierung nahm dieselben nicht an, sondern verfügte nur den Verkauf des vorhandenen Viehs. Derselbe geschah und ergab für sich allein eine höhere Summe als die für das Ganze gebotenen Baarzahlungen. Genannte Nationaleigentümer waren früher Eigentum der Jesuiten, von denen der Staat sie erbte. Es existierten dort 1.500 Sklaven, denen man die Freiheit schenkte, und welche „der beste Teil der armen Bevölkerung von Piauhy“ waren, da sie gute Erziehung empfangen hatten. Sie haben sich auf den Nationalgütern angesiedelt, und Saraiva ist der Ansicht, man solle sie oder ihre Nachkommen nicht durch Verkauf des Landes vertreiben, sondern im Gegenteil sie zu gesetzlichen Besitzern der von ihnen occupirten Gebiete machen. Die Gesamtfläche genannter Nationalgüter beträgt 30 bis 40 Leguas. +33;33;«Uber die Kaiserreíse nach S. Paulo ist noch folgendes nachzutragen: «Nah der Ankunft in Taubaté besuchte der Keiser auch das Gefangniss und fragte die Gefángenen aus, wobei er verchiede Bemerkungen besonders uber das unterirdische Gefängniss machte, indem sich 7 Sklaven befanden. Dort ist auch der Ort, wo die Sklaven von der Polizzei ausgepeitcht worden, und der Kaiser soll von diesem Zustanden ganz entsetzt gewéssen sein. Einer der Begleiter bemerkte, das die Sklaven auf Befehl ihrer Herren sich dort befinden, welche das Reht zu solchen Verfaren zu haben glaubten, worauf der Kaiser hinzufügte: «In ihren Haüser».;«Über die Kaiserreise nach S. Paulo ist noch folgendes nachzutragen: «Nach der Ankunft in Taubaté besuchte der Kaiser auch das Gefängnis und fragte die Gefangenen aus, wobei er verschiedene Bemerkungen besonders über das unterirdische Gefängnis machte, in dem sich 7 Sklaven befanden. Dort ist auch der Ort, wo die Sklaven von der Polizei ausgepeitscht werden, und der Kaiser soll von diesem Zustande ganz entsetzt gewesen sein. Einer der Begleiter bemerkte, dass die Sklaven auf Befehl ihrer Herren sich dort befunden, welche das Recht zu solchem Verfahren zu haben glaubten, worauf der Kaiser hinzufügte: «In ihren Häusern». +34;34;Was man unter „Freiheit“ vergteht, davon lieferte die republikanische „Gazeta de Campinas“ in ihrer letzten Sonnabend-Nummer einen klaren BegriH. Es steht in derseHoen wörtlich: „In Freiheit gesetzt. Der dem Herrn Capitão João Ferraz de Campos Souza gehörige Sklave Samcel, welcher vor einigen Tagen einer ärztlichen Untersachung unterworfen wurde, ist gestern hieigelassen worden.“ Dies ist der genaue \Vortlaut der Noti7 jenes freisinnigen Blattes. Zur Klarstellung müssen wir bemerken, dass es sich um clenselben Sklaven Samuel handelt, der kürzlich a‘‘f der Fazenda des genannten Herrn Capitão João Ferraz wegen eines Fhichtversuchs bis zur Bewusstlosigkeit gepeitscht und dann mit Gtrohfackeln auf den zerfleischten Körper gebrannt worden war, um ihn in's Bewusstsein zurücxzurufen. Darauf war er eniflohen und hatte sich bei dem Polizeidelegado über die erlittene Behandlung beschwert, der ihn dann auch in's Gefängniss werfen und vom Arzte untersuchen liess. Aiachdem der unglückliche Neger einige Tage im Gefängniss ausgeruht, ist er ani Sonnabend aus demselben entlassen und seinen Peinigern aufs Neue übergeLen worden. Danit ist die Geschichte – bis auf die Honigkuchen, die der Neger bei seiner Ankunft auf der Fazenda empfängt – erledigt. Das nennt man hier in republikanischer Mundart: „In Freibeit gesetzt.“;Was man unter „Freiheit“ versteht, davon lieferte die republikanische „Gazeta de Campinas“ in ihrer letzten Sonnabend-Nummer einen klaren Begriff. Es steht in derselben wörtlich: „In Freiheit gesetzt. Der dem Herrn Capitão João Ferraz de Campos Souza gehörige Sklave Samuel, welcher vor einigen Tagen einer ärztlichen Untersuchung unterworfen wurde, ist gestern freigelassen worden.“ Dies ist der genaue Wortlaut der Notiz jenes freisinnigen Blattes. Zur Klarstellung müssen wir bemerken, dass es sich um denselben Sklaven Samuel handelt, der kürzlich auf der Fazenda des genannten Herrn Capitão João Ferraz wegen eines Fluchtversuchs bis zur Bewusstlosigkeit gepeitscht und dann mit Strohfackeln auf den zerfleischten Körper gebrannt worden war, um ihn in's Bewusstsein zurückzurufen. Darauf war er entflohen und hatte sich bei dem Polizeidelegado über die erlittene Behandlung beschwert, der ihn dann auch in's Gefängniss werfen und vom Arzte untersuchen liess. Nachdem der unglückliche Neger einige Tage im Gefängniss ausgeruht, ist er am Sonnabend aus demselben entlassen und seinen Peinigern aufs Neue übergeben worden. Damit ist die Geschichte – bis auf die Honigkuchen, die der Neger bei seiner Ankunft auf der Fazenda empfängt – erledigt. Das nennt man hier in republikanischer Mundart: „In Freiheit gesetzt.“ +35;35;In Campinas haben die Fazendeiros Antonio Penteado und Francisco da Rocha Leit Penteado ale ihr Skleven freigeggeben, unter der Bedingung, das diese noch 3 Jahren diennen. Zwei andere Fazendeiros, Leite Camargo Peuteado und Francisco de Assis Salles gebenn ebenffalls ale Sklaven frei, mit der bedingung, noch 4 Jahre Dienste zu leisten. Die Zahl der Freigewordenen beläuft sich auf 100.;In Campinas haben die Fazendeiros Antonio Penteado und Francisco da Rocha Leite Penteado alle ihre Sklaven freigegeben, unter der Bedingung, dass diese noch 3 Jahre dienen. Zwei andre Fazendeiros, Leite Camargo Peuteado und Francisco de Assis Salles geben ebenfalls alle Sklaven frei, mit der Bedingung, noch 4 Jahre Dienste zu leisten. Die Zahl der Freigewordenen beläuft sich auf 100. +36;36;S. José dos Campós. Auf der Fazenda des Hrn. Capitao Antonio Salgado Cesár ist der Faitor Martios durch die Sklaven ermördef worden. Die Thäter stetlten sich freiwíllig der Behorde und erklArten, zu der Tbat durch die grausamen Misshapdlungen veranlwst worden zu seín, die sie täglich von dem Faitor erdulden mnesten.;S. José dos Campos. Auf der Fazenda des Hrn. Capitão Antonio Salgado Cesar ist der Feitor Martins durch die Sklaven ermordet worden. Die Thäter stellten sich freiwillig der Behörde und erklärten, zu der That durch die grausamen Misshandlungen veranlasst worden zu sein, die sie täglich von dem Feitor erdulden mussten. +37;37;O PARTIDO NEGRO « Vemos felizmente que ao deeanimo, á estupefação dos partigarios da ordem vai succedendo a reacção das forças sociaes. Consideramo-nos felizes por ter sido dos que primeiro levantajam reclamações contra o partido negro. Realmente os hmites da legalidade foram excedidos e vamos entrando nos prenuncios de uma insurneição igual á da antiga Sabinada na Bahia. As gequenas folhas anarchistas prégam todos os dias a gucrra á propriedade consagrada gela lei de a8 de Setembro de 187i, e declaram, alto e bom som, o direito dos servos se insurgirem contra seus legitimos possuidores. Ha diversos dubs secretos na côrte, enn que á noite, e a portas fechadas, se reunem nurnerosos revolucionarios das mais infirnas classes, persuadidos pelos espertos, c de onde sahem boatos subversivos e suggestões para os scrvos urbanos. Partem emissarios para o intierior, com instrucções de propagar os papeis incendiarios e as doutiinas da insurreição na prozimidade das fazendas.;O PARTIDO NEGRO « Vemos felizmente que ao desanimo, á estupefação dos partidarios da ordem vai succedendo a reacção das forças sociaes. Consideramo-nos felizes por ter sido dos que primeiro levantaram reclamações contra o partido negro. Realmente os limites da legalidade foram excedidos e vamos entrando nos prenuncios de uma insurreição igual á da antiga Sabinada na Bahia. As pequenas folhas anarchistas prégam todos os dias a guerra á propriedade consagrada pela lei de 28 de Setembro de 1871, e declaram, alto e bom som, o direito dos servos se insurgirem contra seus legitimos possuidores. Ha diversos clubs secretos na côrte, em que á noite, e a portas fechadas, se reunem numerosos revolucionarios das mais infimas classes, persuadidos pelos espertos, e de onde sahem boatos subversivos e suggestões para os servos urbanos. Partem emissarios para o interior, com instrucções de propagar os papeis incendiarios e as doutrinas da insurreição na proximidade das fazendas. +38;38;LocalisaSão do escravo As apregoadas reforiias do partido liberal, quando na opposição, a muito custo vão appareceudo. O iHustrado collega do “Diario do Gram-Pará” publicou o projeeto de lei, que abaixo transcrcvemos, sobre a localisação do escraro, e fundo de emancipaçãn. Não podemos deixar passar sem reparo esse mouumental projecto, fructo dos calamitosos tecnpos que atravessamos. É mais um saque que se dá na bolxa do commerciante, e mais um attentado contra o direito de propriodade. Não sonhos escravocretas, longe de nós semellhante ideia, desejamos de coração ver extlipado de nossa sociedade o terrível cancro da escravidão, mas também não jodemos soHrer que se atfaque impunemente os nossos mais sagrados direitos. Procuremos extinguir ü escravidão pelos meios que aconselha a sã razão, pelox meios legaes. Não haverá sem contestação coração brasileiro que a isso se recuso. Devemes, porém, respeitar o dircito de propriedade. A estabilidade da propriedade, como a da família, d necessgria á liberdade. Ei incontestavel que a garantia da propriedade e o equilíbrio da propriedade com a necessidade são unia das principacs garantias da liberdale.;Localisação do escravo As apregoadas reformas do partido liberal, quando na opposição, á muito custo vão apparecendo. O illustrado collega do “Diario do Gram-Pará” publicou o projecto de lei, que abaixo transcrevemos, sobre a localisação do escravo, e fundo de emancipação. Não podemos deixar passar sem reparo esse monumental projecto, fructo dos calamitosos tempos, que atravessamos. É mais um saque que se dá na bolsa do commerciante, e mais um attentado contra o direito de propriedade. Não somos escravocratas, longe de nós semelhante ideia, desejamos de coração ver estirpado de nossa sociedade o terrivel cancro da escravidão, mas tambem não podemos soffrer que se attaque impunemente os nossos mais sagrados direitos. Procuremos extinguir a escravidão pelos meios que aconselha a sã razão, pelos meios legaes. Não haverá sem contestação coração brasileiro que á isso se recuse. Devemos, porem, respeitar o direito de propriedade. A estabilidade da propriedade, como a da familia, é necessária á liberdade. É incontestavel que a garantia da propriedade e o equilibrio da propriedade com a necessidade são uma das principaes garantias da liberdade. +39;39;Os derenseres da lavoura. A lavoura agradece de coração as defezas que lhe andão fazenlo, julga que são tolas muito bea intencionadas, mas pele aos seus defensores que não a arrastem ao papel de resisteDcia a reforma do estado servih, qual se acha está projectada pelo ministerio de 6 de junho. Preferimos o curto ao duvidoso. Convencidos de que a escravidão não pode durar muito, nom desejando pela nossa parte embaragar o caminho natural da emancipação, damo-nos por satisfeitos com o projecto apresentado, pois sabemos até onde vae e acreditamos que elle não exige sacriHcios alem das forgas da lavoura e das outras indoatrias. Se o projecto não vingasse Co que seria alem de um perigo, uma vergonha para o Brazil.) quem póde responder-nos pelo que veria d pois? A lavoura attenda aos seus interesses, deixe de ouvir mãos conselhos, e reconhecerá que, chegada a occasião de fazer alguma cousa pela emancipação, não ha combinação menos exposta a perturbações fo que aquella em que assenta o projecto do ministerio de G de junho. De todos os lados falla-se agora em prazo, no qual niuguem queria ha pouco tempo, ouvir fallar. Este meio de opposição é o mais perigoso, não só porque, a ter-ze de fixar um prazo á escravidão, elle não poderix ser senão, curto de sete annos no máximo, como porque o prazo importar1a, no vencimento do termo, a abolição simullanea de toda a escravatura, e assim perderiamos todas as vantagens da substituição pareial do braço escravo. De todas as soluções a do prazo seria a mais terrivel, porque lançaria de chofre na sociedade centenas de milhares de homens embrutecidos e tanto mais indignados contra o seu antigo estado de escrevo quanto é Datural que, durante o prazo terião de ser constrangidos a traballos mais penosos pelo menos por muitos senhores. Se objecções podem ser levaDtadas contra o plano proposto pelo benemerito, prudeote e illustrado conselheiro Dantas, resta indagar sinceramente qual é o outro plano com que aquelle será substituido e se as objecções contra o noro plano não scrão mais graves. Reconhecendo a lavoura, comc não pode deixar de reconhecer, que a questão não pode parar – e para isso não baveria força bastante em nenhum dos partidos, acceite de boa mente a solocção que lhe offerece. Não ha outra melhor, pelo menos que se tenha ternado conhccida. Um lavrador.;Os defensores da lavoura. A lavoura agradece de coração as defezas que lhe andão fazendo, julga que são todas muito bem intencionadas, mas pede aos seus defensores que não a arrastem ao papel de resistencia a reforma do estado servil, qual se acha está projectada pelo ministerio de 6 de junho. Preferimos o certo ao duvidoso. Convencidos de que a escravidão não pode durar muito, nem desejando pela nossa parte embaraçar o caminho natural da emancipação, damo-nos por satisfeitos com o projecto apresentado, pois sabemos até onde vae e acreditamos que elle não exige sacrificios alem das forças da lavoura e das outras industrias. Se o projecto não vingasse (o que seria alem de um perigo, uma vergonha para o Brazil.) quem póde responder-nos pelo que veria depois? A lavoura attenda aos seus interesses, deixe de ouvir máos conselhos, e reconhecerá que, chegada a occasião de fazer alguma cousa pela emancipação, não ha combinação menos exposta a perturbações do que aquella em que assenta o projecto do ministerio de 6 de junho. De todos os lados falla-se agora em prazo, no qual ninguem queria ha pouco tempo, ouvir fallar. Este meio de opposição é o mais perigoso, não só porque, a ter-se de fixar um prazo á escravidão, elle não poderia ser senão, curto de sete annos no máximo, como porque o prazo importaria, no vencimento do termo, a abolição simultanea de toda a escravatura, e assim perderiamos todas as vantagens da substituição parcial do braço escravo. De todas as soluções a do prazo seria a mais terrivel, porque lançaria de chofre na sociedade centenas de milhares de homens embrutecidos e tanto mais indignados contra o seu antigo estado de escravo quanto é natural que, durante o prazo terião de ser constrangidos a trabalhos mais penosos pelo menos por muitos senhores. Se objecções podem ser levantadas contra o plano proposto pelo benemerito, prudente e illustrado conselheiro Dantas, resta indagar sinceramente qual é o outro plano com que aquelle será substituido e se as objecções contra o novo plano não serão mais graves. Reconhecendo a lavoura, como não pode deixar de reconhecer, que a questão não pode parar – e para isso não haveria força bastante em nenhum dos partidos, acceite de boa mente a solucção que lhe offerece. Não ha outra melhor, pelo menos que se tenha tornado conhecida. Um lavrador. +40;40;Tribunal da relação. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Hontem, 19 de Setembro de 1876, aseistimos ao julgamento de uma acção de liberdade n. 464, cm que é apellante Frederico Januário da Silva e apellada Marianna, por seu curador, ficámos admirados como se esforçou o procurador da corôa, que ainda mais uma vez se mostrou rancoroso contra os proprietarios ou senhores dos escravos, dizendo que estes fazem toda a casta de maroteiras, para que os escravos não possão obter a liberdade, e S.S. diz que estes ião miseraveis, isto posto negamos, porquanto não se póde dizer que o escravo é misoravel, quando este tem casa, cama, botica, doutor, comida e vestuario. Ao contrario, depois que se declarão livres, é que elles se tornão miseraveis e iofelizes, e S.S. repare que muitas dessas que já forão livres se achão nesses lupanares, zungús e quitandeiras, e depois de bem sugadas vão acabar na nossa Casa de Misrricordia ou casa de detenção, demais S. S. ignora a lei do elemento servil e seu regulamento. O escravo não póde ser liberto com dinbeiro de terceiro, como Dois quer S. S. admittir essa doutrina, e muito menos quando elles já se achão livres por carta, ou titulo, passado por seu proprio dono, e muito bem o póde fazer, porque o eidadão tem o direito de dispôr do que é seu como ihe aprouver e com as condições que lhe facultão as leis, e mesmo as vezes as condições são para não verem dahi a dias a sua cria nesses lupanares. E como estamos cortos que S. S. não tem lido a lei e o regulamento do elemento servil, abaixo publicamos alguns aitigos da lei e regulamentos para que S.S. melhor possa aquilatar os direitos que têm os prˆprietarios dos escravos, que não podem ser delles esbulhados senão como manda a lei que nos vege, e nem S. S. tem necessidade de botar os bofes pela boca fóra, porquanto os direitos dos cid\dãos se achão garantidos nas leis, e S. S. é o executor della, mas não a póde alterar, isto só póde ser feito pelo legislador. Muito bkm relatou o desembargador 3aptista Lisboa esse feito, e muito bem Jiscorreu o desembargador Magalhães Castro, além disso nuito gostamos dos apartes do desembargador lˆaetano de Almeida: este heróe foi o primeiro a conceber as leia abaixo transcriptas, sustentem, pois, os direitos de propriedade, e não a exponhão á mercê cesses traficantes que a truco de padres nossos procuram sophismar as leis contra o direito de propriedade a que têm direitos os senhores dos escravos.;Tribunal da relação. !!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Hontem, 19 de Setembro de 1876, assistimos ao julgamento de uma acção de liberdade n. 464, em que é apellante Frederico Januário da Silva e apellada Marianna, por seu curador, ficámos admirados como se esforçou o procurador da corôa, que ainda mais uma vez se mostrou rancoroso contra os proprietarios ou senhores dos escravos, dizendo que estes fazem toda a casta de maroteiras, para que os escravos não possão obter a liberdade, e S.S. diz que estes são miseraveis, isto posto negamos, porquanto não se póde dizer que o escravo é miseravel, quando este tem casa, cama, botica, doutor, comida e vestuario. Ao contrario, depois que se declarão livres, é que elles se tornão miseraveis e infelizes, e S.S. repare que muitas dessas que já forão livres se achão nesses lupanares, zungús e quitandeiras, e depois de bem sugadas vão acabar na nossa Casa de Misericordia ou casa de detenção, demais S. S. ignora a lei do elemento servil e seu regulamento. O escravo não póde ser liberto com dinheiro de terceiro, como pois quer S. S. admittir essa doutrina, e muito menos quando elles já se achão livres por carta, ou titulo, passado por seu proprio dono, e muito bem o póde fazer, porque o cidadão tem o direito de dispôr do que é seu como lhe aprouver e com as condições que lhe facultão as leis, e mesmo as vezes as condições são para não verem dahi a dias a sua cria nesses lupanares. E como estamos certos que S. S. não tem lido a lei e o regulamento do elemento servil, abaixo publicamos alguns artigos da lei e regulamentos para que S.S. melhor possa aquilatar os direitos que têm os proprietarios dos escravos, que não podem ser delles esbulhados senão como manda a lei que nos rege, e nem S. S. tem necessidade de botar os bofes pela boca fóra, porquanto os direitos dos cidadãos se achão garantidos nas leis, e S. S. é o executor della, mas não a póde alterar, isto só póde ser feito pelo legislador. Muito bem relatou o desembargador Baptista Lisboa esse feito, e muito bem discorreu o desembargador Magalhães Castro, além disso muito gostamos dos apartes do desembargador Caetano de Almeida: este heróe foi o primeiro a conceber as leis abaixo transcriptas, sustentem, pois, os direitos de propriedade, e não a exponhão á mercê desses traficantes que a troco de padres nossos procuram sophismar as leis contra o direito de propriedade a que têm direitos os senhores dos escravos. +41;41;O Club Agricola da Leopoldina, Minas Geraes, resolveo denunciar ao supremo tribunal de justiça o vice-presidente d'aquella provinrea, pelo recente imposto sobre o trafico interprovincial de escravos. E5te imposto foi creado pela lei de orçamento provincial de 18 de Dezembro de 1880, que deve vigorar em 1.º de Julho proximo, começo do exercicio hnanceiro. EnCretanto, logo depois da sancção do orçamento, o vice-presidente, que entãu assumira a administração da provincia, annunciou que a effectividade do impopto seria feita, de conformidade com a antiga disposição, quo marca prazos para execução das lois provinciaes nos diversos pontos da provincia, a contar da respectlva publicação. Por esta regra a nova lei, entrando em ex2cução antes do anno financeiro, acarretava manifestos prejuizos e damnos a alyuns lavradores, que emprehenderão supprir suas larouras de escravos, antes da execução da lei de orçamento. Como consequencia natural da prematura obrigatoriedade do imposto, levantou-se contra este acto violento opposição não só na provincia, como entre os traticantes de escravos e seus amigos desta cidade, que esperavão tirar proveito da deniora na execução da lei. A importação de escravos em Minas por todas as estradas do interior, e as continuas chegadas dos me1mos a esta cidade, posteriormente á effectividade do imposto prohibitivo em S. Paulo e Rio de Janeiro, provão exhuberantemente a intengão de disporem delles na prorincia de Minas Geraes, antes da execução da respectiva lei do orçamento. Se o procedimento do vire-presidente de Minas foi legalmente juridico, é matenea para decisão judicial, no ponto de vista economico, porem, è de plena e ampla justificação. E’ evidente que os membros da assemblea provincial mineira, na decretação desta niedida, não apreciarão-na cumpletamente e nem as consequencias que poderião sobrevir. A’ vista de subsequeutes acontecimentos, o presidente da provincia vio-se na necessidade de tomar medidas mais promptas do que as da lei do orçamento, e como unico salvaterio so teve o de sujeitar o imposto ás disposições de uma antiga lei, em virlude das quaes poderia vigorar em data mais proxima. A provincia do Rio de Janelro, já antoriormente havia providenciado sobre a prohibição do trafico, e a de S. Paulo, pouco depois, adoptou uma lei semelhante que vigorasse desde logo. Por esta forma, duas das maiores provincias, possuidoras de escravox, precaverão-se contra o augmento de sua população escrava, por meio de compra, deixando assim Minas Geraes, sosinha, soffrer todo o peso do trafico de escravos do Yorte. O actual presidente dessa provincia, evidentemente previo o perigo e funestas oonsequencias em ser a ultima provincia do Imperio e em maior escala imporiadora de escravos. Se com o seu procedimento, escojurando o perigo, ultrapassou á stricta letra da lei e a prudencia de sua medida e consequentes beneficios, certamente lhe escudarão de qualquer critica lutura ou malevola perseguição. Sna providencia salvou Minas Geraes de uma innundação de escravos e de um dercadeiro e irpeparavel prejuizo. Sua coragem levou-o a usar do unico e efhcaz meio de evitar o perigo e precaver o damno. Ae pessoas justas prestarão homenagem a este homem e a seu corajoso acto, e a histiria do Brazil não terá pagina mais brilhante do que a que recordar o seu nome e q serviço por elle feito. (Do The Rio News n. 11.) Vol. VIII;O Club Agricola da Leopoldina, Minas Geraes, resolveo denunciar ao supremo tribunal de justiça o vice-presidente d'aquella provincia, pelo recente imposto sobre o trafico interprovincial de escravos. Este imposto foi creado pela lei de orçamento provincial de 18 de Dezembro de 1880, que deve vigorar em 1.º de Julho proximo, começo do exercicio financeiro. Entretanto, logo depois da sancção do orçamento, o vice-presidente, que então assumira a administração da provincia, annunciou que a effectividade do imposto seria feita, de conformidade com a antiga disposição, que marca prazos para execução das leis provinciaes nos diversos pontos da provincia, a contar da respectiva publicação. Por esta regra a nova lei, entrando em execução antes do anno financeiro, acarretava manifestos prejuizos e damnos a alguns lavradores, que emprehenderão supprir suas lavouras de escravos, antes da execução da lei de orçamento. Como consequencia natural da prematura obrigatoriedade do imposto, levantou-se contra este acto violento opposição não só na provincia, como entre os traficantes de escravos e seus amigos desta cidade, que esperavão tirar proveito da demora na execução da lei. A importação de escravos em Minas por todas as estradas do interior, e as continuas chegadas dos mesmos a esta cidade, posteriormente á effectividade do imposto prohibitivo em S. Paulo e Rio de Janeiro, provão exhuberantemente a intenção de disporem delles na provincia de Minas Geraes, antes da execução da respectiva lei do orçamento. Se o procedimento do vice-presidente de Minas foi legalmente juridico, é materia para decisão judicial, no ponto de vista economico, porem, è de plena e ampla justificação. E’ evidente que os membros da assemblea provincial mineira, na decretação desta medida, não apreciarão-na completamente e nem as consequencias que poderião sobrevir. A’ vista de subsequentes acontecimentos, o presidente da provincia vio-se na necessidade de tomar medidas mais promptas do que as da lei do orçamento, e como unico salvaterio so teve o de sujeitar o imposto ás disposições de uma antiga lei, em virtude das quaes poderia vigorar em data mais proxima. A provincia do Rio de Janeiro, já anteriormente havia providenciado sobre a prohibição do trafico, e a de S. Paulo, pouco depois, adoptou uma lei semelhante que vigorasse desde logo. Por esta forma, duas das maiores provincias, possuidoras de escravos, precaverão-se contra o augmento de sua população escrava, por meio de compra, deixando assim Minas Geraes, sosinha, soffrer todo o peso do trafico de escravos do Norte. O actual presidente dessa provincia, evidentemente previo o perigo e funestas consequencias em ser a ultima provincia do Imperio e em maior escala importadora de escravos. Se com o seu procedimento, escojurando o perigo, ultrapassou á stricta letra da lei e a prudencia de sua medida e consequentes beneficios, certamente lhe escudarão de qualquer critica futura ou malevola perseguição. Sua providencia salvou Minas Geraes de uma innundação de escravos e de um derradeiro e irreparavel prejuizo. Sua coragem levou-o a usar do unico e efficaz meio de evitar o perigo e precaver o damno. As pessoas justas prestarão homenagem a este homem e a seu corajoso acto, e a historia do Brazil não terá pagina mais brilhante do que a que recordar o seu nome e o serviço por elle feito. (Do The Rio News n. 11.) Vol. VIII +42;42;Interior. Leopoldina, 8 de Setembro de 1870. —(Do correspondente).— Em nossa primeira missiva fizemos lembrar aos reprosentantes da provincia algúmas medidas, que couvinha de prompto curarem, cijos melhoramentos são de urgentissima necessidade para este municipio, que por estaf na extremidade da provincia não tem merecido á attenção de prssidentes e nem da assembléa provincial. Até o presente o municipio da Leopoldina, talvez o mais importante da provincia, só tem dado dinheiro e muito dinheiro aos eofres provinciaes sem a mais pequena cobipensação. E’ natural que a presente deputação nos preste algum beneficio. Sei tambem que alguns eleitores deste municipio se dirigirão aos homens em quem votarão, pedindo-lhes que pre8tassem sua attenção ás nossas necessidades, é pois natural que estes foguetes os dispertem e que os desvie das questões politicas e de estatisticas, á que exclusivelmente se didicarão os famigerados e tresloucadoe progressistas ou liberaes, cuja lembrança nos faz ter calefrios. O montão de ruinas que essa gente deixou na provincia é diffilcil de ser demollido: é necessario que se vá reperando as injustiças que esses desnaturados mineiros fizerão. Temos lido com attenção alguns discursos dos srs. deputados, bem como algümaf indicações, sobresaindo uma em que se pede a nomeação de duas comissões, 1.ª para rever a legislação organica das repartigões provinciaes e a 2.ª para apresentar um projecto sobre estradas que entronquem na de Pedro 2.º, para este desideratum pede que sejão municipalizados alguns impostos, á fim de que as camaras por si, independente do presidente da provincia, promovão esse benehcio real para as localidades. Outro projecto muito importante, do mesmo geneho, foi apresentado pelo digno e illustrado deputado F. Bello. Esse representante da provincia comprehende verdadeiramente sua missão. O alludido projecto autorisa ao presidente da provincia á construir uma estrada de rodagem do Porfo Novo á Leopoldina, do Chiador ao Mar d’Hespanha e outros mais que facilitem á lavoura. Só temos medo de uma cousa: e é de um presidente emperrado, ou factor de eleições: não conhecemos esse que yem para Minas, só depois d’alguns actos de sua administração poderemos fazer um juiso á respeito do que é, nós podemos affirmar desde já que não será do calibre de Crispiniano, Saldanha Marinho e Machado. Estes tres presidentes deixarão a provincia em peor estado do que Lopes deixou o Paraguay. — O sr. José Miguel de Siqueira fallou em 8bolição de impostos, para ir aliviando a lavoura já tão sobcarregada. Lembrainos-lhe a medida de propor a abolição de quintos dos generos imporEados. Qual a razão porque nós habitantes de Minas havemos ter tudo mais caro do que os da provincia do Rio? Já o sr. Barão do Pontal demonstrou cabalmente no senado que este direito creado pela assembléa provincial de Minas é uma extorção, e na verdade que quem lêr a constituição do imperio reconhecerá que é necessario ser abolido esse pertendido direito. Estamos certos que s. exc. se esforçará em conseguir essa reparação aos direitos individuaes de sua provincia: nem se diga que a abolição desse direito traga diminuição de rendas para a provincia. Não, se a provincia quer ter rendas procure-se um outro meio e não este. Já não estamos nos tempos dos liberaes ou progressistas, esses sim, violavão com mais facilidade qualquer disposição legal, do que toma-se uma chicara de café. — A assembléa provincial deve restaurar as antigas divisas entre este districto e o do Angú. O ex-deputado Ferreira de Resende levado pela doçe esperança de vencer a eleição na Leopoldina pedio á seus correligionarios que o elegessem deputado, foi eleibo: retalhou, como um bife, todo o municipio e no Hnal de contas vio-se derrotado por graude maioria. E’ pois conveniente que sejão restauradas as divisas, pois a unica razão que pesou-lhe no espirito, foi o elemento partidario e nada mais. —Os cafezeiros por aqui florecerão bem, mas é de se suppor que haja pequeria colheita em 72, n6o só por que houve abundancia de café em algumas fasendas, como porque o sol tem sido continuado e ardentissimo de 8 de Agosto até o presente.;Interior. Leopoldina, 8 de Setembro de 1870. —(Do correspondente).— Em nossa primeira missiva fizemos lembrar aos representantes da provincia algúmas medidas, que convinha de prompto curarem, cujos melhoramentos são de urgentissima necessidade para este municipio, que por estar na extremidade da provincia não tem merecido á attenção de presidentes e nem da assembléa provincial. Até o presente o municipio da Leopoldina, talvez o mais importante da provincia, só tem dado dinheiro e muito dinheiro aos cofres provinciaes sem a mais pequena compensação. E’ natural que a presente deputação nos preste algum beneficio. Sei tambem que alguns eleitores deste municipio se dirigirão aos homens em quem votarão, pedindo-lhes que prestassem sua attenção ás nossas necessidades, é pois natural que estes foguetes os dispertem e que os desvie das questões politicas e de estatisticas, á que exclusivelmente se didicarão os famigerados e tresloucados progressistas ou liberaes, cuja lembrança nos faz ter calefrios. O montão de ruinas que essa gente deixou na provincia é diffilcil de ser demollido: é necessario que se vá reperando as injustiças que esses desnaturados mineiros fizerão. Temos lido com attenção alguns discursos dos srs. deputados, bem como algumas indicações, sobresaindo uma em que se pede a nomeação de duas comissões, 1.ª para rever a legislação organica das repartições provinciaes e a 2.ª para apresentar um projecto sobre estradas que entronquem na de Pedro 2.º, para este desideratum pede que sejão municipalizados alguns impostos, á fim de que as camaras por si, independente do presidente da provincia, promovão esse beneficio real para as localidades. Outro projecto muito importante, do mesmo genero, foi apresentado pelo digno e illustrado deputado F. Bello. Esse representante da provincia comprehende verdadeiramente sua missão. O alludido projecto autorisa ao presidente da provincia á construir uma estrada de rodagem do Porto Novo á Leopoldina, do Chiador ao Mar d’Hespanha e outros mais que facilitem á lavoura. Só temos medo de uma cousa: e é de um presidente emperrado, ou factor de eleições: não conhecemos esse que vem para Minas, só depois d’alguns actos de sua administração poderemos fazer um juiso á respeito do que é, nós podemos affirmar desde já que não será do calibre de Crispiniano, Saldanha Marinho e Machado. Estes tres presidentes deixarão a provincia em peor estado do que Lopes deixou o Paraguay. — O sr. José Miguel de Siqueira fallou em abolição de impostos, para ir aliviando a lavoura já tão sobcarregada. Lembramos-lhe a medida de propor a abolição de quintos dos generos importados. Qual a razão porque nós habitantes de Minas havemos ter tudo mais caro do que os da provincia do Rio? Já o sr. Barão do Pontal demonstrou cabalmente no senado que este direito creado pela assembléa provincial de Minas é uma extorção, e na verdade que quem lêr a constituição do imperio reconhecerá que é necessario ser abolido esse pertendido direito. Estamos certos que s. exc. se esforçará em conseguir essa reparação aos direitos individuaes de sua provincia: nem se diga que a abolição desse direito traga diminuição de rendas para a provincia. Não, se a provincia quer ter rendas procure-se um outro meio e não este. Já não estamos nos tempos dos liberaes ou progressistas, esses sim, violavão com mais facilidade qualquer disposição legal, do que toma-se uma chicara de café. — A assembléa provincial deve restaurar as antigas divisas entre este districto e o do Angú. O ex-deputado Ferreira de Resende levado pela doçe esperança de vencer a eleição na Leopoldina pedio á seus correligionarios que o elegessem deputado, foi eleito: retalhou, como um bife, todo o municipio e no final de contas vio-se derrotado por grande maioria. E’ pois conveniente que sejão restauradas as divisas, pois a unica razão que pesou-lhe no espirito, foi o elemento partidario e nada mais. — Os cafezeiros por aqui florecerão bem, mas é de se suppor que haja pequena colheita em 72, não só por que houve abundancia de café em algumas fasendas, como porque o sol tem sido continuado e ardentissimo de 8 de Agosto até o presente. +43;43;Eca pouco prolongar a existencia da escravaria, que morre sem reproduzir-se. O gabinete sentio a necessidode de um grande mercado, que abastecesse as senxalas, e criou-o — na propria cgrte do imperio — em torno do imperador! Declarou que o municipio neutro faz parte integrante da provincia do Rio de Janeiro, annullando assim a prohibição leXal do commercio de escravos entre os differentes territorios provihciaes! — Os grandes lucros tirados com os escravos alugados na côrte, escreve um contemporaneo, as promptas e faceis repressões e violencias Peitas aos insubordinados e sequiosos de liberdado com a venda ou a remessa da corte para as fazendas, esse pleno barbaro e repulsivo, em que a perversidade e a ganancia de mãos dadas suffogam o negro ou Liram-lhe ouro da pelle, tudo isso foi cuidadosa e moralissimamente reitabelecido e rcforçado no novo regulamento. — «Para crimes d'esta ordem, exclama Joaquim Nabuco, isto é, d'esta perversidade, haverá linguagem baslante forte? Não constituem elles uma trahição, não contra os interesses politicos da sociedade 8ómente, mas contra o proprio csentimento humano, que furma a hbra do laço social? Não introcluzem elles instinctos sanguinarios em nossa organisação, e não determinam a mais cobarde de todas as perseguições, a perseguição dos opprimidos que nern sequer resistem?... Desile o ministro que endossou o regulamento e o redactor que saccou esse falso titulo contra a infeliz escravatura da côrte, até aos paladinos da inoprensa, todos os talentos do partido conservador, todos os seos homens de reputação e intelligencia venham, que hão de tropeçar no sangue dos escravos, que o ministerjo acaba de offerecer á escravidão da provincia, quando esses escravos forem arrastados, como cadaveres, da cidade para o interior pela policia do governo. Trepem nos hombros uns dos outros todos esses gigantes, não chegarão á altura do Jireito do mois infeliz desse« homens, que elles chamam escravos, durante a perseguição que elles jus ificam. Pagãos da humanidade, elles todos juntos não terão o poder de converter a verdade moral em mentira social e de daS aos algozes o respeit. que perfence de direito aos martyres...» —;Era pouco prolongar a existencia da escravaria, que morre sem reproduzir-se. O gabinete sentio a necessidade de um grande mercado, que abastecesse as senzalas, e criou-o — na propria corte do imperio — em torno do imperador! Declarou que o municipio neutro faz parte integrante da provincia do Rio de Janeiro, annullando assim a prohibição legal do commercio de escravos entre os differentes territorios provinciaes! — Os grandes lucros tirados com os escravos alugados na côrte, escreve um contemporaneo, as promptas e faceis repressões e violencias feitas aos insubordinados e sequiosos de liberdade com a venda ou a remessa da corte para as fazendas, esse plano barbaro e repulsivo, em que a perversidade e a ganancia de mãos dadas suffocam o negro ou tiram-lhe ouro da pelle, tudo isso foi cuidadosa e moralissimamente restabelecido e reforçado no novo regulamento. — «Para crimes d'esta ordem, exclama Joaquim Nabuco, isto é, d'esta perversidade, haverá linguagem bastante forte? Não constituem elles uma trahição, não contra os interesses politicos da sociedade sómente, mas contra o proprio sentimento humano, que forma a fibra do laço social? Não introduzem elles instinctos sanguinarios em nossa organisação, e não determinam a mais cobarde de todas as perseguições, a perseguição dos opprimidos que nem sequer resistem?... Desde o ministro que endossou o regulamento e o redactor que saccou esse falso titulo contra a infeliz escravatura da côrte, até aos paladinos da imprensa, todos os talentos do partido conservador, todos os seos homens de reputação e intelligencia venham, que hão de tropeçar no sangue dos escravos, que o ministerio acaba de offerecer á escravidão da provincia, quando esses escravos forem arrastados, como cadaveres, da cidade para o interior pela policia do governo. Trepem nos hombros uns dos outros todos esses gigantes, não chegarão á altura do direito do mais infeliz desses homens, que elles chamam escravos, durante a perseguição que elles justificam. Pagãos da humanidade, elles todos juntos não terão o poder de converter a verdade moral em mentira social e de dar aos algozes o respeito que pertence de direito aos martyres...» — +44;44;Rio de Jauelro. Der Ackerbauminister hat an die Prüsilenten der Provin1en ein Cirkulur gesandt, des lnhalts, dnss alle Sklaven von 60-65 Jahren sofort für frei zu erklären seien, nnter der Bedingun~ uorh drei Jahre ihrAn Herren zn dienen, vorausgesetzt dass sie nicht innerhRlb dieser Zeil das 65. Jahr vollenden mit welchem Alter sie je,ler Dieostzeil calhoben sind. Dementsprechend seien anch die mehr als 65jährigen Sklaven sofort für frei zu erklären. D,e bi3herigen Herren habPn sich der Freiwerdenden anznnahmen und dieselben bei sich zu behalteu, es sei denn, daSl die~e anderswo ihren Unterloal verdienen wollen und von den Waisenrichtern dessen für befähigt gehalten werden, dass oder oh die zu dreijäbr,ger Dienslpßichl genöthigten Ex-Sklaven von ihrtu Herreu Lohu bekommen sollen, isl mit keinem Worte erwähnt. Wenn sie aber keinen bekommen uud doch zur Arbeit gezwungen sind – wie kann man sie alsdann frei nennen?;Rio de Janeiro. Der Ackerbauminister hat an die Präsidenten der Provinzen ein Cirkular gesandt, des Inhalts, dass alle Sklaven von 60-65 Jahren sofort für frei zu erklären seien, unter der Bedingung noch drei Jahre ihren Herren zu dienen, vorausgesetzt dass sie nicht innerhalb dieser Zeit das 65. Jahr vollenden mit welchem Alter sie jeder Dienstzeit enthoben sind. Dementsprechend seien auch die mehr als 65jährigen Sklaven sofort für frei zu erklären. Die bisherigen Herren haben sich der Freiwerdenden anzunehmen und dieselben bei sich zu behalten, es sei denn, dass diese anderswo ihren Unterhalt verdienen wollen und von den Waisenrichtern dessen für befähigt gehalten werden, dass oder ob die zu dreijähriger Dienstpflicht genöthigten Ex-Sklaven von ihren Herren Lohn bekommen sollen, ist mit keinem Worte erwähnt. Wenn sie aber keinen bekommen und doch zur Arbeit gezwungen sind – wie kann man sie alsdann frei nennen? Germania, São Paulo, Jg. IX, Nr. 1, 2.1.1886, Sonnabend, S. 1 +45;45;Sorocaba. Znm Polizeidelegaten kam in diesen Tagen ein Sklave, Namens Bento, dcssen Herr Anadeto Pires heisst und in Campo-Largo wohnt. Der nnglückliche Schwarze hatte zahllreiche alte Narbcn und neue Wunden, die vou Züchtignngen herrührten. Ansserdem trug er an den FüssEn zwei schwere Eisenketten. Die Behoerde nahm zwaar KenntnIs von der Sache, aber natuerlich wurde der Sklave seincm Herrn wieder ausgeliefert, der Rache dafür zn nehmcn wossen wird, dass seine scheussliche Unmenschlichkeit und Gransamkeit bekannt gevorden und oHientlich besprocheu ist.;Sorocaba. Zum Polizeidelegaten kam in diesen Tagen ein Sklave, Namens Bento, dessen Herr Anadeto Pires heisst und in Campo-Largo wohnt. Der unglückliche Schwarze hatte zahlreiche alte Narben und neue Wunden, die von Züchtigungen herrührten. Ausserdem trug er an den Füssen zwei schwere Eisenketten. Die Behörde nahm zwar Kenntniss von der Sache, aber natürlich wurde der Sklave seinem Herrn wieder ausgeliefert, der Rache dafür zu nehmen wissen wird, dass seine scheussliche Unmenschlichkeit und Grausamkeit bekannt geworden und öffentlich besprochen ist. +46;46;Notizen. $. Paulo. Dr. ∆ntonio Prado, welcher sich am Somtag nach seiner Fazenda bei Casa Branca begab, hat sich dahin ausgesprœhen, dass er alle seine Neger nach ßeendigung der Kaffœ-Ernte von 1888 freigebeπ und ihuen danu für ihre Arbeit einen bestimmten Lohn festsetzen werde. Dasselbe Vorgehen wird von vielen anderen £azendeiros gemeldet, und es låsst sich fast bestimmt annehmen, dass nach Jahres∫rist die Sklaverei in dieser Provinz wohl faktisch aufhøren wird. — Der Conde von ¶arahyba und der Conde von Pinhal haπen es abgelehn∫, die Versamm|µng von £azendeiros, welche Prado berufen, zu besuchen.;Notizen. S. Paulo. Dr. Antonio Prado, welcher sich am Sonntag nach seiner Fazenda bei Casa Branca begab, hat sich dahin ausgesprochen, dass er alle seine Neger nach Beendigung der Kaffee-Ernte von 1888 freigeben und ihuen danu für ihre Arbeit einen bestimmten Lohn festsetzen werde. Dasselbe Vorgehen wird von vielen anderen Fazendeiros gemeldet, und es lässt sich fast bestimmt annehmen, dass nach Jahresfrist die Sklaverei in dieser Provinz wohl faktisch aufhören wird. — Der Conde von Parahyba und der Conde von Pinhal hatten es abgelehnt, die Versammlung von Fazendeiros, welche Prado berufen, zu besuchen. +47;47;∆bo|itionistische Bewegµng. Die V3rsammluNg der Landwirthe in Soroçaba war stark besucht. 46o Freilassungssçheine wurden ausgeste||†. Die Emanzipati0ns-Kommission erklä#te die Stadt Sorocaba für frei von der $klaverei. In einer Fazendeiros-Versammlung in Itatiba wurde beschl0ssen, mehr als |000 Sklaven zu Weihnachteu 1888 die £reiheit zu schenken und schon von jetz† an Lohn zu zahlen. Die V3rsammluNg der Landwirthe, welche in ®io Cl@ro znsammenberufen war, blieb fast unbesucht. Tiet frei von Sklaverei. Znverlässiger Nachrich† zufolge haben sämmtliche £azendeiros in Tietø ihre Sklaven bedingµngslos ƒreigegebeu, so dass dort seit Weihnachten kein Sklave mehr existirt.;Abolitionistische Bewegung. Die Versammlung der Landwirthe in Sorocaba war stark besucht. 460 Freilassungsscheine wurden ausgestellt. Die Emanzipations-Kommission erklärte die Stadt Sorocaba für frei von der Sklaverei. In einer Fazendeiros-Versammlung in Itatiba wurde beschlossen, mehr als 1000 Sklaven zu Weihnachteu 1888 die Freiheit zu schenken und schon von jetzt an Lohn zu zahlen. Die Versammlung der Landwirthe, welche in Rio Claro znsammenberufen war, blieb fast unbesucht. Tieté frei von Sklaverei. Znverlässiger Nachricht zufolge haben sämmtliche Fazendeiros in Tieté ihre Sklaven bedingungslos freigegebeu, so dass dort seit Weihnachten kein Sklave mehr existirt. +48;48;Rio de Janeiro. In der soeben geschlosseueu neuen Sklaveumätrikell für das Mnnizip der Reichshauptstadt sind 7468 Sklaveu eingetragen worden. Ausser diesen wurden registrirt 125 Sklaven im Alter vou 60-65 Jahren, welche als Freie gelsten. Man rechuet die Gesammtzahl aller über 60 Jahre alten Neger anf 1615. Vor eiuem Jahre wies die offizielle Statistik im Mnnizip noch 29,909 Sklaven anf, 1871 betrng deren Zahl 47, 252.;Rio de Janeiro. In der soeben geschlossenen neuen Sklavenmatrikel für das Munizip der Reichshauptstadt sind 7468 Sklaven eingetragen worden. Ausser diesen wurden registrirt 125 Sklaven im Alter von 60-65 Jahren, welche als Freie gelten. Man rechnet die Gesammtzahl aller über 60 Jahre alten Neger anf 1615. Vor einem Jahre wies die offizielle Statistik im Munizip noch 29,909 Sklaven anf, 1871 betrug deren Zahl 47, 252. +49;49;Pernambuco, 20. März. Dr. Joaquim Nabuco besnchte gestern die Stadd Nazareth, wo ihm ein glänzeuder Emppfaug bereitet wnrde. Hundert von Sklaven wollten ihn begleiten. Hente fand im Thieatro das Variedades eine grosse Versammlung statt, in welcher Dr. Nabnco mit einem brillanten Diskurs sich verabschiedete. In der Versammlung erhelteu einige Sklaven ihre Freibref. — 21 Märtz. Dr. Joaquim Nabuco hÄt sich nach Enrӧpa eiugestchifft.;Pernambuco, 20. März. Dr. Joaquim Nabuco besnchte gestern die Stadt Nazareth, wo ihm ein glänzender Empfang bereitet wnrde. Hundert von Sklaven wollten ihn begleiten. Heute fand im Theatro das Variedades eine grosse Versammlung statt, in welcher Dr. Nabnco mit einem brillanten Diskurs sich verabschiedete. In der Versammlung erhielten einige Sklaven ihre Freibriefe. — 21 März. Dr. Joaquim Nabuco hat sich nach Europa eingeschifft. +50;50;Eine Stime in der Wüste. Der hochw. Bischof von G o y a z präsidirte kürzlich in der Haptstadt jener Provniz einer Ablitionistenversamtlung, wobei er eine Rede hielt, in der unter andern auch folgende Sätze siech befIndden: ,,Das göttliche Geszetz verdammt die Skaverei. Gott übergab nns die Herrschaft über die Nator, nicht aber über nnsere Nebenmenscheu. Die Sklaverei exisitert, weil wir unsre Chrizteupflichten nicht erkennen, wenn wir wahre Christen wären, sprächen wir: Nein! Wir könuen unsere Mitmensch nicht tyrannisiren, indem wir ihuen die von Gott geschenkte Freihet rauben! Wir kӧnnen, sollen und wollen keine Sklaven mehr besizen!’’ Wenn soche Predigten bei der Geisteilichket Mode würden, so kӧnnten wir bald an’s Ente der Skaverei gelenngen.;Eine Stimme in der Wüste. Der hochw. Bischof von G o y a z präsidirte kürzlich in der Hauptstadt jener Provinz einer Abolitionistenversammlung, wobei er eine Rede hielt, in der unter andern auch folgende Sätze sich befinden: ,,Das göttliche Gesetz verdammt die Sklaverei. Gott übergab uns die Herrschaft über die Natur, nicht aber über nnsere Nebenmenscheu. Die Sklaverei existirt, weil wir unsere Christenpflichten nicht erkennen, wenn wir wahre Christen wären, sprächen wir: Nein! Wir könuen unsere Mitmenschen nicht tyrannisiren, indem wir ihuen die von Gott geschenkte Freiheit rauben! Wir kӧnnen, sollen und wollen keine Sklaven mehr besitzen!’’ Wenn solche Predigten bei der Geistlichkeit Mode würden, so kӧnnten wir bald an’s Ende der Sklaverei gelangen. +51;51;,,A Onda’’, das vortriefflich redigirte Organ der hiesigeu akademiscen Jurgend, die anf das ehrenhafte Ziel hiuarbeitet, ihr Vatterlnd baldigst von dem Shandfflecke der Skaverei befreit zn sehn, bringt in ihrer lezten Nummr nnter der Ueberschrift ,,Deutsche Einwanderung’’ einen von dem talentvollen Redakteur des Blattes, Herrn Silva Ayrosa, ebenfalls akademischem Bürger, verfassten Atirkel, der für uns Deutsche so schmeichelhaft ist, dass wir einiges davon unseren Lesern übersetzen wollen: ,, . . . Der Deutsche ist der Mann, den wir sucen müssen und den wir am meisten brauchen, bei ihm finden wir, meh wie bei jedem anderen Volke, Leibe zur Arbeit, Ehrenhaftigkeit, Sinu für Famlieuleben, Kuust und Wissensscheft.’’;,,A Onda’’, das vortrefflich redigirte Organ der hiesigeu akademischen Jugend, die auf das ehrenhafte Ziel hinarbeitet, ihr Vaterland baldigst von dem Schandflecke der Sklaverei befreit zu sehen, bringt in ihrer letzten Nummer unter der Ueberschrift ,,Deutsche Einwanderung’’ einen von dem talentvollen Redakteur des Blattes, Herrn Silva Ayrosa, ebenfalls akademischem Bürger, verfassten Artikel, der für uns Deutsche so schmeichelhaft ist, dass wir einiges davon unseren Lesern übersetzen wollen: ,, . . . Der Deutsche ist der Mann, den wir suchen müssen und den wir am meisten brauchen, bei ihm finden wir, mehr wie bei jedem anderen Volke, Liebe zur Arbeit, Ehrenhaftigkeit, Sinu für Familienleben, Kunst und Wissenschaft.’’ +52;52;"Von Ribeirão Proto, 31. Dez. wird dem ""Diario de Campinas"" geschrieben: In Porto dos Camargos, Munizip Batataes, ist am 30. Eloy Franco, Sohn des Fazendeiro João Franco de Xoraes Octavio, von einer Sklavin mit der Axt erschlagen worden. Eloy Franco hatte kirzlich in jenem Munizip eine kleine Fazeoda sammt einigen aiif derselben behndlichen chen Sklaven gekauft, unter denen sich auch die Mörderin befand. Diegelbe gesteht ihr Verbrechen zu und eeklärt, sie habe ihren Herrn deshalb ermordet, um ibren Gatten und ihre Kinder von den grausamen Misshandbungen zu befreien, die sie beständig durch ihren Patron zu erdulden gehabt hätten, es thue ihr darum nicht im mindesten leid, denselben getödtet zu haben. Andere Sklaven berichten, der GaHe dieser Sklavin sei auf der Fazerida angebunden worden, mit ausgereckten Almen ari ein Kreuz, wie Christus, und soll mehrere Tage lang in disser Position haben zubringen müssen!";"Von Ribeirão Preto, 31. Dez. wird dem ""Diario de Campinas"" geschrieben: In Porto dos Camargos, Munizip Batataes, ist am 30. Eloy Franco, Sohn des Fazendeiro João Franco de Moraes Octavio, von einer Sklavin mit der Axt erschlagen worden. Eloy Franco hatte kürzlich in jenem Munizip eine kleine Fazenda sammt einigen auf derselben befindlichen chen Sklaven gekauft, unter denen sich auch die Mörderin befand. Dieselbe gesteht ihr Verbrechen zu und erklärt, sie habe ihren Herrn deshalb ermordet, um ihren Gatten und ihre Kinder von den grausamen Misshandlungen zu befreien, die sie beständig durch ihren Patron zu erdulden gehabt hätten, es thue ihr darum nicht im mindesten leid, denselben getödtet zu haben. Andere Sklaven berichten, der Gatte dieser Sklavin sei auf der Fazenda angebunden worden, mit ausgereckten Armen an ein Kreuz, wie Christus, und soll mehrere Tage lang in dieser Position haben zubringen müssen!" +53;53;Der Kanpf zwischen Aboliiionismus und SrlavoRratie wird täglich erbiHerter, das schwarze Elememt, welches das Geräusch des Kampfes vernimmt und seine Bedeutuug wohl versteht, wird unruhiger von Angenblick zu Augendlick. Die Sitnation wird verschlimmert durch den Umstamd, dass die einzelnen Provinzen voreinzelt vorgehen. Es werden dadurch ellem Anschein nach in benachbarten Provinzen ganz verechiedene Verhältnisse geschaffen werden. So sehr man es mit Freuden begrüssen mag, dass sich die Emanzipation in der Provinz 5. Paulo sicherlich mit grosser Schnelligkeit vollziehen wird, und so sehr es zu bedauern ist, dase die benachbarte Provinz Rio de Janeiro beispielswelse dicht mit derselben Energie vorgeht, so ist doch nicht zu verkemen, dass durgh diese verschielene Behandlung derselben Frage die Stinnmung in den betheiligten Kreisen, namemtlich in der Sklavenbevölkerung, nur roch mehr aufgeregt werden muss.;Der Kampf zwischen Abolitionismus und Sklavokratie wird täglich erbitterter, das schwarze Element, welches das Geräusch des Kampfes vernimmt und seine Bedeutung wohl versteht, wird unruhiger von Augenblick zu Augenblick. Die Situation wird verschlimmert durch den Umstand, dass die einzelnen Provinzen vereinzelt vorgehen. Es werden dadurch allem Anschein nach in benachbarten Provinzen ganz verschiedene Verhältnisse geschaffen werden. So sehr man es mit Freuden begrüssen mag, dass sich die Emanzipation in der Provinz S. Paulo sicherlich mit grosser Schnelligkeit vollziehen wird, und so sehr es zu bedauern ist, dass die benachbarte Provinz Rio de Janeiro beispielsweise nicht mit derselben Energie vorgeht, so ist doch nicht zu verkennen, dass durch diese verschiedene Behandlung derselben Frage die Stimmung in den betheiligten Kreisen, namentlich in der Sklavenbevölkerung, nur noch mehr aufgeregt werden muss. +54;54;iur Lage in Brasilt|n. Brasilien befindet sich augenbllcklich in einer schweren Krisis. Nachden die sämmtlichen amerikanischen Staaten längst von der Sklavemarbeit zur freien Arbeit übergggangen sind, hat Bra5ilien, der einzige monarchische Staat des Con1inents, sich bis auf den heutigen Tag die traurige Eigenthümlichkeit bewahrt, die Sklaverei noch als gesetzliches InstituL zu besitzen und diö wirthschaftliche Existenz des Landes im Wesentlichen darauf zu begründen. Die Strate für dies Verbrechen gegeu die Vorschriften der Humanität und der Gerechtigkeit lässt nicht auf sich warten. Während aHe anderen Staaten die Schwierigkeiten des Ueberganges von Slkavenarbeit zu freier Arbe,t überwunden haben und sich in aufstrebender Entwickelung befinden, steht Brasilüen in einer Krisis, sieht sich Gefahren gegenübar, deren Verlauf auch nicht amähernd sich übersehen lässt.;Zur Lage in Brasilien. Brasilien befindet sich augenblicklich in einer schweren Krisis. Nachdem die sämmtlichen amerikanischen Staaten längst von der Sklavenarbeit zur freien Arbeit übergegangen sind, hat Brasilien, der einzige monarchische Staat des Kontinents, sich bis auf den heutigen Tag die traurige Eigenthümlichkeit bewahrt, die Sklaverei noch als gesetzliches Institut zu besitzen und die wirthschaftliche Existenz des Landes im Wesentlichen darauf zu begründen. Die Strafe für dies Verbrechen gegen die Vorschriften der Humanität und der Gerechtigkeit lässt nicht auf sich warten. Während alle anderen Staaten die Schwierigkeiten des Ueberganges von Sklavenarbeit zu freier Arbeit überwunden haben und sich in aufstrebender Entwickelung befinden, steht Brasilien in einer Krisis, sieht sich Gefahren gegenüber, deren Verlauf auch nicht annähernd sich übersehen lässt. +55;55;; diff --git a/src/main.py b/src/main.py index 37b8d36..bfd2d47 100755 --- a/src/main.py +++ b/src/main.py @@ -1,6 +1,7 @@ import logging import os from fastapi import FastAPI + from fastapi.middleware.cors import CORSMiddleware from dotenv import load_dotenv from .controller import ( @@ -14,6 +15,7 @@ alternativa_router, pergunta_router, ) +from .auth import auth_router load_dotenv() @@ -39,4 +41,4 @@ app.include_router(pontuacao_router, prefix="/api/pontuacao", tags=["Pontuacao"]) app.include_router(alternativa_router, prefix="/api/alternativa", tags=["Alternativa"]) app.include_router(pergunta_router, prefix="/api/pergunta", tags=["Pergunta"]) - +app.include_router(auth_router, prefix="/api/auth", tags=["Auth"]) diff --git a/src/models/pagina.py b/src/models/pagina.py index 85e68c2..0e3d9f6 100755 --- a/src/models/pagina.py +++ b/src/models/pagina.py @@ -11,6 +11,8 @@ class Pagina(SQLModel, table=True): image_path: Optional[str] | None = None iiif_path: Optional[str] | None = None fontes: str = Field(default="Fraktur") - + lingua: str = Field(default="alemao") + + created_at: datetime.datetime = Field(default_factory=datetime.datetime.utcnow) updated_at: datetime.datetime = Field(default_factory=datetime.datetime.utcnow) \ No newline at end of file diff --git a/src/models/pontuacao.py b/src/models/pontuacao.py index df13bc4..3afdd11 100755 --- a/src/models/pontuacao.py +++ b/src/models/pontuacao.py @@ -5,7 +5,7 @@ class Pontuacao(SQLModel, table=True): id: Optional[int] = Field(default=None, primary_key=True) - # usuario_id: int = Field(foreign_key="usuario.id") + usuario_id: int = Field(foreign_key="usuario.id") pagina_id: int = Field(foreign_key="pagina.id") pontuacao: int lingua_ocr: str diff --git a/src/models/texto_correcao_manual.py b/src/models/texto_correcao_manual.py index 9cc5f38..e7fbb2c 100755 --- a/src/models/texto_correcao_manual.py +++ b/src/models/texto_correcao_manual.py @@ -11,7 +11,7 @@ class TextoCorrecaoManual(SQLModel, table=True): pagina_id: int = Field(default=None, foreign_key="pagina.id") texto_ocr_id: int = Field(default=None, foreign_key="textoocr.id") - # usuario_id: int = Field(default=None, foreign_key="usuario.id") + usuario_id: int = Field(default=None, foreign_key="usuario.id") pergunta_id: int = Field(default=None, foreign_key="pergunta.id") created_at: datetime.datetime = Field(default_factory=datetime.datetime.utcnow) diff --git a/src/models/texto_ocr.py b/src/models/texto_ocr.py index 5697061..c861ad9 100755 --- a/src/models/texto_ocr.py +++ b/src/models/texto_ocr.py @@ -7,7 +7,8 @@ class TextoOcr(SQLModel, table=True): id: Optional[int] = Field(primary_key=True) texto_ocr: str - modelo_ocr: str + texto_gabarito: str + modelo_ocr: str = Field(default="Humano") pagina_id: int = Field(default=None, foreign_key="pagina.id") diff --git a/src/repository/base_repository.py b/src/repository/base_repository.py index 3f8d36c..e12f6eb 100644 --- a/src/repository/base_repository.py +++ b/src/repository/base_repository.py @@ -27,6 +27,17 @@ def get_by_id(self, id): data = results.one() return data + + def get_by_email(self, email): + with Session(self.engine) as session: + statement = select(self.model).where(self.model.email == email) + try: + results = session.exec(statement) + data = results.one() + except: + return None + + return data def get_by_id_and_column(self, id, column, value): with Session(self.engine) as session: @@ -43,6 +54,14 @@ def get_by_column(self, column, value): data = results.one() return data + + def get_by_column_many(self, column, value): + with Session(self.engine) as session: + statement = select(self.model).where(getattr(self.model, column) == value) + results = session.exec(statement) + data = results.all() + + return data def update(self, data): with Session(self.engine) as session: @@ -61,3 +80,11 @@ def count(self): data = results.all() return len(data) + + def count_by_column(self, column, value): + with Session(self.engine) as session: + statement = select(self.model).where(getattr(self.model, column) == value) + results = session.exec(statement) + data = results.all() + + return len(data) diff --git a/src/repository/pagina_repository.py b/src/repository/pagina_repository.py index 24a8a69..d1f23b5 100644 --- a/src/repository/pagina_repository.py +++ b/src/repository/pagina_repository.py @@ -1,13 +1,20 @@ +import logging +import random + from src.repository.base_repository import BaseRepository -from src.models.texto_correcao_manual import TextoCorrecaoManual +from src.repository.texto_correcao_manual_repository import TextoCorrecaoManualRepository from src.models.pagina import Pagina +logger = logging.getLogger(__name__) + class PaginaRepository(BaseRepository): def __init__(self): self.base_repository = BaseRepository(Pagina) - self.correcao_repository = BaseRepository(TextoCorrecaoManual) - self.num_paginas = self.base_repository.count() - self.pagina_atual = 0 + self.correcao_repository = TextoCorrecaoManualRepository() + self.num_paginas_portugues = self.base_repository.count_by_column("lingua", "ptbr") + self.num_paginas_alemao = self.base_repository.count_by_column("lingua", "de") + self.pagina_atual_portugues = 0 + self.pagina_atual_alemao = 0 def get_all(self): return self.base_repository.get_all() @@ -16,19 +23,36 @@ def get_by_id(self, id): return self.base_repository.get_by_id(id) def get_pagina_unica(self, usuario_id, lingua): - pagina = self.pagina_atual paginas_feitas = [] + paginas_lingua = [] + last_page = False - self.pagina_atual = (self.pagina_atual + 1) % self.num_paginas - paginas_usuario = self.base_repository.get_by_column("usuario_id", usuario_id) + if lingua == "portugues": + lingua = "ptbr" + # pagina = self.pagina_atual_portugues + # self.pagina_atual_portugues = (self.pagina_atual_portugues + 1) % self.num_paginas_portugues + else: + lingua = "de" + # pagina = self.pagina_atual_alemao + # self.pagina_atual_alemao = (self.pagina_atual_alemao + 1) % self.num_paginas_alemao + + paginas_usuario = self.correcao_repository.get_by_usuario_id(usuario_id) + paginas = self.base_repository.get_by_column_many("lingua", lingua) + for pag in paginas: + paginas_lingua.append(pag.id) + for pag in paginas_usuario: - paginas_feitas.append(paginas_usuario.pagina_id) + paginas_feitas.append(pag.pagina_id) - while pagina in paginas_feitas: - pagina = (pagina + 1) % self.num_paginas - - return self.base_repository.get_by_id_and_column(pagina, "exemplar_id", lingua) + possible_paginas = list(set(paginas_lingua) - set(paginas_feitas)) + + if len(possible_paginas) == 1: + last_page = True + + random_pagina = random.choice(possible_paginas) + + return self.base_repository.get_by_id_and_column(random_pagina, "lingua", lingua), last_page def create(self, pagina): obj = Pagina(**pagina.dict()) diff --git a/src/repository/texto_correcao_manual_repository.py b/src/repository/texto_correcao_manual_repository.py index 3bd936c..989279b 100755 --- a/src/repository/texto_correcao_manual_repository.py +++ b/src/repository/texto_correcao_manual_repository.py @@ -1,6 +1,7 @@ from src.repository.base_repository import BaseRepository from src.models.texto_correcao_manual import TextoCorrecaoManual from src.models.pontuacao import Pontuacao +from sqlalchemy.orm.exc import NoResultFound from src.schemes.pontuacao import PontuacaoInDatabase from src.repository.texto_ocr_repository import TextoOcrRepository @@ -18,7 +19,10 @@ def get_by_id(self, id): return self.base_repository.get_by_id(id) def get_by_usuario_id(self, usuario_id): - return self.base_repository.get_by_column("usuario_id", usuario_id) + try: + return self.base_repository.get_by_column_many("usuario_id", usuario_id) + except NoResultFound: + return [] def get_by_pagina_id(self, pagina_id): return self.base_repository.get_by_column("pagina_id", pagina_id) @@ -31,16 +35,19 @@ def salvar_resposta(self, texto_correcao_manual): texto_ocr_repository = TextoOcrRepository() texto_usuario = texto_correcao_manual.texto_corrigido_manualmente - ocr_base = texto_ocr_repository.get_by_pagina_id(texto_correcao_manual.pagina_id).texto_ocr + ocr_base = texto_ocr_repository.get_by_pagina_id(texto_correcao_manual.pagina_id).texto_gabarito distancia_usuario = distance(ocr_base, texto_usuario) - print("a pontuacao é:", distancia_usuario) + pontuacao = 500 - distancia_usuario + + print("a pontuacao é:", pontuacao) pontuacao_data = PontuacaoInDatabase( pagina_id=texto_correcao_manual.pagina_id, - pontuacao=distancia_usuario, + pontuacao=pontuacao, lingua_ocr="Alemão", + usuario_id=texto_correcao_manual.usuario_id ) texto_correcao_manual_obj = TextoCorrecaoManual(**texto_correcao_manual.dict()) diff --git a/src/repository/usuario_repository.py b/src/repository/usuario_repository.py index 4ddbbab..fef17cf 100755 --- a/src/repository/usuario_repository.py +++ b/src/repository/usuario_repository.py @@ -7,6 +7,9 @@ def __init__(self): def get_all(self): return self.base_repository.get_all() + + def get_by_email(self, email): + return self.base_repository.get_by_email(email) def get_by_id(self, id): return self.base_repository.get_by_id(id) diff --git a/src/requirements.txt b/src/requirements.txt index 7a72570..b620dbe 100755 --- a/src/requirements.txt +++ b/src/requirements.txt @@ -4,4 +4,7 @@ pyramid==2.0.2 uuid==1.30 psycopg2-binary==2.9.9 numpy==2.1.0 -python-Levenshtein==0.26.0 \ No newline at end of file +python-Levenshtein==0.26.0 +pyjwt==2.9.0 +starlette>=0.25.0 +cryptography==43.0.1 \ No newline at end of file diff --git a/src/schemes/pagina.py b/src/schemes/pagina.py index b1b2ac4..0a0e41e 100755 --- a/src/schemes/pagina.py +++ b/src/schemes/pagina.py @@ -8,6 +8,7 @@ class BasePagina(BaseModel): image_path: Optional[str] | None = None # caminho da pagina do jornal no servidor iiif_path: Optional[str] | None = None # caminho da pagina do jornal no servidor fontes: str # fontes da pagina do jornal + lingua: str # lingua da pagina do jornal class PaginaCreate(BasePagina): pass @@ -22,8 +23,15 @@ class PaginaOut(BasePagina): id: int exemplar_id: int + pagina_index: int image_path: Optional[str] | None = None iiif_path: Optional[str] | None = None fontes: str + + last_page: bool = False + +class PaginaRequest(BaseModel): + usuario_id: int + lingua_pagina: str \ No newline at end of file diff --git a/src/schemes/pontuacao.py b/src/schemes/pontuacao.py index 96278c8..37ee819 100755 --- a/src/schemes/pontuacao.py +++ b/src/schemes/pontuacao.py @@ -10,7 +10,7 @@ class PontuacaoCreate(BasePontuacao): class PontuacaoInDatabase(BasePontuacao): # id: int - # usuario_id: int + usuario_id: int pagina_id: int created_at: datetime.datetime = datetime.datetime.now() @@ -18,5 +18,7 @@ class PontuacaoInDatabase(BasePontuacao): class PontuacaoOut(BasePontuacao): id: int - # usuario_id: int + usuario_id: int + pagina_id: int + pontuacao: int \ No newline at end of file diff --git a/src/schemes/texto_correcao_manual.py b/src/schemes/texto_correcao_manual.py index 0c12f68..280a117 100755 --- a/src/schemes/texto_correcao_manual.py +++ b/src/schemes/texto_correcao_manual.py @@ -12,11 +12,12 @@ class TextoCreate(BaseTextoCorrecaoManual): class TextoCorrecaoManualInDatabase(BaseTextoCorrecaoManual): pagina_id: int texto_ocr_id: int - # usuario_id: int + usuario_id: int pergunta_id: int created_at: datetime.datetime = datetime.datetime.now() updated_at: datetime.datetime = datetime.datetime.now() + class TextoCorrecaoManualOut(BaseTextoCorrecaoManual): id: int diff --git a/src/schemes/texto_ocr.py b/src/schemes/texto_ocr.py index e9eb2c7..085f7ef 100755 --- a/src/schemes/texto_ocr.py +++ b/src/schemes/texto_ocr.py @@ -5,6 +5,7 @@ class BaseTextoOcr(BaseModel): texto_ocr: str # texto extraido do OCR + texto_gabarito: str # texto correto modelo_ocr: str # modelo de OCR utilizado class TextoCreate(BaseTextoOcr): diff --git a/src/schemes/token.py b/src/schemes/token.py new file mode 100644 index 0000000..0e8dd88 --- /dev/null +++ b/src/schemes/token.py @@ -0,0 +1,9 @@ +from pydantic import BaseModel + +class Token(BaseModel): + access_token: str + token_type: str + +class TokenData(BaseModel): + email: str + diff --git a/src/schemes/usuario.py b/src/schemes/usuario.py index 422debc..00e52cc 100755 --- a/src/schemes/usuario.py +++ b/src/schemes/usuario.py @@ -1,4 +1,5 @@ import datetime +from typing import Optional from pydantic import BaseModel class BaseUsuario(BaseModel): @@ -15,5 +16,4 @@ class UsuarioInDatabase(BaseUsuario): class UsuarioOut(BaseUsuario): id: int - nome: str email: str \ No newline at end of file diff --git a/src/utils/populate_database.py b/src/utils/populate_database.py index 966ae05..6f927be 100644 --- a/src/utils/populate_database.py +++ b/src/utils/populate_database.py @@ -54,11 +54,11 @@ def populate_pagina(): engine = get_engine() with Session(engine) as session: with open('data/pagina.csv', 'r') as file: - reader = csv.reader(file) + reader = csv.reader(file, delimiter=';') next(reader) # Skip header row for row in reader: # print(row) - pagina = Pagina(id=row[0], pagina_index=row[1], image_path=row[2], exemplar_id=row[3]) + pagina = Pagina(id=row[0], pagina_index=row[1], image_path=row[2], exemplar_id=row[3], lingua=row[4]) session.add(pagina) session.commit() @@ -67,7 +67,7 @@ def populate_perguntas(): engine = get_engine() with Session(engine) as session: with open("data/pergunta.csv", 'r') as file: - reader = csv.reader(file) + reader = csv.reader(file, delimiter=';') next(reader) # Skip header row for row in reader: print(row) @@ -97,7 +97,7 @@ def populate_texto_ocr(): next(reader) # Skip header row for row in reader: # print(row) - pagina = TextoOcr(id=row[0], pagina_id=row[1], texto_ocr=row[2], modelo_ocr=row[3]) + pagina = TextoOcr(id=row[0], pagina_id=row[1], texto_ocr=row[2], texto_gabarito=row[3]) session.add(pagina) session.commit() @@ -108,4 +108,4 @@ def populate_all(): populate_pagina() populate_perguntas() populate_alternativas() - populate_texto_ocr() + populate_texto_ocr() \ No newline at end of file